sábado, 30 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 6 ª rodada (O único sobrevivente)

Dos seis primeiros colocados, ou seja, da metade de cima da classificação, apenas o Náutico venceu. Até os 40 minutos do segundo tempo em Araripina, tudo indicava que os seis primeiros sairiam da sexta rodada sem nenhuma vitória. Os resultados favoráveis ao time de Rosa e Silva deixou o campeonato mais equilibrado. O Timbú mostrou recuperação depois de início de campeonato bastante irreugular.
Apesar da liderança, irregularidade é a palavra da vez na Ilha. Os quatro últimos jogos do Sport foram bem duros. Há duas rodadas sem vencer, o Leão passou mal bocados para superar, anteriormente, a dupla caruaruense Central e Porto. A goleada sobre o Vitória na segunda rodada deixou mais evidente que a façanha teve mais demérito do Tricolor das Tabocas que méritos rubronegros.
Em Caruaru, o Porto manteve a tradição de engrossar o caldo para os times da capital. Neste domingo, o caldo ficou tão grosso que a Cobra coral teve problemas de digestão. Mostrando serviço, o time exportador de Caruaru está em recuparação na competição desde a contração do treinador Charles Muniz. Seguindo o mesmo raciocínio, Neco também merece elogios. Assim como Charles, Neco assumiu o Ypiranga há duas rodadas e manteve o aproveitamento total em uma equipe que estava em péssimo momento.
Por outro lado, as duas equipes do interior melhor colocadas perderam seus jogos. As duas equipes perderam, cada, a primeira partida contra equipe do interior. As duas derrotas com placar mínimo de um a zero, foram surpreendentes.
Uma curiosidade é que o lateral Gilberto Matuto, do Santa, está virando especialista em sofrer pênaltis. Depois do Clássico das Emoções, o lateral sofreu falta na área no jogo das decepções corais.


Destaques
  • Positivo: Náutico. Ligado, o Timbú virou o jogo e está cheirando a juba leonina.
  • Negativo: Vitória. Único time a perder de goleada até o momento perdeu mais uma em casa e beira a Z-R.
  • Gol da rodada: Fabian, atacante do Porto. O segundo gol teve corte e chute bonito.
  • Deu com os burros nágua: Araripina. O Bode ficou com uma pulga atrás da orelha: Faltou empenho ou atenção?
  • Rei da rodada: Neco e Charles Muniz, treinadores. Mostraram que mudou, para melhor, as coisas no Ypiranga e no Porto, respectivamente.
  • Pedra na chuteira: Givanildo Oliveira, treinador do Sport. O time da Ilha poderia ganhar uma gordurinha na tabela... o problema são as gordurinhas nas barrigas.
  • Sem ter o que dizer em casa: Gilberto Matuto, lateral do Santa. Os dois primeiro gols do Porto foram em lances em cima do jogador.
  • Curiosidade que não mata: Com as vitória do Sete e do Central, resta um único tabú: a invencibilidade do Sport.

Central 1 x 0 Cabense
- Santos ajudou a retirar a Patativa do inferno. Atrasada, a Patativa "estreou" no Pernambucano contra o Azulão. A importante e apertada vitória caruaruense contou com o gol solitário, de pênalti, de Rodrigo Santos, que anteriormente já tinha mandado bola na trave. Em caso de derrota, ou mesmo empate, a Patativa manteria o inferno astral segurando a lanterna da competição. A Cabense que estava embalada, perdeu a segunda no campeonato.

Vitória 1 x 3 Ypiranga - Engrenada, a Máquina de Costura trabalhou bem no Carneirão. O time de Santa do Capibaribe começou a justificar a condição de "favorito do interior" ao vencer a segunda partida seguida. Fora de casa, o zagueiro Luiz Eduardo, o bom atacante Fágner e o talentoso e instável Rosembrick fizeram os gols do Ypiranga. Procurando uma luz, o atacante Jadílson descontou aos 47 do segundo... mas as luzes se apagaram.

Porto 3 x 1 Santa Cruz - Em 10 minutos o Gavião deu um nó na Cobra coral. Aproveitando falhas individuais da defesa recifense, o Porto fez diferença de três gols em nove minutos. Aos 17 minutos, Fabian cruzou e Arlindo cabeçeou. Dois minutos depois houve inversão entre assistência e autoria do gol. Fabian cabeçeou cruzamento de João Carlos. Os dois primeiros gols foram numa "avenida" do lado esquerdo da defesa coral. Aos 26, Fabian marcou o segundo gol dele aproveitando desespero da defesa visitante. No segundo tempo, de pênalti, Elvis tentou desatar o nó... era tarde demais.

Sport 1 x 1 Vera Cruz - Antes da Madrugada, o Galo das Tabocas acertou um passo na Ilha. Em clima de quarta ingrata, o time rubronegro piorou o rendimento no segundo tempo e perdeu dois pontos em casa. Ouvindo vaias, o leoninos tiveram de se conformar com o justo placar, depois de perder várias oportunidades de gols. Ciro e Éverton foram os goleadores da tarde. O treinador Givanildo Oliveira, com uma pulga atrás da orelha, começa a culpar a visível canseira que o time demonstra no decorrer das partidas.

Araripina 1 x 2 Náutico - Em Araripina, quem ligou por último, ligou melhor. Araripina e Náutico desperdiçaram os 45 minutos iniciais de jogo: a primeira metade do jogo foi muito fraca. As duas equipes mal ocuparam as áreas adversárias. Aproveitando os 6 minutos iniciais, Jessuí fez o gol e a ligação com o celular-chuteira. Aparentemente com menos crédito telefônico, o Timbú "falou" bem mais com um minuto a menos. Nos cinco minutos finais, o time alvirrubro "ligou" e Dantas e Nilson deram uma péssima notícia aos anfitriões.

Sete de Setembro 1 x 0 Salgueiro - Sonhando alto, o Carcará esbarrou no Gigante do Agreste. Pelo belo início de campeonato, o tropeço do Salgueiro custou saída do G-4. A primeira vitória do Sete no campeonato foi construída a partir de maior volume de jogo e bom toque de bola. Apesar do triunfo, o time setembrino ainda segura a lanterna da competição. O Carcará ainda está de olho no G-4.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 5ª rodada (G-4 embolado e torcendo por Edu Matos)

O Clássico das Emoções deu uma pimenta a mais na tabela de classificação. O Náutico, pela primeira vez, chegou ao G-4. A Cabense também venceu e continua convencendo que briga por vaga nas semifinais. Até mesmo o empate “para o Leão”, em Salgueiro, deu um gostinho a mais da briga pelas primeiras colocações.

Cinco equipes estão brigando pelos apertados metros quadrados entre os quatro primeiro. O líder Sport terá de correr bastante para tentar criar uma gordurinha. Muitos na Ilha ainda estão fora de forma. A diferença do Sport para o Salgueiro, quinto colocado, é de apenas três pontos.

Extamente no meio da classificação, os times de Vitória olham para cima e para baixo. Com oito pontos, o Galo ainda deve tentar cantar nas primeiras colocações. Com três pontos a menos, o Vitória está preocupado com os times que estão na beira dos próprios pés. A diferença de pontos entre Vitória, sétimo e Central, antepenúltimo, é de apenas três pontos.

O fato mais lamentável da rodada foi a parada cardiorespiratória do zagueiro Edu Matos. O jogador, de acordo com exames do Araripina, é um dos mais bem preparados fisicamente do time. No momento, cabe acompanhar a recuperação do atleta e torce para vê-lo nos gramados.


Destaques

  • Lamentável (extra): Edu Matos, zagueiro do Araripina. O atleta continua se recuperando de parada cardiorespiratória.
  • Positivo: Cabense. O Azulão, sem chamar muita atenção, está na segunda colocação.
  • Negativo: Sete. O Lobo guará perdeu para concorrente na briga para deixar as últimas colocações, pelo menos no momento.
  • Gol da rodada: Gilberto, atacante do Vera Cruz. No segundo gol, Gilberto foi frio, habilidoso e oportunista como um bom atacante.
  • Deu com os burros n’água: Vitória. O Tricolor das Tabocas vencia fora de casa, mas voltou com as mãos abanando para Vitória.
  • Rei da rodada: Fagner, atacante do Ypiranga. Com fama de bom jogador, Fagner fez os dois gols da vitória.
  • Pedra na chuteira: Alex Xavier, zagueiro do Santa. As bobeiras podem custar antipatia com torcida coral.
  • Sem ter o que dizer em casa: Nildo Petrolina, lateral do Salgueiro. O habilidoso jogador falhou deixando a bola com Ciro no gol de empate.
  • Curiosidade que não mata: Nenhum visitante venceu nesta rodada.

Cabense 2 x 1 Vitória Voando por fora, o Azulão assumiu a vice-liderança. Em jogo desorganizado taticamente nos minutos iniciais, o Vitória deu a primeira tabocada. Bruno Garcia fez o primeiro gol da noite. No segundo tempo a Cabense se arrumou melhor em campo e virou o jogo com dois gols de Clébson. Contra interioranos, a Cabense continua 100 por cento.

Náutico 2 x 1 Santa - Com 10, o Santa perdeu o primeiro clássico de 2010. Quando o placar estava empatado, o estreante Ithamar não foi franco com os tricolores. O clássico das Emoções ficou mais pesado para o Santa a partir do 4 minutos de jogo quando o zagueiro Alex Xavier foi expulso. Dinda abriu e o placar e saiu desafiando a gravidade com giros no ar. Diminuindo a gravidade – da situação – para os visitantes, Joélson, de pênalti, empatou. No segundo tempo, o Timbú perdeu vários gols, mas Ithamar achou um a tempo.

Porto 1 x 0 Araripina – Diante de preocupação extracampo do Bode, o Porto venceu em Caruaru. Aos 20 minutos de jogo, o zagueiro Edu Matos, do Araripina, sofreu uma parada cardiorespiratória. Em campo, o Porto fez um único gol que equivaleu à primeira vitória do time no campeonato. Porto e Araripina realizaram uma partida equilibrada. Todos lamentaram o fato triste ocorrido com Edu Matos.

Vera Cruz 3 x 1 Central – O Galo se aproveitou da sonolência da Patativa no campeonato. Jogando no Carneirão, o Vera Cruz manteve a sexta colocação na tabela contra adversário em má fase e com um jogador a menos. O atacante Gilberto foi o destaque do jogo marcando dois gols – um deles mostrando categoria, derrubando vários com fintas e fazendo golaço.

Ypiranga 2 x 0 Sete – Mais afinado, Fagner não deu espaço para Leonardo se destacar. No confronto de duas equipes que não tinham comemorado vitória até o momento, os donos da casa cantaram vitória tranqüila na estréia do treinador Neco. Cheia de problemas, incluindo preparo físico dos jogadores, a equipe de Garanhuns está perdendo fôlego na tabela de classificação. De forma isolada, o Sete está com a lanterna.

Salgueiro 1 x 1 Sport - Heróis "ingratos" se esbarraram no Sertão. Mesmo com menor posse de bola no primeiro tempo, o Salgueiro foi mais agressivo que o Leão e logo aos dois minutos, o meia Heider - revelado pelo próprio Sport - abriu o placar. No decorrer do segundo tempo, o time recifense melhorou com as entradas de Ciro e Isael. Nildo Petrolina falhou e Ciro - revelado pelo Salgueiro - empatou a partida. Adiante, o jogo ficou mais aberto e por pouco o placar não foi alterado novamente. O Salgueiro só perdeu pontos para equipes da capital.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cabañas e o atentado

Do Site Terra Futebol, da tarde do dia 26 de janeiro.


O atacante Salvador Cabañas, da seleção paraguaia e do América do México, tem quadro clínico "muito favorável" dentro de sua gravidade, 24 horas após ter levado um tiro na cabeça, informaram nesta terça-feira os médicos que atendem o jogador em um hospital da Cidade do México.
O estado de saúde de Cabañas teve "mudanças muito favoráveis, e o principal é que não piorou", disse o cirurgião Ernesto Martínez, que operou o paraguaio para tentar retirar o projétil alojado na parte de trás de sua cabeça.
No entanto, devido aos riscos, a junta médica decidiu desistir do procedimento. O cirurgião explicou que a condição de Cabañas ainda é grave.
"É preciso esperar um pouco mais, ele ainda está sedado. Sua atividade cerebral se mantém dentro das categorias normais", afirmou Martínez, acrescentando que o jogador está sendo alimentado por meio de uma sonda.

Aguardamos a recuparação do grande artilheiro de clubes e da seleção paraguaia e de clubes do Chile e do México.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 4ª rodada (aperto no um quarto)

Pela primeira vez no Pernambucano 2010 os três times do Recife venceram na mesma rodada. Apesar dos objetivos conquistados, Sport, Santa e Náutico suaram bastante para conquistarem os três pontos. Até o momento, o campeonato segue empolgante.
A cada bolada no travessão, o Sport balançou com o aproveitamento total. Mantendo o ritmo, o time da Ilha está fazendo jus às previsões de iniciar melhor que os concorrentes. Até o momento, o Santa apenas escorregou diante do Central, mas mantém a cola no líder. Se o Sport sorriu para o travessão, neste sábado, o Santa sorriu para a arbitragem. No primeiro jogo com muitas falhas, Ricardo Tavares deixou o Vera Cruz lamentando muita coisa.
Salgueiro e Cabense mantiveram 100 por cento de aproveitamento contra times do interior. O Carcará perdeu apenas para o Náutico. O Azulão caiu diante do Santa. Apesar das derrotas, ambos estão no G-4 brigando por uma vaga nas semifinais.
Demonstrando recuperação, o Náutico não teve planas facilidade diante do Sete, mas venceu por diferença até superior a um gol. O Timbú começou a reagir e já está de olho em tropeço da Cabense ou do Salgueiro.
Se a tabela do campeonato está cada vez mais esticada, em campo, as equipes continuam fazendo jogo duros. Das 24 partidas disputadas até o momento, apenas uma terminou em grande diferença de gols: Sport 5 a 1 no Vitória. Contando com a goleada rubronegra, apenas quatro vitórias tiveram diferença superior a um gol - todas com dois gols a mais.
Apenas agora, na quarta rodada, os times do Recife aumentaram os números dos anais que mantém tais equipes como mais tradicionais. As três equipes da capital - um quarto do total dos clubes - venceram, mas com muito aperto... sem lembrar um suíte, foram quartos apenas para garantir tranquilidade.


Destaques

  • Positivo: Salgueiro e Cabense. As duas equipes interioranas só perderam para times da capital e estão no G-4.
  • Negativo: Times de Caruaru. Em época de carnaval, Porto e Central erraram o passo.
  • Gol da rodada: Rodolfo Potiguar, volante do Porto. Apesar da derrota, foi um gol de acordar a coruja... ainda no sono do Gavião.
  • Deu com os burros n'água: Geraílton, atacante do Central. Desperdiçou pênalti deixando o empate de fora quando a Patativa mandava no jogo.
  • Rei da rodada: Wilson, atacante do Sport. O jogador marcou os dois gols da suada vitória em Caruaru.
  • Pedra na chuteira: Leonardo, atacante do Sete. O jogador foi preso por não pagar pensão alimentícia. O maior artilheiro do Pernambucano fez um gol contra.
  • Sem ter o que dizer em casa: Central. A Patativa é time que mais desperdiçou pontos em casa. De três jogos, apenas um ponto.
  • Curiosidade que não mata: Foi a primeira rodada sem empates.

Santa Cruz 2 x 1 Vera Cruz - Dupla "Ja Jó" fez a diferença no encontro dos tricolores "cruzeiros". Com faro de gol, Jólson abriu o placar e manteve a habilidade com os pés e com o nariz. Neste encontro das cruzes de Recife e Vitória, o meia Jackson estreou e por muito pouco não foi crucificado. O "gato" de Codó fez um gol, mas cometeu pênalti bôbo e quase foi expulso... Ricardo Tavares deu uma bobeada.

Central 1 x 2 Sport - A Patativa quase superou as patadas leoninas. Dominando o primeiro tempo, o Sport fez dois gols com o atacante Wilson. Na metade final da partida, o Central acordou. O time de Caruaru diminuiu o placar com golaço do volante Rodrigo e desperdiçou chance do empate quando Geraílton mandou bomba na trave de Magrão em cobrança de pênalti. O Alvinegro ainda mandou outra bola no travessão de Magrão.

Náutico 3 x 1 Sete de Setembro - Seguindo "seu caminho de luz", o Timbú encandeou o Lobo guará nos Aflitos. Ainda no primeiro tempo, o Sete tentou pintar no Recife ao empatar o jogo, diante de um adversário desarrumado em casa. No segundo tempo prevaleceu a superioridade técnica do Alvirrubro. Mais rápido que uma conferida no relógio, Juliano abriu o placar para o Náutico. Leonardo, com categoria, empatou. Novamente, Juliano balançou a rede. Zé Carlos fechou o placar. O treinador Zaluar já está cansado de reclamar do cansaço do próprio time.

Salgueiro 2 x 1 Ypiranga - O Carcará tirou a linha da Máquina de costura. Fora de casa, o Ypiranga abriu o placar através de bela cobrança de falta de Rosembrick. No segundo tempo, o Salgueiro apertou a linha para o time de Santa do Capibaribe. Aos 23, Tiago empatou. Quatro minutos depois, Nildo Petrolina virou para o Carcará. O Salgueiro ocupa o terceiro lugar na competição. Contra times do interior, o Salgueiro venceu todos os jogos.

Vitória 3 x 1 Porto - Sem bairrismos, o Porto perdeu a segunda seguida para um leonino por 3 a 1. Depois de realizar jogo duro na Ilha, o Tricolor caruaruense perdeu pela terceira vez e continua sem vencer. O treinador Júnior caruaru, do Vitória, não pensou duas vezes na cidade de origem e foi impiedoso com o Gavião. Fazendo o dever de casa, o Vitória virou o jogo com gols de Clóvis, Léo e Bruno Garcia, os dois últimos entraram no segundo tempo. Rodolfo Potiguar abriu o placar com belo chute de fora da área.

Araripina 0 x 1 Cabense - De "bode" diante do Bode, o Azulão ganhou novo ânimo na competição. Recuperada da derrota para o Santa, a Cabense, estreando novo treinador - Rogério Zimmerman - vibrou com o único gol da partida, marcado pelo atacante Eduardo. Nesta tarde, o time do Cabo também mostrou recuperação por noite mal dormida. Torcedores do Araripina promoveram foguetório e barulho nas proximidades do hotel que hospedou o time visitante.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 3ª rodada (Esticando a tabela)

Já na terceira rodada a tabela de classificação ganhou um discreto "alongamento". Esquecendo a "ponta de baixo" no Brasileirão do ano passado, o Sport começou a dominar a "ponta de cima" do Pernambucano deste ano. Além do Sport, apenas a dupla das cruzes guarda posição isolada. O Santa é o segundo, o Vera é o quinto.
Seguindo o velho chavão: se o campeonato acabasse agora, o Náutico estaria fora das semifinais. Ainda é cedo e a tendência é de que muita coisa deva mudar até as últimas datas do campeonato. É cedo inclusive para citar que o Sport está perto do penta. Mesmo sem apresentar um belo futebol, tudo indica que o time leonino esteja no G-4 até o final, mas há tempo para muitas melhorias na concorrência. Se o campeonato seguisse o regulamento do ano passado, seria possível arriscar maior possibilidade do penta.
Números da tabela à parte, já começou a disputa "pessoal" entre a coletividade... A Cobra coral está levando a melhor contra o Leão. O público do Arruda no sábado passado foi de mais de 22 mil. Ontem, os rubronegros somaram pouco mais de 19 mil na Ilha. Não vale a desculpa do dia da semana... no domingo estava chovendo mais forte.

Destaques


Positivo: Sport. O Time da Ilha não achou tão ruim a vitória do Santa... ficou isolado na liderança.

Negativo: Sete. O time de Garanhuns perdeu em casa, contra possível concorrente a fuga da queda, a chance de sair do incômoda Z-4.

Gol da rodada: Ciro, atacante do Sport. O time sofria pressão e o gol foi bonito.

Deu com os burros n'água: Central. Depois de empatar com o Santa, a expectativa era positiva.
Rei da rodada: Rosembrick, meia do Ypiranga. O Mago quer jogar o que sabe, basta ter cabeça para não esquecer tudo.

Pedra na chuteira: Dinho, volante da Cabense. O time do Cabo estava bem, depois da expulsão, a história mudou.

Sem ter o que dizer em casa: Geday, goleiro do Ypiranga. No segundo gol do Náutico, o bom arqueiro pulou errado e ficou a ver estrelas.

Curiosidade que não mata: No saldo de gols, o Sport é a única equipe que foge à "regra dos 3". Entre positivo e negativo, todas as equipes concorrentes estão na casa dos 3. O Leão da Ilha soma 7 positivo.


Sport 3 x 1 Porto - O Gavião colocou as garras para fora, mas não teve força de segurar o Leão. Sport e Porto fizeram uma partida equilibrada na Ilha do Retiro. Os visitantes abriram, aproveitando bobeira da defesa rubronegra, abriram o placar ainda a um minuto de jogo. Nos 89 restantes, ambas equipes perderam várias oportunidades. O Sport ainda soube colocar três bolas para o fundo das redes. Os atacantes Wilson, Nadson e Ciro foram os responsáveis pelos gols leoninos.

Vera Cruz 3 x 3 Araripina - No Carneirão, o Bode deu trabalho ao Leão tricolor. Em jogo de duas viradas, Vera Cruz e Araripina fizeram o jogo mais movimentado, pelo menos no placar, desta terceira rodada. Péricles abriu o placar para os visitantes. Alcimar e Ricardo viraram. Fernandes e novamente Péricles deram o troco na virada. Negrete deu o troco no placar.

Central 0 x 1 Salgueiro - Superando expectativas, o Carcará venceu e está no G-4. O único gol do jogo foi marcado aos 36 minutos de jogo, através do jogador Henrique. A Patativa que estava invicta agora lamenta a série de três jogos sem vitória.

Sete 0 x 0 Vitória - No frio, as redes de Garanhuns não aqueceram. Sete e Vitória protagonizaram o primeiro jogo sem gols nesta edição do Pernambucano. O placar foi mais confortável ao Vitória que, fora de casa, conquistou o segundo ponto. O Sete continua com apenas um ponto, na vice lanterna da competição.

Cabense 0 x 2 Santa - A Cabense se acabou depois de expulsão, Joélson agradeceu. Até os 22 minutos do segundo tempo, quando o volante Dinho da Cabense foi expulso, as duas equipes estavam em um jogo bem movimento e equilibrado. Adiante, Joélson desequilibrou. No primeiro, o artilheiro coral escorou de cabeça; no segundo, recebeu passe para fazer daqueles gols que nenhuma "vozinha" pelo Brasil perderia.

Ypiranga 2 x 2 Náutico - Na Terra da Sulanca, o Timbú continuou fazendo papelão. Mesmo desorganizado taticamente, o Náutico esteve a frente do placar em duas oportunidades, mas deixou a Máquina de Costura empatar. Bala marcou os dois gols alvirrubros, Rosembrick e Marcelo descontaram para não haver vencedor nesta partida em Santa Cruz do Capibaribe. Marcando belo gol em cobrança de falta, Rosembrick surpreendeu nesta partida. Porém o atleta de 29 anos não aguentou os 90 minutos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pernambucano 2010 - A "Lei do Silêncio" está dando o que falar

Hoje, dia 19 de janeiro, os jornais pernambucanos destacaram a "Lei do Silêncio" no Ypiranga, após duas derrotas e nennhum ponto conquistado no estadual. Pelas variadas respostas, a questão defendida por representantes da Máquina de Costura é evitar perda do foco, principalmente do treinador Rubens Monteiro, na próxima partida, amanhã, contra o Náutico.
O treinador do Ypiranga não tem o dever de falar com a imprensa. Tem o direito de escolher quando falar. Mas o que chama mais atenção é a brevidade da atitiude no clube. Ainda nesta segunda rodada, restando mais vinte para o complemento da primeira fase, o clube reflete indícios de mal-estar. Talvez os dirigentes não queram nem falar sobre isso, mas a atitude é típica de clube que chegou ao desespero.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 2ª rodada (As viradas)

A segunda rodada do Pernambucano 2010 separou Sport e Cabense no topo da tabela de classificação. Fora de casa, no Carneirão, o Leão da Ilha deslanchou diante do Tricolor das Tabocas, justamente no dia do padroeiro da cidada, o Santo Antão. Em casa, a Cabense repetiu o placar da estréia - fora de casa. O Azulão tomou um susto com o Sete, mas virou o placar e manteve 100 por cento de aproveitamento. Ainda é cedo para previsões mais aprofundandas, mas o Azulão começou batendo forte as asas rumos às semifinais do campeonato.
Além da virada no Cabo, Náutico e Araripina provaram poder de reação nos próprios jogos e no campeonato. Ambos perderam na primeira rodada, perdiam parcialmente durante as partidas na segunda rodada, mas encontraram um final feliz após os 90... ou melhor, 180 minutos. O Náutico, em casa, superou o perigoso Salgueiro. O Araripina, também defendendo pontos em casa, suou para dobrar a Máquina de Costura.
Em casa, dois tricolores perderam pontos nesta rodada. O Porto deixou o Vera Cruz arrancar um importante ponto no Ninho do Gavião e o Santa decepcionou o bom público que estava na chuva, se molhou e se irritou com o time. Como nos últimos anos, o Central mostrou equilíbrio ao enfrentar o time do Arruda.
Uma outra curiosidade da segunda rodada foram dois jogadores experientes que fizeram suas estréias por equipes intermediárias. Fica a dúvida se Leonardo aumentará sua artilharia histórica nos Pernambucanos e se Jadílson ainda será o perigoso atacante depois das várias cirurgias. Quem sabe, Kuki ainda faça os centralinos mais felizes?

Destaques

Positivo: Sport. O Leão foi o único clube a vencer por diferença superior a um gol neste campeonato.

Negativo: Vitória. Ficou perdido no Carneirão. A derrota seria normal, mas a goleada foi até surpreendente.

Gol da rodada: Dunga, atacante do Araripina. De longe, soltou um pombo sem asas que nem o honônimo saberia como fazê-lo voar.

Deu com os burros n'água: Ypiranga. A Máquina de Costura esteve duas vezes na frente, pelo placar, contra o Araripina. Mas perdeu o jogo.

Rei da rodada: Derley, volante do Náutico.

Pedra na chuteira: Lori Sandri, treinador do Santa. Com o empate, ouviu muitas vaias da arquibancada.

Sem ter o que dizer em casa: Oliveira, zagueiro da Cabense. Na área, meteu a mão na bola e minutos depois ainda foi mais cedo para o chuveiro.

Curiosidade que não mata: Três, das quatro vitórias da rodada, foram de virada. O Sete, por exemplo, repetiu a situação adversa da estréia ao marcar o primeiro gol e sofrer mais dois.

Náutico 2 x 1 Salgueiro - A Madeira Derley que Carcará não rói. Volante improvisado na lateral, atua como centroavante. No primeiro tempo, jogando nos Aflitos, o Salgueiro não mostrou bon football, mas França mostrou le but. No segundo tempo, o Timbú acordou e fez dois gols para evitar a segunda derrota no Pernambucano. Derley marcou os dois.

Vitória 1 x 5 Sport - Na festa de Santo Antão, um Leão não considerou outro como irmão. Demonstrando início de entrosamento, o time da Ilha passou fácil pelo Tricolor das Tabocas, no Carneirão, justamente no dia do Santo da Cidade. Ofensivo, o Sport marcou três gols ainda no primeiro tempo. Ricardinho, Sandro Miguel (contra) e Wilson, de pênalti, deram um banho de água fria - mesmo na tarde chuvosa - nas pretensões do Vitória. No segundo tempo, Wilson marcou outro e Igor mais um. Pelo Vitória, Jadílson, que entrou muito bem no decorrer da partida, descontou, de pênalti.

Santa 1 x 1 Central - Na Chuva, a Cobra coral se queimou no Arruda. Em jogo equilibrado, Gerailton, de cabeça, abriu o placar para os centralinos; Joélson, de voleio, empatou. Foi tanto equilíbrio que teve empate no placar e até no número de expulsões: uma para cada lado. O time da casa criou mais oportunidades, porém, pecou na finalização. Mais eficiente, o Central soube segurar a pressão coral em quase todo o segundo tempo, quando a partida já estava novamente empatada.

Porto 2 x 2 Vera Cruz - Fora da "Terra de Vera de Cruz", o Porto, mais uma vez, ficou a ver navios. Jogando no Ninho do Gavião, o time visitante, com moral pela vitória na rodada anterior, partiu para cima desde o início de jogo. Mas o Porto abriu o placar com Naldinho, aos 13 minutos. Treze minutos depois, o Vera Cruz fez o dobro de gols do adversário. Éverton e Joélcio viraram para o time de Vitória. Ainda no primeiro tempo, Kiros, de cabeça, empatou. E ficou assim. No segundo tempo não teve gol.

Cabense 2 x 1 Sete de Setembro - Contra o Sete, a Cabense chega aos seis e aos 100. Mais uma vez o time de Garanhus saiu na frente no placar. Porém, o time do Cabo é que permaneceu na frente da classificação. Laércio fez o primeiro gol, ainda no primeiro tempo. Fabinho e Anderson, no segundo tempo, fizeram os gols do time mandante. A Cabense chegou aos seis pontos e manteve 100 por cento de aproveitamento na competição, ao lado do Sport.

Araripina 3 x 2 Ypiranga - Aproveitando ligações diretas, artilheiro do telefone fez a diferença no Chapadão. O Bode e a Máquina de Costura realizaram o segundo jogo com maior número de gols na segunda rodada... só que de forma mais socializante que o monopólio do Carneirão. Edu Chiquita abriu o placar para os visitantes. O Araripina reagiu. Jessuí, o artilheiro do telefone ainda não tinha aparecido, quando Dunga, encontrou alternativa com um "torpedo", empatando a partida. Marcone novamente colocou o Ypiranga na frente. Até que Jessuí aproveitou os passes longos, ou seja, as ligações diretas para virar e comemorar com a "chuteira celular".

sábado, 16 de janeiro de 2010

O Nordestão é bom, mas pode ser melhor.

Entre acordos judiciais e promessas de organização, o Nordestão pode ser reeditado, e já para 2010. Defendido por dirigentes de clubes da região, o Campeonato do Nordeste tem o slogan de "Salvador da Pátria", ou melhor, dos cofres das maiores agremiações da segunda mais populosa região do Brasil.
Sem dúvida, o Nordestão tem grande capacidade de gerar recursos aos participantes - assim como foi em um passado recente. Porém, é necessário lembrar que atualmente o maior problema para o enfraquecimento do futebol nordestino no cenário nacional está na ausência de parâmetros palpáveis para definir os valores das cotas de televisão, além da tardia profissionalização das gestões clubísticas.
A polêmica definição de cotas por direito de imagem é reflexo da disparidade histórica entre norte e sul do país. Qual critério definiria, por exemplo, que neste ano o Ceará deva receber menor cota que o Vasco se ambos acabaram de subir para a Primeirona? O "critério" é o próprio mecanismo definido pelo Clube dos Treze: "porque o Ceará tem maior possibilidade de rebaixamento". Porém, qual seria o motivo da maior possibilidade de queda cearense? A menor cota (sic).
Em defesa deste ciclo fechado de menor cota e maior possibilidade de queda, surgem críticas unilaterais alegando que o futebol nordestino não está atualizado com a modernização do futebol e que, portanto, estaria sofrendo efeitos colaterais. Entretanto, é necessário que o discurso da acusação esteja afiado com as próprias atitudes.
Desde a década de 90, o futebol superou a condição de esporte para assumir posição de área mercadológica. Assim, na hora de gerir clubes, há defesa da razão diante da paixão.
É coerente o argumento de que muitos clubes nordestinos dormiram no ponto e acabaram sonhando nos atrasados discursos contrários à Lei Pelé, por exemplo. Hoje, a gestão no futebol não pode se resumir a venda do "passe" de jogadores.
Porém, é "inaudível" o teor de argumentação de alguns cartolas de clube do eixo Rio-São Paulo. Se estamos na era do futebol mercadológico, por que ainda temos que escutar o defasado discurso romântico da "tradição"?
No mercado em geral, não adianta o argumento de que uma empresa possuia liderança de vendas no passado ou que foi fundada antes da concorrente. A diferença entre as empresas é puramente a atualidade da saúde financeira. Para o Estado, compete avaliar o retorno que as empresas possam oferecer.
Entre os clubes do futebol nacional, permanece o "charme" de ter uma dívida trabalhista maior que os rivais. Para a CBF ou para o Clube dos 13, é preferencial manter clubes devedores e sem condições estruturais de carregar o status de grandes. Sem referencial de estar em dia com impostos ou contribuir para os diversos setores que futebol pode influenciar positivamente na sociedade, por exemplo, clubes "sem tradição", ficam à margem de um espaço injustamente ocupado.
O Nordestão é uma ótima proposta para o futebol nordestino. Mas não pode ser tratado como um "Far Play" da CBF, apenas abrindo um espaço no confuso calendário do futebol nacional. Disputar o Nordestão nas datas da Copa Sulamericana pode ser um afastamento dos verdadeiros ideais dos clubes regionais.

O futebol contra a dor

Da Folha de São Paulo.
Por José Geraldo Couto
O HAITI NÃO é aqui, mas é como se fosse. A presença de Zilda Arns, uma pessoa querida de todos os brasileiros, entre os milhares de vítimas fatais da tragédia que assola aquele país reforçou um sentimento que deveria ser natural, o de identificação de cada um de nós com a dor dos haitianos. Antes que alguém me acuse de estar me afastando do que deveria ser o foco desta coluna (o futebol), lembro que há pouco mais de cinco anos a seleção brasileira foi a Porto Príncipe realizar o chamado "jogo da paz", como parte do esforço diplomático de minimizar os danos da guerra civil haitiana. O Brasil venceu então o Haiti por 6 a 0, com um show particular de Ronaldinho, mas isso não importa. O que ficou na memória foi a imagem de milhares de haitianos seguindo e aclamando pelas ruas os craques brasileiros. Um momento de euforia que contrasta com a dantesca visão atual, de pessoas tropeçando em escombros e cadáveres, à procura de comida. Aquela não foi a primeira vez que o futebol brasileiro serviu para aliviar, ainda que momentaneamente, as desgraças do mundo. Nos anos 60, a presença do Santos de Pelé no Congo suspendeu por alguns dias a guerra civil que dilacerava o país. Sei que esses fatos podem ser usados para reforçar uma construção ideológica perigosa, a de que o nosso destino é produzir a festa e o circo, como se o papel que nos coubesse na divisão mundial do trabalho fosse o da cigarra da fábula, enquanto outros povos, mais sérios, seriam as laboriosas formigas. Mas há mais coisas aí. Nosso melhor futebol é aplaudido em toda parte, mas é nos lugares mais miseráveis que ele costuma suscitar um verdadeiro culto, uma autêntica adoração. Por que será? Tenho um palpite. No chamado processo civilizatório, o uso hábil das mãos foi o que permitiu ao homem se diferenciar e depois se afastar cada vez mais das outras espécies animais. A metade superior do corpo passou a ser vista como a sede das atividades "nobres": o pensar (cérebro), o sentir (coração) e o fazer (mãos). Ao mesmo tempo, a parte da anatomia localizada abaixo da cintura ficou associada às funções tidas na cultura cristã ocidental como "degradantes", como o sexo e a excreção, incômodos lembretes da nossa condição animal. Com a proibição do uso das mãos, o jogo de futebol de certa forma vai na contramão desse processo. Ao "dar aos pés astúcias de mão" (segundo o verso de João Cabral de Melo Neto), o futebol brasileiro inverte espetacularmente a hierarquia corporal. Por provir de um país pobre e periférico, opera igualmente uma outra inversão, geopolítica: o hemisfério Sul do planeta, historicamente subalterno, suplanta o norte branco e dominador, numa revanche catártica. Ao vibrar com os prodígios dos craques do Brasil, os pretos e pobres do mundo vislumbram a possibilidade, no mínimo simbólica, de revirar um destino infeliz que, de outro modo, pareceria inexorável, fatal. O Haiti precisa de comida, de água, roupas, remédios. Logo mais precisará de diversão, de arte, de futebol. Para voltar a ter esperança, sem a qual a vida não vale a pena.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pernambucano 10 - 1ª rodada (Tabelas acochadas)

Assim como a tabela de jogos, a tabela de classificação do Pernambuacano começou acochada com os resultados da primeira rodada. Na estréia, apenas um empate e cinco jogos com vitórias mínimas na diferença de gols - apenas um gol de diferença.
Pelo critério de número de gols pró, o Salgueiro teve o mais doce início de campeonato possível. O Carcará fez o dever de casa e não ficou devendo nada aos tradicionais Santa e Sport. Vera Cruz e Cabense também começaram com o pé direito. Mas na prática, o Santo do Cabo foi mais forte. O time do Cabo de Santo Agostinho venceu fora de casa; o de Vitória de Santo Antão, fez o dever de casa.
Dos tradicionais recifenses, apenas o Náutico não venceu... e pior, perdeu. O Timbú pouco se preparou para estréia, mas já ensaiou a lamentação, no final, dos pontos "perdidos" no início.
Para não dizer que não falei de todos os "acochões". Na Ilha, os gestores rubronegros pisaram na bola ao não acomparanhem os serviços da empresa que controla o ingresso dos torcedores. Infelizmente, assim como o Náutico manteve a "tradição" de perder na estréia, a bagunça generalizada também voltou a aparecer na rodada inicial do Pernambucano. Desta vez, a culpa não foi da FPF...


Destaques
  • Positivo: Times de Vitória de Stº. Antão. O Vera Cruz venceu o Náutico em casa; o Vitória, fora de casa, empatou com o Central.
  • Negativo: Náutico. O Timbú colecionou a quarta derrota consecultiva na estréia do Pernambucano.
  • Gol da rodada: Alcimar, meia do Vera Cruz. Ensaiou vários chutes e acertou um que valeu vitória contra time tradicional.
  • Deu com os burros n'água: Sete de Setembro. O time de Garanhus abriu o placar... mas fechou a noite sem pontuar contra o Santa.
  • Rei da rodada: Ricardinho, meia do Sport. O Leão não jogou bem, mas o veterano jogador foi oportunista.
  • Pedra na chuteira: Gestores alvirrubros. Não priorizaram preparação da equipe e amargaram mais uma derrota na estréia.
  • Sem ter o que dizer em casa: Gestores rubronegros. Falharam ao delegar plenamente todo o ingresso do torcedor a uma empresa que também falhou.
  • Curiosidade: Nenhuma vitória com diferença superior a um gol.



Sport 1 x 0 Araripina - Ainda fora de forma, com placar magro, o Sport venceu. Quieto, o Araripina surpreendeu na Ilha. O time sertanejo teve bom comportamento tático e fez o time rubronegro suar para chegar ao único gol do jogo. O veterano Ricardinho fez o gol.


Central 2 x 2 Vitória - Clássico interiorano terminou empatado. A Patativa, em Caruaru, esteve duas vezes na frente, mas deixou o Tricolor das Tabocas reagir duas vezes. De pênalti, Anderlei abriu o placar. Três minutos depois, Sueliton empatou. No segundo tempo, houve simetria no roteiro das emoções. Elton desempatou e Suéliton empatou.
Salgueiro 3 x 2 Porto - Contra o Gavião, o Carcará assumiu o lugar mais alto na classificação. O Salgueiro, ainda no primeiro tempo, abriu vantagem de três gols contra o Porto. Tiago, Sertanejo e Gil Costa marcaram para os donos da casa. Ainda nos 45 minutos iniciais, o time caruaruense esboçou reação. Naldinho diminuiu a diferença no placar. No segundo tempo, Clayton ainda deixou o placar mais apertado.
Sete 1 x 2 Santa - No Gigante, o Santa mostrou que ainda é grande. Os donos da casa abriram o placar aos 26 do segundo tempo, com Laércio. Mas os comandados de Lori Sandri mostraram forte poder de reação e viraram a partida fora de casa. A dupla de ataque coral, André Leonel e Joélson fez a diferença no placar.
Vera Cruz 1 x 0 Náutico - O Hexa pernambucano conquistou o "tetra" na estréia. Depois de uma primeiro tempo truncado e com poucas chances de gols, o Vera Cruz fez o único gol da partida através de Alcimar. Antes do gol, convertido através de cobrança de falta, Alcimar já havia testado o goleiro Glédson. Dos 17 do segundo ao final da partida, o Vera segurou o Alirrubro.
Ypiranga 1 x 2 Cabense - A Máquina de Costura se enrolou na estréia. Teoricamente, o Ypiranga amargou o pior resultado da rodada ao perder em casa para outra equipe do interior. Evanilson abriu o placar à favor da Cabense. O rodado Rosembrick empatou. Márcio fez o gol da vitória dos visitantes.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

À África suas diferenças.

Na quinta, dia 8, a seleção togolesa sofreu um ataque armado de grupo separatista na província angolana de Massabi. Conhecendo os problemas da região, a federação do Togo não seguiu as recomendações dos organizadores angolanos de transporte aéreo para disputa da Copa Africana de Nações.

Ainda com desarmonia na exatidão sobre o número de mortos, correspondentes informaram que dois representantes da seleção morreram ao serem atingidos por metralhadoras. O grupo majoritário da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC), grupo acusado pelas agressões, lamentaram o fato e declararam que a atitude fugiu ao poder dos gestores máximos revolucionários.

Desolados, os jogadores do Togo, com justíssima causa, voltaram ao país de origem... desta vez no avião presidencial. Uma dúvida não quer calar. Por que os atletas foram de ônibus por uma região reconhecidamente em conflito? Seria da confederação nacional de futebol, da falta de apoio governamental ao país que está fora da Copa do Mundo de 2010?

Uma dúvida não pode existir. Algumas pessoas temem a realização da Copa na África do Sul e já externam suas opiniões adversas ao evento no meio do ano. Absurdo imaginar que a África é toda seja "um único país". Se fosse uma Copa Americanas de Nações no início de 2014 e uma ônibus do Panamá sofresse um atentado na Colômbia, nenhum brasileiro gostaria de ser estigmatizado como despreparado para sediar a Copa... se há insegurança em si no país, a questão deve ser vista por outro viés.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Mesmo virtual, será tudo no Real.

Da Folha de São Paulo.

Os ingressos para os jogos da Copa de 2014 serão vendidos no exterior em real, anunciou ontem o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., após reunião com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira."Em todo o planeta, quem for comprar o ingresso vai fazer a conversão levando em conta o real para a moeda local, o que demonstra que a economia brasileira é cada vez mais confiável, e a moeda, cada vez mais forte", declarou o ministro.De acordo com Silva Jr., a decisão foi anunciada pelo secretário-geral da Fifa.O encontro contou também com a participação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, que representou o ministro da pasta, Guido Mantega.O ministro do Esporte ainda anunciou que a carga tributária dos ingressos da segunda Copa em território brasileiro terá de ser inferior a 10%. "Esse foi um acordo que fizemos com a Fifa", contou Silva Jr.O ministro chegou a afirmar que esta "é a primeira vez" que uma moeda nacional será usada na compra de ingressos em um Mundial de futebol. No entanto, em 1994, na Copa realizada nos Estados Unidos, os ingressos foram vendidos em dólar, a moeda daquele país.Na África do Sul, sede da Copa do Mundo deste ano, os bilhetes são negociados em dólar.Durante a reunião com o presidente da CBF e o representante da Fifa, Silva Jr. definiu também os detalhes do projeto de lei que concederá isenção total de impostos federais para a Fifa atuar no Brasil. Apesar de não ter sido divulgado, o projeto de lei está praticamente definido. A proposta será apresentada no inicio de fevereiro, logo após a abertura dos trabalhos do Congresso Nacional."Cumprimos um compromisso que o presidente Lula assinou em 2007. A Fifa será isenta de todos os tributos federais", adiantou o ministro.De acordo com Silva Jr., empresas prestadoras de serviço e até produtos comprados no exterior poderão ser isentos de pagamentos de impostos federais. Tarifas estaduais ainda terão de ser negociadas com os respectivos governos.Apesar de nenhuma lista de produtos ou empresas ter sido divulgada, o ministro disse que a indicação será feita diretamente pela entidade que comanda o futebol mundial."O que caracteriza a empresa para ter direito a essas isenções tributárias é a prestação de serviços ou a venda de produtos relacionados à Copa das Confederações em 2013", falou ontem Alcino Reis Rocha, secretário nacional do Futebol."É a Fifa que vai indicar as empresas, pois é ela que organiza o evento. Poderão ser empresas estrangeiras ou brasileiras", completou o secretário.Nem Valcke nem Teixeira quiseram dar entrevista ontem.Além do projeto de isenção de impostos, o governo negocia a aprovação de uma Lei Geral da Copa, que prevê uma série de medidas relacionadas ao funcionamento do evento.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Politicamente correto ou incorreto?

O ex-presidente da FIFA, João Havelange, afirmou que se dependesse dele, a Rússia seria a sede da Copa de 2018. O fato tem cabimento a partir dos votos, em 1974, do leste europeu para a eleição de Havelange ao cargo executivo máximo do futebol mundial.
"Não me interessa se a Rússia é politicamente uma incógnita. Eu não sou político, eu vejo esportivamente o que a Rússia representa", citou Havelange à Revista ESPN.
Independente das palavras e dos méritos ou deméritos da atitude, Havelange atuou e está atuando politicamente. Em que podemos enquadrar essa atitude de troca de favores estretégicos?

...e para falar mais de política e história, porque Havelange concentraria toda a gratidão do leste europeu apenas à Rússia neste momento? A Rússia é geograficamente enorme, a União Soviética era maior; mas não era todo o leste europeu... talvez se não pensarmos politicamente.


sábado, 2 de janeiro de 2010

O risco da tabelinha

Há meses, por estar ainda mais empoderado politicamente, Ricardo Teixeira não "suou" muito para acordar com a Rede Globo uma mudança no calendário do futebol brasileiro. Talvez por algum embate de concessão estratégica, o cartola máximo da CBF levantou a polêmica questão de adaptar o calendário do futebol nacional ao europeu e teve êxito.
Porém, a mudança será apenas em 2011. Para este ano, com a inclusão da Copa do Mundo na África do Sul, o calendário continua cheio de rabiscos. E o pior, com a data da pré-temporada dos clubes... como se acontecesse exatamente assim...

No Brasileirão de 2011 há a possibilidade de menor número de saída de jogadores para o futebol europeu e consequente valorização do campeonato nacional. Em contrapartida, a TV Globo anteriormente citava que alguns eventos nacionais poderiam atrapalhar na adaptação do calendário, como o carnaval, por exemplo.

Vamos aguardar o novo calendário, mas temendo os fantasmas que escreveram seus nomes nos antigos calendários. Na história do nosso futebol nacional não faltam trapalhadas quando decisões são tomadas em cima de polêmicas. O "calendário" de 87, por exemplo, tem um fantasma tão grande que até os céticos ainda hoje ficam arrepiados.

Imaginemos se o calendário, por algum motivo, não for bem aceito. Em descontentamento, não faltariam pessoas mexendo os pauzinhos para voltar ao antigo calendário. Neste caso teriamo dois Brasileirões em um mesmo ano ou um hiato sem Brasileirão em uma temporada?