sábado, 27 de dezembro de 2008

Amoroso - cheio de si.

O atacante Amoroso se ofereceu a vestir a camisa do clube que o revelou para o futebol profissional há mais de 14 anos. Em 1994, no time do Guarani, Amoroso chamava e responsabilidade para si. Hoje, fora das quatro linhas, o ídolo bugrino deixa a resposabilidade para o presidente do clube: "Se o presidente aceitar que eu volte, tenho certeza de que levaria cerca de 15 mil torcedores por jogo ao estádio. Eu estaria em casa".
Aos 34 anos, Amoroso, que afirma estar cansado das exigências do futebol profissional e chegou a declarar aposentadoria para outubro deste ano, pretenderia jogar mais que o possível acerto para o Paulistão 09. "Hoje tudo é definido muito mais pelo interesse de empresários. Depois que eu deixei o São Paulo (2005), foi só sacanagem. Não tenho mais paciência para muitas coisas. Sem isso, seria possível jogar profissionalmente por, pelo menos, mais cinco anos".
Além de Guarani e São Paulo, Amoroso jogou pelo Milan, Udinese, Flamengo, Corinthias e Grêmio. O último clube do atleta que "procura novos ares" foi o Aris Salônica, da Grécia.
Às vezes, sobre jogadores que desejam voltar ao clube que o projetou para o futebol, surgem especulações de falso amor ao clube e preocupação exclusiva com o acúmulo dos últimos níqueis para a aposentadoria. O Amor(oso) não é cego, mas tem sentimentos. Se o Guarani não pode pagar um bom salário, paquerar um bom marketing não é traição. Mesmo depois da desilusão (sacanagem, de acordo com o próprio) um mínimo de identificação clubística deve existir para o atleta, que, com certeza, não saiu da lembrança do torcedor bugrino.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Robinho - O "peixe" que era do Peixe

Insatisfeitos com possíveis regalias no Manchester City, companheiros de equipe criticaram tratamento do clube inglês com o meia-atacante Robinho. Na antepenúltima posição do Campeonato Inglês, a crise do Manchester City ficou mais intensa na última rodada com a derrota para o lanterna West Bromwich. Com o fracasso, os atletas do clube inglês declararam ao diário britânico News of the World que o treinador Mark Hughes não determina limites ao jogador brasileiro, que escolhe as partidas que pretende entrar em campo. Robinho não atuou no revés contra o lanterna.
Apesar de ser pivô de tanta insatisfação, recentemente o próprio Robinho não andava (nem pedalava) com satisfação. O atleta trocou a camisa 10 do Real Madrid pela do Manchester City por causa da filosofia linha-dura (...e confusa) do treinador Marcelo Capello. Hoje, o atleta pode estar vivendo o outro extremo. Segundo a imprensa britânica, o treinador Mark Hughes pode diferenciar o tratamento com Robinho por causa da boa relação do jogador com os árabes mandatários do clube. Desta forma, Hughes teria de se contentar em passar a mão na cabeça ao invés de mandar um "pedala, Robinho!".

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Fluminense - Cardiologista Horcades abre o coração

O presidente executivo do Fluminense, Roberto Horcades, fez uma declaração apaixonada ao treinador Renê Simões e irresponsável com as jogadoras da seleção feminina de 2004. Com teor platônico, Horcades, médico cardiologista, deu a entender que não conseguia "segurar o coração" e soltou a seguinte: "A minha paixão antiga, que a mulher dele não saiba, é o Renê. Esse namoro existe desde 2004, quando ele foi treinar as meninas lá em Atenas". Além da esposa do treinador, o mandatário tricolor demonstrou mais insatisfação com mulheres na vida de Renê Simões: "Ele (Renê) conseguiu fazer com que as mulheres, com dois neurônios, fossem vice campeãs olímpicas".
Ao falar sobre os "dois neurônios", Horcades conseguiu acender uma questão dialética sobre preconceito sexista. Ao mesmo tempo, o cartola tem o direito de "admirar" quem quiser e o dever de - mesmo se por acaso não gostar - respeitar as mulheres. É bem mais comum e sadio ouvir administradores políticos de clubes ironizarem os rivais tradicionais. Para o mandatário "pó-de-arroz", por exemplo, alfinetar o Flamengo deixaria a cara mais limpa. Mas, Horcades parece ser adepto de outras "alfinetadas"...

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Santa Cruz - Cobras do Marketing

Assim como uma naja encantada, a cobra coral tenta, mais uma vez, se reerguer na temporada 09. Depois de acumular recordes negativos em todos os setores, o Santa Cruz aposta em um marketing "venenoso" para ofender a má fase dos últimos anos. De acordo com a meta do diretor de marketing, José Nivaldo Brayner, o "bote" coral terá que alcançar 25 mil associados até o início da Série D. Atualmente, são quatro mil associados.
No marketing futebolístico competente, todas as ações que reflitam a imagem do clube devem seguir uma filosofia unâmine e com apelo consistente, verdadeiro. Por exemplo, no ano passado, uma declaração do treinador Zé do Carmo foi, no mínimo, equivocada: "Conquistaremos a tríplice coroa. Seremos campeões do Pernambucano, da Série C e da Copa do Brasil".
Claro, como discurso para a próxima temporada, não seria saudável falar em evitar segunda divisão estadual e disputar sem pretensões a Copa do Brasil e a Série D. Aliado com as possíveis dificuldades que o time terá em campo, o marketing tem o difícil desafio de "encantar" mais que resultados que incomodam a massa coral. Não adianta falar em time em pé de igualdade com os tradicionais rivais e as dificuldades com os lanternas do Pernambucano persistirem. O "target" coral precisa ser criativo e não criar falsas expectativas. O jargão de "futebol é apenas resultado" pode trazer péssimos resultados a médio e longo prazo. O efeito colateral de clube que promete, mas não cumpre é mais venenoso que picada de cobra, desativando laços de confiança entre torcida e cartolas.
A quarta divisão, atualmente, é chão do futebol nacional. Como no truque do tocador de flauta encantada, a "naja coral" precisa subir, mas sem qualquer tipo de ilusão. Na verdade, assim como a naja "artista", a cobra coral está com fome e precisa reaparcer.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sport - Bi na mesma temporada?

Há exatos seis meses, dia dos namorados, o Sport comemorava a conquista da Copa do Brasil 08. Domingo, as jogadoras rubro-negras começam a luta por outra Copa do Brasil 08. Esquecendo uma boa relação de gênero, a disputa contra o Santos não chegará nem perto da emoção apresentada pela torcida rubro-negra que lotou a Ilha e acompanhou a derrota do Timão. Enquantos os marmanjos pararam o Brasil, as guerreiras atletas param poucos espectadores em frente a TV fechada.
Apesar do discreto avanço, é difícil entender porque o futebol feminino no Brasil também não vira uma paixão nacional. Depois de belas apresentações mundo a fora, a seleção de mulheres continua firme, sem o necessário apoio para a profissionalização.
O nome "Marta" ganhou outro significado. Jamais faria uma crítica pelo que a craque alagoana fez, ao contrário, são apenas elogios, mas a exploração midiática sobre a jogadora se tranformou em figura semelhante a "vencedora de Big Brother ou exótica cantora sertaneja".
Voltando às Copas do Brasil, na final masculina, só de comunicadores, eram mais 400. Fica a aposta. Será que no domingo, na Ilha, na final feminina, o número de torcedores será maior que o de comunicadores no jogo contra o Corinthians?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Corinthians - Acreditando em Fenômeno

Depois de chorar por causa do joelho, explicar por causa de travestis e lamentar possível desistência da carreira profissional, Ronaldo Nazário está fechando contrato com o Corinthians. No Parque São Jorge, a devoção é tão grande que falam até em Ronaldo na Copa de 2010. Depois de acumular dinheiro, contusões e gordura, o ex-camisa 9 da seleção nem assinou contrato, mas já encheu o prato do departamento de marketing.
Resta agora acompanhar se a estrela do Parque São Jorge vai unir futebol, além dos holofotes. Simbolicamente, podiamos dizer que os dragões de São Jorge ficaram na gávea... cuspindo fogo pelo sumiço do Fenômeno.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Treina dores 08 - O exercício da dor

Depois de várias críticas após exibições bisonhas da seleção, o treinador Dunga continua na defensiva contra ataques que ameaçam seu cargo. Irritando mais que gravação eletrônica de Call Center, o treinador canarinho continua argumentando sem agir, disse que a Copa das Confederações não será prioridade. O mesmo caso da Copa América, Olímpiadas... Ou seja, a estratégia/consequência continua a mesma de "tirar o pé e perder a fé"...
...Mas, quem perdeu tudo mesmo foi Renato Gaúcho. Sem título, confiança, série A e cargo, a temporada de 2008 tirou até o humor de Renato. Conhecido pelo alto astral desde a época de jogador, o treinador ficou triste, chegando ao inferno "baixo" astral. Pouco antes da final da Libertadores ia tudo bem, foi só Renato abrir a boca para sentir a amargura profissional. Depois de falar que o Flu já era campeão antes da Final da Libertores, ouviu a torcida vascaína chorar a queda para a segunda divisão...
...Antônio Lopes, que foi o "almirante" cruz-maltino durante boa parte do Brasileirão, declarou que não tem culpa alguma com o naufrágio do Vasco da Gama. Se aparece um filho persona non grata, com certidão indicando nome de "Rebaixamento", pedindo pensão, alguns dizem logo não ser o pai. Mas o teste de DNA "daria" positivo, se, de repente, o filho se chamasse "Campeão"...
... Como não é, no Olímpico sobra lamentação. A diretoria gremista, no início do ano, demitiu Vágner Mancini porque queria um treinador mais retranqueiro. Com Celso Roth, o tricolor gaúcho realmente jogou mais "fechadinho", o problema foi não abrir distância para os adversários e morrer na praia. Resultado: os imortais quebraram a cara...
... além da cara, Vanderlei Luxemburgo quebou o braço. Com um time favorito ao título, o luxo de Luxa foi ouvir demais o canto canarinho e deixar o periquito tropeçar em momentos cruciais. Assim, a torcida palmeirense não deixou Luxemburgo nem refletir que mais vale um periquito na mão a uma canarinha voando.

São Paulo - Nem impedimento impediria

Teve mala preta e branca. Faltava mais uma cor, vermelho ou azul. O tricolor, inconfundível, é o paulista. Antes do domingo passado, as malas viajavam Brasil afora. A mais pesada e com maior decepção emocional saiu de Porto Alegre para o Bezerrão, que mostrava que a "Vaca ia para o brejo", não para os Pampas!
No Olímpico, contra o Atlético, o "atletismo" gaucho, ou seja, a correria não poderia ser "Mente sã, corpo são". Jogar "ouvindo" o gol de Borges, desanimava qualquer ilusão. Usando os pés e os ouvidos, os atletas gremistas não queriam acreditar no cérebro. Agonia ainda maior se alguém soprasse algo como"...O gol foi impedido!" No desespero, algum jogador gremista podia imaginar até que o sopro foi do Professor Pasquale "O gol foi impedido por que Harley não deixou ou o árbitro também ganhou um convite para ver a Madonna?"

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Santa Cruz - Ave Maria, quanta avaria!

A cada ano, no Arruda, há o espírito de recuperação para um clube, digamos, avariado. Ou seja, "quebrado" de sua antiga rotina, com certeza, menos vergonhosa. Mesmo que estejam recuperando o Mundão, Rosembrick, 29, aparentemente, continua preso em seu próprio "mundinho" fantasioso de jogador profissional de futebol.
Habilidoso com a bola nos pés, alguns detalhes demonstram um atleta que deixa o dom futebolístico escorrer pelas mãos. Não faço nenhum julgamento sobre as variadas críticas que Rosembrick sofre a respeito do comportamento extracampo, mas, hoje, no ritmo e exigência do profissional do futebol de campo, passar semanas fora de atividade é pedir para estragar a própria imagem. Mais que aparência, a propria necessidade de retardar a aposentadoria da chuteira.
No sobe e desce da carreira, não tenho dúvidas que, em plenas condições físicas - e talvez psicológicas -, Rosembrick seria mais que um, "às vezes, acima da média".
A briga com o relógio continua. Não apenas por chegar atrasado aos treinos. Mas a reflexão de que com uma volta no tempo, com um boa preparação, o "Mago" poderia, de forma bastante seleta, ser um craque. Voltando para o hoje, a briga é com a próxima segunda-feira, data-limite imposta pelo treinador Marcio Bittercourt para o jogador que, mais uma vez, "sumiu".
Dividindo o peso da frustração de prognósticos mais positivos elaboardos no passados, Rosembrick pode ser considerado fruto da falta de plena estruturação dos clubes locais na formação de jogadores. Hoje, a "estrela" tricolor vive a ameaça de seguir do estádio para a rua. A ironia no destino seria Rosembrick deixar o Arruda, "sem arranhões" no ônibus coral, como na matéria, do site "Loucos pelo Santa":
"Expresso Coral “ganha” novo arranhão - 3/12/2008Fonte: Jamil Gomes"
"O Expresso Coral, o cartão postal em preto, branco e vermelho sobre rodas foi mais uma vez danificado.Desta vez, um arranhão em toda extensão da película que reveste as janelas do lado esquerdo foi ocasionado, segundo o motorista do ônibus, por alguma manobra na garagem.O fato é que o Expresso Coral é um patrimônio do Clube e precisa ser preservado, vigiado e guardado na sede dO Mais Querido".

Náutico - Macht point no Tabuleiro da Vila

Nas recentes últimas rodadas do Brasileirão, os jogadores do Náutico foram unânimes ao afirmarem, sempre, momentos antes de entrar em campo, que estavam no "Jogo da Vida". Apesar do esforço e seriedade alvirrubra, no STJD, as brincadeiras, que mais lembrariam o famoso jogo de tabuleiro, continuam revelando cartas-surpresa.
Para encarar o Santos, até o condenado artilheiro do campeonato está liberado. Ah, mas o Klebér Pereira não falou nada demais ao citar que um árbitro "devia estar com os bolsos cheios de dinheiro..." Vai ver que o Kléber Pereira lembrou o Edilson Pereira. Boa memória tem esse camisa 9 do Santos...
Na última rodada, o Náutico quer sair da Vila para a Vida, por isso, o Timbú descansa em Jarinu. Em caso de vitória, o título de "Milionário" com os 10 milhões da cota de 2009, mais possíveis bônus da Sul-Americana. Caso contrário, o perigo da roleta entre Altético-PR, Vasco e Figueirense. Ou seja, como o slogan daquele antigo jogo de tabuleiro: "Uma disputa emocionante em busca do sucesso".

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Sport - Clássico dos clássicos internacional

Aguardando a Taça Libertadores 09, conquistada através da Copa do Brasil 08, o vice-presidente de futebol Guilherme Beltrão declarou que o Sport está pleiteando vaga na próxima edição da Copa Sul-Americana. Do outo lado, o regulamento do Brasileirão traz, no artigo sétimo, parágrafo único, a seguinte determinação: "Nenhum clube, em nenhuma hipótese, poderá disputar as duas competições da Conmebol, a Copa Libertadores e a Copa Sulamericana".
Beltrão alega ter uma "carta na manga" que, juridicamente, assegura a petição leonina. "Na hora certa todo mundo vai saber. Todos os anos os clubes daqui desprezam a Sul-Americana. Queremos disputá-la e dar a verdadeira importância que ela merece", justificou o cartola.
Neste caso, cabe apenas especular qual seria a alegação. Imagino algo do tipo: "A CBF está se prendendo ao regulamento do Brasileirão, competição que não assegurou nenhuma vaga ao Sport. A vaga do clube foi assegurada pela Copa do Brasil, que não cita nenhum entrave em participar das duas competições da Conmebol". Seria por aí? Vamos aguardar para ver essa carta. Uma coisa é certa, se conseguir - o que deve ser bem difícil - a confusão comeria solta para com o "último" classificado pelo Brasileirão, que, por ironia do destino, pode ser o Náutico.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Carneiro - A "Ovelha (rubro) negra" baiana

Como grande centro futebolístico do país, o futebol baiano possui grande rivalidade clubística. Bahia e Vitória, unidos, já experimentaram uma Série C do Brasilieirão e "aguardam" até hoje uma decisão estadual sub-júdice. Um novo capítulo pode aumentar os anais de curiosidade soteropolitanas nos gramados.
O polêmico cartola Paulo Carneiro, depois de 13 anos na presidencia-executiva do Vitória, pode aparecer na diretoria do Bahia. A possibilidade surge de um suposto convite do deputado federal Marcelo Guimarães Filho, candidato situacionista no Tricolor de Aço.
"O Bahia atravessa um momento de grande crise e precisa de reformulação, de gerar fatos novos e, por isso, surgiu um boato que ganhou grande proporção. É uma especulação porque eu militei muitos anos no futebol, onde tive bons resultados. Tenho muitos amigos tricolores, tenho bom relacionamento com alguns conselheiros e muitos deles me questionam por que eu não vou para o Bahia", declarou Carneiro.
Sendo verdade a possibilidade de candidatura, o auto-elogio do ex-presidente do Leão da Barra terá de ser mais convincente. Hoje, Paulo Carneiro tenta, judicialmente, receber R$ 10 milhões por questões trabalhistas no Vitória, depois de uma tumultuada saída do clube, envolvendo briga com jogadores e suspeitas de irregularidades administrativas. Realmente, Carneiro está tão manchado que pode ser visto como ovelha-negra por gregos, troianos, rubro-negros e ticolores.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Goiás x São Paulo - Cambistas de gravata

De um lado o São Paulo, com a calculadora na mão, vislumbrando situações de sagrar-se campeão no próximo domingo. Do outro, os dirigentes do Goiás, também com calculadora na mão, vislumbrando um "cambismo" para engordar os cofres. Jogar em casa contra a equipe que vive a expectativa de levantar a taça do Brasileirão sempre foi visto com bons olhos, mas o clube esmeraldino está de olho grande.
Anuciar ingressos ao valor de R$ 400 para uma partida de futebol no Brasil é coisa que nem Ricardo Teixeira teve cara-de-pau. Já pensando na lógica da resistência do São Paulo e entidades que regem o futebol, o argumento goiano, de preços tão elevados, são apoio às vítimas da tragédia em Santa Catarina e prejuízos financeiros decorrentes da punição da atual perda de mando de campo por causa de incidentes no Serra Dourada, dia 2 de novembro.
Ora, vamos analisar a "retranca" dos cartolas esmeraldinos para ofender os bolsos alheios. Para a punição imposta pela CBF, não cabe argumentar que o clube está sofrendo financeiramente, já que a medida tem caráter educacional e situações como menor renda é prevista pela decisão de jogar fora de casa. Para a causa social, o abuso é utilizar o sofrimento dos outros para marketing, lembrando que a cota para os desabrigados no Sul do país é a arrecadação de alimentos. Ou seja, partindo da lógica, a "preocupação" social é minima, desde que se o ingresso for caro demais, menos pessoas irão e menos alimentos serão arrecadados.
O triste é ouvir frases como "O futebol é a alegria do povão". E de chorar, imaginar a CBF, com a moral de um Ricardo Teixeira, criticando a postura "caça-níquel-ouro-prata-diamante" do time de Goiania.

sábado, 29 de novembro de 2008

Vasco - Dinamite vê explosões contra camisa fashion

Hoje pela manhã, cerca de 40 torcedores vascaínos protestaram, de forma pacífica, em São Januário. Ocupando a antepenúltima colocação na penúltima rodada, a mira dos revoltosos é a camisa cruz-maltina. Em campo, a torcida exige que atletas suem mais a camisa e revertar a situação na tabela, nos bastidores, a indignação é contra a camisa "fashion", anunciada pelo setor de marketing.
O time vai encarar Coritiba e Vitória para permanecer na Série A. O vice-presidente de marketing, José Henrique Coelho promete encarar a torcida com a defendida camisa fashion versão 09. Segundo o dirigente carioca, com o tempo, todos vão se acostumar com a novidade no padrão. O novo presidente-executivo Roberto Dinamite, além de Coelho e os jogadores, acopanharam os gritos organizados de "O Vasco não é fashion!".
A diretoria do Vasco já definiu que a estréia do novo padrão será na Taça São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.
Engraçado é que o time faz o mesmo caminho do Corinthians, no rebaixamento do ano passado. Será a departamento de marketing já pensa na "reedição" da Camisa Roxa do Timão?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sport - Chave da Esperança

Na terça passada, a tão aguardada definição dos grupos e jogos da Pré-Libertadores causou surpresa para dirigentes rubro-negros. A condição de "terceira força" da chave 1, enfrentando a LDU, o campeão do segundo turno do Campeonato Chileno e o vencedor entre o quarto do Brasileirão contra o terceiro boliviano, além estrear e encerrar a primeira fase fora da Ilha, não foi bem digerida pelos leoninos. Desta forma, o presidente Milton Bivar alegou que enviará representação à Conmenbol criticando a formação do grupo.
Tudo bem, o grupo não é dos mais fáceis, mas a sorte até que cooperou com a equipe pernambucana. Por exemplo, o grupo 4, que terá o São Paulo, campeão brasileio 08, como cabeça-de-chave, não tem moleza. Possivelmente, o tricolor paulista enfrentará duas pedreiras uruguaias (Defensor Sporting e Peñarol) e o vice da Colômbia. No grupo dos rubro-negros, a LDU vem com status - e grana - de atual campeã, mas, possivelmente, sem a mesma força que fez Renato Gaúcho chorar. O Chile tem equipes técnicas, mas há um bom tempo não mostra nenhum "bicho-papão". O possível brasileiro (Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo) deve ser encarado com naturalidade, já que não se trata de nenhuma equipe desconhecida.
Lamentar demais antes da bola rolar, causa sensação de que a Sport vislumbrava uma "chave mágica", que fosse capaz de abrir, sem problemas, uma vaga na segunda fase. Pelo atual nivelamente por baixo do futebol sul-americano, formar uma equipe competitiva para a competição internacional está ao alcance do Sport. Só não podemos ficar no evento de sorteio dos grupos, nos comportando como pessoas em frente à antiga Porta da Esperança, apresentada por Sílvio Santos. Outra meta rubro-negra é melhorar a colocação no ranking da Conmenbol, ao contrário do Lombardi, fazer mais que barulho, uma aparição para a América do Sul.

Náutico/Campanha - Clima de decisão... pela paz

Na luta contra o rebaixamento, a "lei alvirrubra", segundo o treinador Roberto Fernandes, é manter a cabeça no lugar para enfrentar o Atletico-PR. Na luta Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, domingo, a Lei Maria da Penha entrará em campo indicando um jogo em que todos saem vitoriosos.
A parir das 14h, a Rede de Homens pela Equidade de Gênero, distribuirá materiais educativos e coletará assinaturas para abaixo-assindado de ação promovida pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Além disso, gandulas e jogadores estarão apoiando a iniciativa.
Se há repúdio à covardia de cartolas mafiosos que se encodem da torcida, o mesmo sentimento existirá de maridos que se escodem em seus lares para agredir a própria mulher. Alíás, todo torcedor deve ter um pouco de craque e tratar, além da bola, a esposa com carinho. Se for brucutú, tem o "vossa majestade"; se for craque, tem o "minha nêga". Só não tem espaço para os que, como narram alguns radialistas, "maltratam a bola".
Mais informações: www.lacobranco.org.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

São Paulo - Campeão maratonista

Que o São Paulo é o Campeão Brasileiro 08 ninguém dúvida, nem mesmo os gremista. Adotada desde 2003, a fórmula do Brasileirão por pontos corridos ainda não conquistou a preferência da maioria dos torcedores, mas nos últimos cinco anos ninguém discordou do destino do maior troféu do futebol nacional.

Hoje, o Santa Cruz está "fora de série", está mal... mas em 1975, o time era fora-de-série, era muito bom, segundo testemunhas, o time que contava com Nunes e Givanildo merecia mais que o honroso quatro lugar. Este e vários outros exemplos dificilmente voltarão a acontecer em um campeonato que conquista "quem vence mais".
Neste Brasileirão, em campo, algumas equipes até mostraram um futebol de maior qualidade que o São Paulo, mas nenhuma a regularidade dos comandados de Muricy. O Flamengo, primeiro postulante a "dono" da taça, TINHA uma equipe forte e ofensiva até algumas transações com o futebol do exterior levarem também o bom desempenho em campo. O Grêmio teve um esquema que deu certo na maior parte do campeonato, mas ficou evidente e o Senhor Celso "arrotou" o gosto da vitória... Cruzeiro e Palmeiras também formaram boas equipes, mas nunca uma sequência de belas apresentações.
Acompanhando alguns jogos desde maio, não percebi muita alteração no São Paulo. O que era bom, ficou apenas um pouco melhor. Muito melhor será para o clube mais organizado e estruturado chegar ao hexacampeonato nacional. O campeonato de pontos corridos lembra uma maratona, e o corredor são-paulino soube o ritmo para ultrapassar o grêmista que "até a pé iriam..."

Sport - Receita de Galo

A 36ª e antepenúltima rodada do Brasileirão 08 teve jogo eletrizantes... Talvez num fogo à lenha, o Leão cozinhou o Galo e conquistou três pontos, chegando ao 11º posto da classificação. Enfadonho como um programa de culinária, os 45 minutos iniciais foram apenas de banho-maria, com lances mais bisonhos que piada de louro.
Com um futebol de "receita de bolo", o time rubro-negro era óbvio e sem criatividade, contra um Galo que, mesmo com esporão, parecia querer dormir na panela.
Um estalo na arquibancada -torcemos pela vida das torcidas!- outro na cabeça de Nelsinho Batista. Enquanto a Torcida Jovem pensava em mudar de lugar, o treinador rubro-negro mudou a jovem safra ofensiva do banco para o gramado. Ciro e Kássio, no lugares de Carlinhos Bala e Fumagalli, respectivamente, deram um novo sabor ao jogo. Durval driblou e depenou o Galo, Roger virou garçom, mas o Chef da noite foi Ciro. Voluntarioso, o jovem atacante mostrou oportunismo, sorte e vontade. Pronto, os ingredientes que faltavam.
Desta forma, para rubro-negros, o programa da Ilha ganhou "pontos no Ibope" e na luta por uma campanha mais digna. A audiência leonina subiu apenas aos 37 minutos do segundo tempo. Pelo pouco tempo que restava, parece que para preparar o galo era melhor um microondas... O sabor não foi de "decisão de campeonato", mas o fast-food até que acalmou um pouco a torcida.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Náutico - Do leilão à previsão

No Orlando Scarpelli, Figueirense e Náutico participaram do "leilão" pela permanência na elite. Isso mesmo, lutaram entre si e contra o rebaixamento. O Timba deu o primeiro lance, Felipe mal deixou o árbitro soar o apito, 1x0. O Figueira também foi rápido, logo cobriu e dobrou o lance pernambucano, 2x1. Em pior situação, e jogando em casa, o alvi-negro estava mesmo disposto a vencer o embate. Quando o Náutico pensava em propor mais, os catarinenses aumentavam. Assim sendo, o 2x2 virou 3x2 e o 3x3, 4x3. Com quatro, o Figueirense conquistou os três pontos. Vale tudo na reta final do Brasileirão.
O Náutico atacou bem, mas esqueceu a retaguarda. Quatro gols de falhas, uma do goleiro Eduardo e o resto do sistema defensivo. Depois de falhar no jogo aéreo, os atletas timbús continuam de cabeça erguida... o perigo agora é tropeçar. Mas se baixar a cabeça, não verá o Furacão que se aproxima dos Aflitos. Jogando em Condições Normais de Temperatura e Pressão, em Recife, o time de Roberto Fernandes é superior ao Atlético Paranaense, o ruim é que previsão da 36ª rodada não deve ser nada agradável para equipes com menos de 43 pontos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Rapidinhas - Aqui, ali e acolá

PERNAMBUCO - O atual mandatário do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, nomeou Robertro Arraes para substituir Bartolomeu Bueno - impossibilitado de execer o cargo por ordem do Conselho Nacional de Justiça. É verdade que houve ferimento ao Estatuto do clube, mas chama a atenção o posicionamento de alguns conselheiros que xiaram com a postura do presidente executivo. Cobram maior transparência... paciência. A torcida pode também pode cobrar, maior lembrança de gestões.

BRASIL - Depois de nove meses parado e muitas confusões - incluindo possível problema com travestis -, Ronaldo Fenômeno, 32, fala em abortar... a carreira futebilística. Depois de carregar o Penta nas costas, o craque luta para perder a barriga. Depois de partida beneficiente realizada na última segunda-feira, o ex-careca, que jogou apenas 20 minutos, declarou estar em dúvida sobre a continuidade profissional no futebol.

MUNDO - Sabemos que Cristiano Ronaldo é um jogador genial. Mas o peso de ser o maior candidato ao título de melhor do mundo parece atrapalhar os boleiros. Tudo bem que a avaliação deve ter como critério toda uma temporada. Mas pelo que vem mostrando no Manchester United e na seleçao portuguesa, o camisa 17 "pede" uma arrancada de qualquer prognóstico otimista ao lusitano. Kaká também não era o melhor no tempo exato da última votação.

Seleção Brasileira - Números exatos e infinitos.

No início da semana, o treinador Dunga ressaltava, como defesa para uma possível perda de cargo, vários números a seu favor. Ora, o ex-capitão sagrou-se Campeão da Copa América, Bronze em Pequim (melhor marca nacional na história olímpica) e mantem a vice-liderança (mesmo que em uma briga de foice) das Eliminatórias da Copa de 2010. Pura pirotecnia. Ontem, a vitória... ou melhor "lavagem" de virada (de cambalhota, para um bom português) por 6x2, encheu ainda mais a caderneta do treinador.

Sem desmerecer belissímos gols brasileiros na noite do Bezerrão, "ruminar" a fraca atuação portuguesa não merece nenhuma punição da coroa. Com um sistema defensivo que facilitava qualquer "escambo" de passes, o Brasil encontrava muito espaço para trabalhar. Ainda por cima, Cristiano Ronaldo esteve por baixo. O maior candidato ao título de melhor do mundo teve uma atuação apagadissíma.

Engraçado que podemos voltar ao números... Isso mesmo. Parece não importar as circunstâncias, mas 6x2 contra um adversário em má fase e noite pouco inspirada já é suficiente para esquecer Muricy ou Luxemburgo.

Dunga nunca conquistou a simpatia de ninguém. É teimoso e "travado" para atitudes no comando do time. Nas entrevistas, vomita respostas amargas às perguntas de repórteres, mostrando falta de ética e ignorância ao jornalismo. Mas ao analisarmos os últimos resultados da Seleção (não tão bonitos quanto parecem) não podemos culpar apenas o capitão do tetra. Aliás, até mesmo se o atual treinador demonstra incapacidade, a inabilidade é de que o efetivou no cargo.

Mais uma vez podemos voltar aos números. Não para falar de uma mística nacional, como o 13 de Zagallo. Bem longe disso, na verdade no outro extremo de qualquer coisa fantasiosa. A maior análise de números pode ser nos "critérios" obscuros da nossa gerência de futebol. Na CBF sim, os números com cifrões sempre mereceram uma atenção para limpar qualquer pirotecnia.

Ah, mas, acredito que as coisas estão melhorando. A seleção jogou o amistoso NO BRASIL... Goleou...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Náutico - Do Cruzeiro ao Real

Há alguns meses especialistas econômicos ou esportivos previam duas quedas: uma da bolsa de valores, outra do Clube Náutico Capibaribe, respectivamente. No mundo, estratégias econômicas estão "elevando" o dolár. Nos Aflitos, sábado, o Timbú derrubou o Cruzeiro, deixando bem Real a chance de permanecer na Série A do Brasilieirão.
A equipe comandada por Roberto Fernandes ainda não se garantiu, mas, tecnicamente, possui elenco suficiente para a permanência na elite futebolística. No capitalismo selvagem predomina a lei do mais forte. Na "selvageria" dos mascotes, o Timbú "caçou" a Raposa. Vencer o alvi-azulino das Alterosas por 5x2 não é tarefa de equipe desmotivada e/ou desqualificada.
Teorias e explicações sobre a crise financeira mundial podem apontar o individualismo como um dos responsáveis pela situação preocupante no sistema financeiro mundial. Em Rosa e Silva, a lei do "cada um por si" pode ter sido determinante para o fraco desempenho durante a maior parte do campeonato.
Durante muito tempo, havia especulações sobre problemas de relacionamento no elenco. Era verdade, faltava espírito de coletividade. A premissa maior é a recente declaração do zagueirão Vágner: "A gente teve uma conversa muito produtiva, de grupo. Discutimos muitas coisas (...) Colocamos até coisas extracampo, em que foram ditas muitas verdades". Pensando bem, se a "conversa" fosse no início do Brasileirão, o time poderia estar fora do risco de rebaixamento.
Extremismos à parte! O mundo não sofreu um novo "crack", nem o Náutico é um time de craque. Mas podemos rever alguns detalhes no passado recente que poderiam deixar o presente um pouco menos desconfortável.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sport - Sem foco, nem chão

Na última quinta-feira, o avião que deslocava o elenco rubro-negro para Ipatinga "teimou" em não descer. Por causa do mal tempo, os atletas leoninos tiveram de "colocar os pés no chão" bem longe do pretendido, em Campinas.

Nos últimos meses, a torcida rubro-negra pouco vibrou com vitórias. Da segunda metade de setembro até início de novembro, apenas uma vitória. Foram nove jogos constratando qualquer expectativa positiva... algum equilíbrio? Sim. Apenas no número de empates e derrotas, quatro para cada.

Sábado, uma derrota que incomodou um pouco mais, 3x0 para o Ipatinga - lanterna que perdeu, recentemente, alguns jogadores, em outras palavras, "jogaram a toalha".

As teorias sobre o fracasso ficam cada vez mais forte. Imprensa, torcida (incluindo os rivais) e dirigentes defendem de tudo, incapacidade técnica, falta de sorte, falta de inspiração, erros de arbitragem...

Possivelmente, todos devem estar corretos, dentro das respectivas proporções. Mas podemos acrescentar algo mais ao clube da Praça da Bandeira: falta de organização. Felizmente o estado de Pernambuco venceu a Copa do Brasil, mas a sensação é que não estavamos preparados para isso. Depois de levantar a taça, não percebemos harmonia nas pretensões do time no Brasileirão.

Houve um ineficiente trabalho motivacional com os jogadores. Como no episódio áereo, às vezes, alguns atletas leoninos parecem teimar em permanecer "nas nuvens". Talvez pensando em pisar em terra firme num momento mais empolgante. Libertadores não deve ser entendida com a libertadora do marasmo. O time precisa de consistência e ritmo para a competição internacional. O deslocamento do foco no Brasileirão pode custar um grande erro no caminho leonino. Digamos, mais longe que de Ipatinga para Campinas.