sábado, 29 de novembro de 2008

Vasco - Dinamite vê explosões contra camisa fashion

Hoje pela manhã, cerca de 40 torcedores vascaínos protestaram, de forma pacífica, em São Januário. Ocupando a antepenúltima colocação na penúltima rodada, a mira dos revoltosos é a camisa cruz-maltina. Em campo, a torcida exige que atletas suem mais a camisa e revertar a situação na tabela, nos bastidores, a indignação é contra a camisa "fashion", anunciada pelo setor de marketing.
O time vai encarar Coritiba e Vitória para permanecer na Série A. O vice-presidente de marketing, José Henrique Coelho promete encarar a torcida com a defendida camisa fashion versão 09. Segundo o dirigente carioca, com o tempo, todos vão se acostumar com a novidade no padrão. O novo presidente-executivo Roberto Dinamite, além de Coelho e os jogadores, acopanharam os gritos organizados de "O Vasco não é fashion!".
A diretoria do Vasco já definiu que a estréia do novo padrão será na Taça São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.
Engraçado é que o time faz o mesmo caminho do Corinthians, no rebaixamento do ano passado. Será a departamento de marketing já pensa na "reedição" da Camisa Roxa do Timão?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sport - Chave da Esperança

Na terça passada, a tão aguardada definição dos grupos e jogos da Pré-Libertadores causou surpresa para dirigentes rubro-negros. A condição de "terceira força" da chave 1, enfrentando a LDU, o campeão do segundo turno do Campeonato Chileno e o vencedor entre o quarto do Brasileirão contra o terceiro boliviano, além estrear e encerrar a primeira fase fora da Ilha, não foi bem digerida pelos leoninos. Desta forma, o presidente Milton Bivar alegou que enviará representação à Conmenbol criticando a formação do grupo.
Tudo bem, o grupo não é dos mais fáceis, mas a sorte até que cooperou com a equipe pernambucana. Por exemplo, o grupo 4, que terá o São Paulo, campeão brasileio 08, como cabeça-de-chave, não tem moleza. Possivelmente, o tricolor paulista enfrentará duas pedreiras uruguaias (Defensor Sporting e Peñarol) e o vice da Colômbia. No grupo dos rubro-negros, a LDU vem com status - e grana - de atual campeã, mas, possivelmente, sem a mesma força que fez Renato Gaúcho chorar. O Chile tem equipes técnicas, mas há um bom tempo não mostra nenhum "bicho-papão". O possível brasileiro (Grêmio, Palmeiras, Cruzeiro e Flamengo) deve ser encarado com naturalidade, já que não se trata de nenhuma equipe desconhecida.
Lamentar demais antes da bola rolar, causa sensação de que a Sport vislumbrava uma "chave mágica", que fosse capaz de abrir, sem problemas, uma vaga na segunda fase. Pelo atual nivelamente por baixo do futebol sul-americano, formar uma equipe competitiva para a competição internacional está ao alcance do Sport. Só não podemos ficar no evento de sorteio dos grupos, nos comportando como pessoas em frente à antiga Porta da Esperança, apresentada por Sílvio Santos. Outra meta rubro-negra é melhorar a colocação no ranking da Conmenbol, ao contrário do Lombardi, fazer mais que barulho, uma aparição para a América do Sul.

Náutico/Campanha - Clima de decisão... pela paz

Na luta contra o rebaixamento, a "lei alvirrubra", segundo o treinador Roberto Fernandes, é manter a cabeça no lugar para enfrentar o Atletico-PR. Na luta Pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, domingo, a Lei Maria da Penha entrará em campo indicando um jogo em que todos saem vitoriosos.
A parir das 14h, a Rede de Homens pela Equidade de Gênero, distribuirá materiais educativos e coletará assinaturas para abaixo-assindado de ação promovida pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Além disso, gandulas e jogadores estarão apoiando a iniciativa.
Se há repúdio à covardia de cartolas mafiosos que se encodem da torcida, o mesmo sentimento existirá de maridos que se escodem em seus lares para agredir a própria mulher. Alíás, todo torcedor deve ter um pouco de craque e tratar, além da bola, a esposa com carinho. Se for brucutú, tem o "vossa majestade"; se for craque, tem o "minha nêga". Só não tem espaço para os que, como narram alguns radialistas, "maltratam a bola".
Mais informações: www.lacobranco.org.br

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

São Paulo - Campeão maratonista

Que o São Paulo é o Campeão Brasileiro 08 ninguém dúvida, nem mesmo os gremista. Adotada desde 2003, a fórmula do Brasileirão por pontos corridos ainda não conquistou a preferência da maioria dos torcedores, mas nos últimos cinco anos ninguém discordou do destino do maior troféu do futebol nacional.

Hoje, o Santa Cruz está "fora de série", está mal... mas em 1975, o time era fora-de-série, era muito bom, segundo testemunhas, o time que contava com Nunes e Givanildo merecia mais que o honroso quatro lugar. Este e vários outros exemplos dificilmente voltarão a acontecer em um campeonato que conquista "quem vence mais".
Neste Brasileirão, em campo, algumas equipes até mostraram um futebol de maior qualidade que o São Paulo, mas nenhuma a regularidade dos comandados de Muricy. O Flamengo, primeiro postulante a "dono" da taça, TINHA uma equipe forte e ofensiva até algumas transações com o futebol do exterior levarem também o bom desempenho em campo. O Grêmio teve um esquema que deu certo na maior parte do campeonato, mas ficou evidente e o Senhor Celso "arrotou" o gosto da vitória... Cruzeiro e Palmeiras também formaram boas equipes, mas nunca uma sequência de belas apresentações.
Acompanhando alguns jogos desde maio, não percebi muita alteração no São Paulo. O que era bom, ficou apenas um pouco melhor. Muito melhor será para o clube mais organizado e estruturado chegar ao hexacampeonato nacional. O campeonato de pontos corridos lembra uma maratona, e o corredor são-paulino soube o ritmo para ultrapassar o grêmista que "até a pé iriam..."

Sport - Receita de Galo

A 36ª e antepenúltima rodada do Brasileirão 08 teve jogo eletrizantes... Talvez num fogo à lenha, o Leão cozinhou o Galo e conquistou três pontos, chegando ao 11º posto da classificação. Enfadonho como um programa de culinária, os 45 minutos iniciais foram apenas de banho-maria, com lances mais bisonhos que piada de louro.
Com um futebol de "receita de bolo", o time rubro-negro era óbvio e sem criatividade, contra um Galo que, mesmo com esporão, parecia querer dormir na panela.
Um estalo na arquibancada -torcemos pela vida das torcidas!- outro na cabeça de Nelsinho Batista. Enquanto a Torcida Jovem pensava em mudar de lugar, o treinador rubro-negro mudou a jovem safra ofensiva do banco para o gramado. Ciro e Kássio, no lugares de Carlinhos Bala e Fumagalli, respectivamente, deram um novo sabor ao jogo. Durval driblou e depenou o Galo, Roger virou garçom, mas o Chef da noite foi Ciro. Voluntarioso, o jovem atacante mostrou oportunismo, sorte e vontade. Pronto, os ingredientes que faltavam.
Desta forma, para rubro-negros, o programa da Ilha ganhou "pontos no Ibope" e na luta por uma campanha mais digna. A audiência leonina subiu apenas aos 37 minutos do segundo tempo. Pelo pouco tempo que restava, parece que para preparar o galo era melhor um microondas... O sabor não foi de "decisão de campeonato", mas o fast-food até que acalmou um pouco a torcida.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Náutico - Do leilão à previsão

No Orlando Scarpelli, Figueirense e Náutico participaram do "leilão" pela permanência na elite. Isso mesmo, lutaram entre si e contra o rebaixamento. O Timba deu o primeiro lance, Felipe mal deixou o árbitro soar o apito, 1x0. O Figueira também foi rápido, logo cobriu e dobrou o lance pernambucano, 2x1. Em pior situação, e jogando em casa, o alvi-negro estava mesmo disposto a vencer o embate. Quando o Náutico pensava em propor mais, os catarinenses aumentavam. Assim sendo, o 2x2 virou 3x2 e o 3x3, 4x3. Com quatro, o Figueirense conquistou os três pontos. Vale tudo na reta final do Brasileirão.
O Náutico atacou bem, mas esqueceu a retaguarda. Quatro gols de falhas, uma do goleiro Eduardo e o resto do sistema defensivo. Depois de falhar no jogo aéreo, os atletas timbús continuam de cabeça erguida... o perigo agora é tropeçar. Mas se baixar a cabeça, não verá o Furacão que se aproxima dos Aflitos. Jogando em Condições Normais de Temperatura e Pressão, em Recife, o time de Roberto Fernandes é superior ao Atlético Paranaense, o ruim é que previsão da 36ª rodada não deve ser nada agradável para equipes com menos de 43 pontos.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Rapidinhas - Aqui, ali e acolá

PERNAMBUCO - O atual mandatário do Santa Cruz, Fernando Bezerra Coelho, nomeou Robertro Arraes para substituir Bartolomeu Bueno - impossibilitado de execer o cargo por ordem do Conselho Nacional de Justiça. É verdade que houve ferimento ao Estatuto do clube, mas chama a atenção o posicionamento de alguns conselheiros que xiaram com a postura do presidente executivo. Cobram maior transparência... paciência. A torcida pode também pode cobrar, maior lembrança de gestões.

BRASIL - Depois de nove meses parado e muitas confusões - incluindo possível problema com travestis -, Ronaldo Fenômeno, 32, fala em abortar... a carreira futebilística. Depois de carregar o Penta nas costas, o craque luta para perder a barriga. Depois de partida beneficiente realizada na última segunda-feira, o ex-careca, que jogou apenas 20 minutos, declarou estar em dúvida sobre a continuidade profissional no futebol.

MUNDO - Sabemos que Cristiano Ronaldo é um jogador genial. Mas o peso de ser o maior candidato ao título de melhor do mundo parece atrapalhar os boleiros. Tudo bem que a avaliação deve ter como critério toda uma temporada. Mas pelo que vem mostrando no Manchester United e na seleçao portuguesa, o camisa 17 "pede" uma arrancada de qualquer prognóstico otimista ao lusitano. Kaká também não era o melhor no tempo exato da última votação.

Seleção Brasileira - Números exatos e infinitos.

No início da semana, o treinador Dunga ressaltava, como defesa para uma possível perda de cargo, vários números a seu favor. Ora, o ex-capitão sagrou-se Campeão da Copa América, Bronze em Pequim (melhor marca nacional na história olímpica) e mantem a vice-liderança (mesmo que em uma briga de foice) das Eliminatórias da Copa de 2010. Pura pirotecnia. Ontem, a vitória... ou melhor "lavagem" de virada (de cambalhota, para um bom português) por 6x2, encheu ainda mais a caderneta do treinador.

Sem desmerecer belissímos gols brasileiros na noite do Bezerrão, "ruminar" a fraca atuação portuguesa não merece nenhuma punição da coroa. Com um sistema defensivo que facilitava qualquer "escambo" de passes, o Brasil encontrava muito espaço para trabalhar. Ainda por cima, Cristiano Ronaldo esteve por baixo. O maior candidato ao título de melhor do mundo teve uma atuação apagadissíma.

Engraçado que podemos voltar ao números... Isso mesmo. Parece não importar as circunstâncias, mas 6x2 contra um adversário em má fase e noite pouco inspirada já é suficiente para esquecer Muricy ou Luxemburgo.

Dunga nunca conquistou a simpatia de ninguém. É teimoso e "travado" para atitudes no comando do time. Nas entrevistas, vomita respostas amargas às perguntas de repórteres, mostrando falta de ética e ignorância ao jornalismo. Mas ao analisarmos os últimos resultados da Seleção (não tão bonitos quanto parecem) não podemos culpar apenas o capitão do tetra. Aliás, até mesmo se o atual treinador demonstra incapacidade, a inabilidade é de que o efetivou no cargo.

Mais uma vez podemos voltar aos números. Não para falar de uma mística nacional, como o 13 de Zagallo. Bem longe disso, na verdade no outro extremo de qualquer coisa fantasiosa. A maior análise de números pode ser nos "critérios" obscuros da nossa gerência de futebol. Na CBF sim, os números com cifrões sempre mereceram uma atenção para limpar qualquer pirotecnia.

Ah, mas, acredito que as coisas estão melhorando. A seleção jogou o amistoso NO BRASIL... Goleou...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Náutico - Do Cruzeiro ao Real

Há alguns meses especialistas econômicos ou esportivos previam duas quedas: uma da bolsa de valores, outra do Clube Náutico Capibaribe, respectivamente. No mundo, estratégias econômicas estão "elevando" o dolár. Nos Aflitos, sábado, o Timbú derrubou o Cruzeiro, deixando bem Real a chance de permanecer na Série A do Brasilieirão.
A equipe comandada por Roberto Fernandes ainda não se garantiu, mas, tecnicamente, possui elenco suficiente para a permanência na elite futebolística. No capitalismo selvagem predomina a lei do mais forte. Na "selvageria" dos mascotes, o Timbú "caçou" a Raposa. Vencer o alvi-azulino das Alterosas por 5x2 não é tarefa de equipe desmotivada e/ou desqualificada.
Teorias e explicações sobre a crise financeira mundial podem apontar o individualismo como um dos responsáveis pela situação preocupante no sistema financeiro mundial. Em Rosa e Silva, a lei do "cada um por si" pode ter sido determinante para o fraco desempenho durante a maior parte do campeonato.
Durante muito tempo, havia especulações sobre problemas de relacionamento no elenco. Era verdade, faltava espírito de coletividade. A premissa maior é a recente declaração do zagueirão Vágner: "A gente teve uma conversa muito produtiva, de grupo. Discutimos muitas coisas (...) Colocamos até coisas extracampo, em que foram ditas muitas verdades". Pensando bem, se a "conversa" fosse no início do Brasileirão, o time poderia estar fora do risco de rebaixamento.
Extremismos à parte! O mundo não sofreu um novo "crack", nem o Náutico é um time de craque. Mas podemos rever alguns detalhes no passado recente que poderiam deixar o presente um pouco menos desconfortável.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sport - Sem foco, nem chão

Na última quinta-feira, o avião que deslocava o elenco rubro-negro para Ipatinga "teimou" em não descer. Por causa do mal tempo, os atletas leoninos tiveram de "colocar os pés no chão" bem longe do pretendido, em Campinas.

Nos últimos meses, a torcida rubro-negra pouco vibrou com vitórias. Da segunda metade de setembro até início de novembro, apenas uma vitória. Foram nove jogos constratando qualquer expectativa positiva... algum equilíbrio? Sim. Apenas no número de empates e derrotas, quatro para cada.

Sábado, uma derrota que incomodou um pouco mais, 3x0 para o Ipatinga - lanterna que perdeu, recentemente, alguns jogadores, em outras palavras, "jogaram a toalha".

As teorias sobre o fracasso ficam cada vez mais forte. Imprensa, torcida (incluindo os rivais) e dirigentes defendem de tudo, incapacidade técnica, falta de sorte, falta de inspiração, erros de arbitragem...

Possivelmente, todos devem estar corretos, dentro das respectivas proporções. Mas podemos acrescentar algo mais ao clube da Praça da Bandeira: falta de organização. Felizmente o estado de Pernambuco venceu a Copa do Brasil, mas a sensação é que não estavamos preparados para isso. Depois de levantar a taça, não percebemos harmonia nas pretensões do time no Brasileirão.

Houve um ineficiente trabalho motivacional com os jogadores. Como no episódio áereo, às vezes, alguns atletas leoninos parecem teimar em permanecer "nas nuvens". Talvez pensando em pisar em terra firme num momento mais empolgante. Libertadores não deve ser entendida com a libertadora do marasmo. O time precisa de consistência e ritmo para a competição internacional. O deslocamento do foco no Brasileirão pode custar um grande erro no caminho leonino. Digamos, mais longe que de Ipatinga para Campinas.