segunda-feira, 29 de março de 2010

O Futebol de Armando Nogueira

Por Roberto Vieira

Do "O Blog do Roberto".


Os três maiores cronistas do futebol brasileiro.

Agora batem bola na eternidade.

Primeiro se foi nosso Friedenreich:

Mário Filho.

Palavras e toques exatos, milimétricos.

Inventor do futebol fora das quatro linhas.

Depois partiu seu irmão, Nelson Rodrigues.

Garrincha de frases cortantes e desconcertantes.

Sempre driblando pela direita.

Até que a realidade mostrou-se surda.

Hoje se foi Armando Nogueira.

O menino de Xapuri.

Terra da borracha, da riqueza e da miséria.

Terra onde o menino corria atrás de uma bola.

Nos campinhos na beira do rio.

Armando que foi a síntese da poesia no futebol.

Armando que se deslumbrou com Heleno de Freitas.

Armando que fazia da pauta, latifúndio.

Armando que tal e qual Nilton era muitos sendo um só.

O futebol é jogado com os pés e feito de gols.

Mas se o futebol tem alma.

A alma do futebol está na sua poesia.

Poesia que brota das letras de quem ama o futebol-sonho.

Hoje a poesia do futebol está em silêncio.

E vai permanecer assim por algum tempo.

Pegando carona no também lendário Drummond.

Difícil não é escrever mil poesias como o Armando.

Difícil é escrever uma só poesia como Mestre Armando Nogueira.

domingo, 28 de março de 2010

Pernambucano 10 - 18ª rodada (A multidão atrás do Leão)

O Clássico das Multidões foi fraco na técnica e "forte" empolgação. O maior diferencial para o Sport foi a eficiência da marcação. O meia Eduardo Ramos encontrou espaços de liberdade e foi o melhor jogador em campo. No embate dos atacantes Ciro e Brasão, o vencedor foi extremamente melhor abastecido pelo meio de campo. Além disso, o ataque estava afobado na Ilha do Retiro. Brasão foi expulso duas vezes, por atitudes displicentes, pelo árbitro Niélson Nogueira no espaço de uma semana.
Ao vencer o clássico das Multidões, o Sport acumulou dez pontos de gordura ao vice-líder, Náutico. Distante, o Leão apenas observa uma multidão "unida" - com diferença máxima de três pontos na sequência da classificação - que luta para firmar vaga no G-4 ou escapulir da zona de queda.
Antes tarde do que nunca, o Ypiranga resolveu mostrar a cara na competição. Ao vencer o Vera Cruz, o time da Terra da Sulanca, que investiu pesado na formação da equipe, colou no vacilante Azulão. A diferença entre Ypiraga, quinto, e Cabense, quarta colocada, é de apenas um ponto. Acertando os pontos, a Máquina de Costura pode mudar a expectativa no Cabo de Santo Agostinho.
Travados, Cabense e Vitória resolveram realizar um verdadeiro racha. Neste racha, os dois, literalmente, estão se quebrando. A Cabense acumula nos últimos seis jogos apenas uma vitória e um empate. O Vitória, nos últimos sete jogos, acumulou apenas três pontos, fruto de três empates.



Destaques:

  • Positivo: Sport. Vencedor do Clássico das Multidões, as vitórias são para cumprir tabela, cumprir a honra...
  • Negativo: Vitória e Cabense. Travadas, as duas equipes acumulam retrospectos negativos nas últimas rodadas.
  • Gol da rodada: Ciro, atacante do Sport. O jovem atacante mostrou oportunismo e categoria no gol que confirmou a condição de carrasco do Santa.
  • Deu com os burros n'água: Cabense. Sonhando com a afirmação no G-4, derrota de virada deixou o time raspando o quinto colocado.
  • Rei da rodada: Eduardo Ramos, meia do Sport. A composição do maestro causou, realmente, louvor e aflição ao público das multidões.
  • Pedra na chuteira: Clebson, meia da Cabense. Desperdiçou pênalti que poderia apavorar o Timbu.
  • Sem ter o que dizer em casa: Brasão, atacante do Santa. Jogou mal e ainda "pediu" para ser novamente expulso por Nielson Nogueira.
  • Curiosidade que não mata: Excetuando o Sport, a diferença máxima de pontos entre as equipes seguintes na classificação é de apenas três. Muita coisa ainda pode mudar abaixo da linha da liderança...


Porto 4 x 2 Sete de Setembro - Na chuva, o Lobo-guará comprovou séria ameaça de extinção da Série A1. O Porto teve muito trabalho para vencer a chuva e o lanterna. O grandalhão Kyros abriu o placar. Poucos minutos depois, o Lobo mostrou os dentes ao empatar com Dinda. Ainda no primeiro tempo, Naldinho colocou o Gavião novamente na frente. O Sete assustou os donos da casa nos minutos finais da etapa complementar através de cobranças de bola parada. Mal começava o segundo tempo e Arlindo ampliou para o time tricolor. Aos nove minutos do segundo, Weelington diminuiu a favor do Sete, que pressionou o empate. Aos 35, Paulista ampliou para o Porto.

Náutico 3 x 1 Cabense - O Timbu virou o jogo e virou vice-líder. O Azulão abriu o placar, desperdiçou pênalti e lamentou mais uma derrota. Na base da vontade, o Náutico reverteu placar negativo após belo gol de Márcio, aos sete minutos de jogo. Aos 30, o meia Clebson desperdiçou cobrança de pênalti. Aos 38, Bruno Meneguel, "dançando funk de periferia", aproveitou falha do goleiro Ibson para empatar. Aos 16, do segundo tempo, Rodrigo Dantas virou. Aos 46, Bala, de pênlati, perdeu... de rebote, mandou na trave... de trombada, mandou para as redes. Sem razão, Gallo reclamou da intenção do árbitro Antônio Hora Filho, que, sem razão nem intenção, prejudicou a Cabense.

Sport 2 x 0 Santa Cruz - Suja, a Cobra Coral manteve o Leão invicto. No embate de centroavantes, Ciro fez gol e torceu o tornozelo; Brasão fez besteira e torceu o nariz. Em mais um clássico sem esplendor futebolístico, aos 39 minutos, um lampejo de classe: Eduardo Ramos facilitou bela troca passes entre Dutra e Ciro, com o atacante vencendo o goleiro Tutti. Mais desorganizado no segundo tempo, sobretudo após a expulsão boba de Brasão, o Santa deu muito espaço nos 45 minutos finais. Restando quatro minutos para expirar o tempo regulamentar, de pênalti, Eduardo Ramos deu o número final do Clássico das Multidões. A arbitragem de Nielson Nogueira deixou a desejar.

Salgueiro 2 x 1 Vitória - Virada fez o Salgueiro e o Vitória inverterem posições. Os anfitriões quebraram série de três derrotas consecutivas ao manter jejum de sete jogos dos visitantes. O Taboquito saiu na frente. Ainda no primeiro tempo, o time vitoriense comemorou gol do lateral Suéllinton, após cobrança de escanteio. No segundo tempo, o Vitória estava com dois atletas a menos... viu mais dois gols. Aos 20, o atacante França aproveitou confusão na área para empatar a partida. Aos 32, Caio aproveitou passe de cabeça para virar o jogo no Cornélio de Barros.

Vera Cruz 0 x 2 Ypiranga - Fora de casa, a Máquina de Costura depenou o Galo. Superior em campo, o Ypiranga venceu, com dois gols de pênalti, e confirmou briga por vaga no G-4. O primeiro gol foi convertido pelo atacante João Paulo, aos 23. Ainda no primeiro tempo, Maurício Simões realizou duas alterações no Vera Cruz. No segundo tempo, a história do placar foi repetida. Mais uma vez os visitantes converteram através de pênalti. Aos 14, o atacante Fabrício fechou o placar favorável aos comandados por Neco.

Central 0 x 0 Araripina - Nem Bode nem Forró, o Central evitou festa de encostar no G-4; o Araripina permaneceu sem gordura sobre o z-2. Com apenas uma bola na trave, a estática das redes fez o Central cair duas posições, ocupando o sétimo lugar. Por jogar em casa, a Patativa teve maior posse de bola, mas pecou bastante na criação ofensiva. O lance de maior perigo foi uma mandada na trave, através do atacante Paulão.


Classificação:

1. Sport, 44;
2. Náutico, 34;
3. Santa Cruz, 32;
4. Cabense, 28;
----------
5. Ypiranga, 27;
6. Porto, 26;
7. Central, 25;
8. Salgueiro, 22;
9. Vitória, 20;
10. Araripina, 17;
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11. Vera Cruz, 14 (saldo -10);
12. Sete de Setembro, 14 (saldo -18).

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pernambucano 2010 - 17ª rodada (Os caminhos da semifinal)

Até mesmo a matemática não ameaça a vaga do Sport na fase semifinal do Pernambucano. Absoluto, o Leão tem melhor ataque, defesa, saldo e maior número de vitórias. De quebra, ainda conta com o artilheiro da competição, o salgueirense Ciro. Dos rivais recifenses, apenas a própria matemática ainda causa em sensível desconforto. Porém, pela pisada no freio do Azulão, o caminho para Santa e Náutico chegarem ao mata-mata da segunda fase é questão apenas de tempo.
O Azulão realmente pisou no freio - nos últimos cinco jogos, 3 derrotas, 1 empate e 1vitória. O time do Cabo teme justamente um "acidente", que seria a chegada dos agrestinos Porto, Central e Ypiranga na luta pela última vaga nas semifinais. Lá no Gileno de Carli, ultimamente, pontos, só for na carteira de habilitação.

Destaques:

Positivo: Santa Cruz. Virada sensacional contra mais um calo caruaruense.
Negativo: Salgueiro. Deixando de sonhar com fase seguinte, a derrota para o lanterna acendeu a luz de alerta no Cornélio de Barros.
Gol da rodada: Dinda, atacante do Sete. O gol da resistência setembrina.
Deu com os burros n'água: Porto. O Gavião, vencendo parcialmente o Santa, já via com bons olhos uma chance no G-4... teve de fazer exames de vista.
Rei da rodada: Rafinha, lateral-direito do Central. O número 2 da Patativa fez os dois gols e carregou todo o time para a virada.
Pedra na chuteira: Bruno, zagueiro do Ypiranga. Gol contra com time que luta por vaga no G-4...
Sem ter o que dizer em casa: Cabense. O Azulão perdeu em casa e está perdendo toda gordura que tinha.
Curiosidade que não mata: Bruno, do Ypiranga. Contra, abriu o placar no empate com o Vitória.

Santa Cruz 3 x 2 Porto - Mantendo Emoção, na chuva, o Santa ressacou o Porto. Com maior posse de bola, a Cobra Coral se assustou com a objetividade dos visitantes no Arruda. Os atacantes Kiros e Fabian, aos 17 minutos de jogo, fizeram os dois gols do Porto. Viva, a Cobrinha empatou o jogo ainda no primeiro tempo, com Joélson e Élvis. No segundo tempo, Élvis aproveitou nova cobrança de pênalti para virar o jogo.

Vera Cruz 0 x 2 Sport - Burocrático, o Leão carimbou a vaga na semifinal. Com três zagueiros e dois volantes, o Sport jogou "pelo resultado" e, matematicamente, está garantido na fase seguinte da competição. A equipe comandada por Givanildo Oliveira encontrou muita dificuldade para articular jogadas ofensivas. Porém, aos 43 minutos, Dairo, na base da força, fez o primeiro contra o Galo. O segundo gol saiu apenas aos 45 do segundo, quando Eduardo Ramos aproveitou bom cruzamento de Dutra. Anteriormente, o Galo tinha apertado o Leão.

Salgueiro 0 x 1 Sete de Setembro - No Sertão, o lanterna continua resistente como Lampião. A vitória por contra o Salgueiro alimentou esperança dos visitantes permanecerem na Série A1, além de aumentar o fantasma da queda que ronda os anfitriões. O único gol da partida foi marcado pelo meia Dinda.

Cabense 1 x 2 Central - Derrotado, o Azulão acendeu o sinal amarelo na permanência do G-4. No encontro do Azulão e da Patativa, Flávio Caça-rato foi o primeiro a balançar a rede, mas Rafinha fez a alegria dos visitantes. Aos dois minutos, a Cabense abriu o placar. Aos 30 e aos 32, Rafinha marcou para o Central. A quebra de três derrotas consecultivas do alvinegro foi a primeira derrota da Cabense para um time intermediário no Gileno de Carli neste campeonato.

Ypiranga 1 x 1 Vitória - Na Terra da Sulanca, o Taboquito acertou ponto com a Máquina de Costura. Aproveitando gol contra, o placar foi menos ruim para a equipe visitante que deu um pequeno suspiro na luta contra o rebaixamento. À favor do Vitória, o zagueiro Bruno, do Ypiranga, fez o primeiro gol do jogo. Para paliativo do Ypiranga, o atacante Fabrício empatou.

Náutico 3 x 0 Araripina - Sem Emoção, o Timbu fez o Bode pagar o... pato. Mesmo com dois jogadores a mais e dois pênaltis a favor, somente aos 40 do segundo a calmaria reinou nos Aflitos. Apesar de jogar ofensivamete e adiantando a marcação, a torcida, ressabiada pela derrota no clássico, marcou em cima dos jogadores. Aos oito minutos Zé Carlos abriu o placar. Ansiosa, a torcida teve de esperar o segundo gol até o segundo tempo. De pênalti, Bruno Meneguel ampliou aos 13. Também da marca penal, Geílson, aos 40, fez o bode berrar a derrotar.


Classificação:

1. Sport, 41
2. Náutico, 34
3. Santa Cruz, 32
4. Cabense, 28
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5. Porto, 26
6. Central, 24 (7 vitórias)
7. Ypiranga, 24 (6 vitórias)
8. Vitória, 20
9. Salgueiro, 19
10. Araripina, 16
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11. Vera Cruz, 14 (saldo -8)
12. Sete de Setembro, 14 (saldo -18)

sábado, 20 de março de 2010

Pernambucano 10 - 16ª rodada (Emoção com As Belas e As Feras)

A beleza de alguns gols foi a marca registrada da 16ª rodada do Campeonato Pernambucano 2010. No Arruda, Brasão marcou dois belos gols; Jackson mais outro. Na Ilha, a proporção da beleza foi menor. Mas Dairo acertou o pé e Victor Caicó acordou o Leão e a coruja. A beleza do Azulão esteve no vôo certeiro de Cléber Gaúcho. Fabian do Porto também esteve no concurso de belos gols ao marcar o segundo gol do Porto, que teve de lamentar a feiura da virada de placar.
Mas as feras, ou melhor, as bestas, apareceram nesta rodada. Apesar da vitória, torcedores do Santa brigaram entre si, só para não registrar as costumeiras brigas entre torcidas. Aliás, os brigões muitas vezes não sabem nem qual foi o placar do jogo, mas possuem algum cognitivo para distinguirem as cores das camisas.
Outra fera deve surgir de acordo com decisão do TJD-PE. Caso seja punido por escalação de jogador irregular, o Araripina perderá três pontos. Pelo vacilo, o Bode poderia até cair, dependendo dos resultados. Mordido, o Bode poderia até ser confundido com o Chupa-Cabra.
Dentre Belas e Feras, a emoção de verdade esteve no Clássico. Principalmente nos minutos finais, o jogo foi eletrizante. Quatro gols em pouco mais de 10 minutos ameaçou o bom resultado que o Santa construía. Com tanta emoção, o Leão, distante, apenas assistiu o embate. Isolado, o Leão da Ilha está longe da emoção... será que o Leão entrará em depressão?
Curiosamente, o desgaste com a Copa do Brasil pegou no pé - para contundir mesmo - de jogadores. No Sport, ausências e cansaços ocasionaram uma formação B. No Santa, o treinador Dado Cavalcante perdeu dois jogadores, de forma precoce, no decorrer do clássico, por causa do desgaste físico.
Afastados do G-4, Porto e Ypiranga precisam de série de vitórias para continuarem sonhando. Se olharem para trás, fica difícil. Instabilidade foi o maior pecado de ambas equipes.
De briga, o Galo está querendo medir forças com o Bode. Com o Sete cada vez mais na segundona, Vera Cruz e Araripina venceram suas partidas e continuam fugindo da degola.

Destaques

  • Positivo: Santa Cruz. Em grande estilo, voltou a vencer clássico e está na vice-liderança.
  • Negativo: Sete de Setembro. O time de Garanhuns continua ameaçando reação, mas os resultados continuam ameaçando mesmo a degola.
  • Gol da rodada: O primeiro de Brasão, atacante do Santa. Na indecisão do goleiro Gustavo, Brasão teve categoria e oportunismo.
  • Deu com os burros n'água: Sete de Setembro. O lanterna abriu vantagem no jogo, mas, derrotado, fechou mais uma rodada em último.
  • Rei da rodada: Brasão, atacante do Santa. Não jogou um primor de jogo, mas foi o jogador decisivo no clássico ao marcar dois golaços.
  • Pedra na chuteira: Gustavo, goleiro do Náutico. Longe de ser o principal vilão alvirrubro, o goleirão ficou na dúvida em dois lances, tomou dois por cobertura e sujou o próprio papel no clássico.
  • Sem ter o que dizer em casa: Gallo, treinador do Náutico. No Leão, perdeu para o Santa em 2007... "precisou" voltar ao estado para o Santa voltar a vencer um clássico.
  • Curiosidade que não mata: Três partidas terminaram no não costumeiro placar de 4 a 2.

Sport 2 x 1 Salgueiro - Insosso diante do Salgueiro, o Leão aumentou a gordura. Com gols apenas na primeira etapa, o time da casa fez dois belos gols; o visitante, também fez "beleza", mas unitária. No início do jogo, no fim de tarde, Dairo chutou da meia-lua e abriu o placar. Na tentativa de não ver o sol nascer quadrado, aos 20 minutos, Caicó empatou a partida. Depois de outros vinte minutos, o Sport dobrou a dose na meta do goleiro Luciano. Ciro, de letra, deu o ponto final ao placar. Entrando no lugar de Zé Antônio, machucado, Kássio fez boa partida e deve lutar por vaga na titularidade.

Vitória 1 x 1 Cabense - Com gols quarentões, de última hora, o Azulão arrancou ponto no Carneirão. Os mandantes abriram o placar aos 40 do primeiro tempo, a Cabense descontou aos 42 do segundo. Tentando se afastar zona de degola, o artilheiro do time das Tabocas Jadílson, abriu o placar. Quase ao mesmo tempo da etapa seguinte, quase do mesmo lugar, quase do mesmo jeito, Cléber Gaúcho empatou. Só não foi no mesmo "bat canal" porque o jogo não foi transmitido.

Araripina 4 x 2 Porto - No sertão, o Bode virou o jogo e o Gavião, de predador, virou a presa. Com gols apenas no segundo tempo, o Porto abriu o placar de 2 a 0 através de Arlindo e Fabian. Com um boi bravo, o Bode atropelou o adversário. Os jogadores com nomes em referência bíblica Zaqueu e Saulo empataram. Romário, homólogo de um baixinho que nunca foi santo, marcou outro dois e ajudou o Araripina a se afastar na zona de rebaixamento. O Porto deixou de se aproximar do G-4.

Central 0 x 3 Vera Cruz - O Galo fez um carnaval fora de época na Capital do Forró. Apesar do resultado fora de casa, o Vera Cruz, agora comandado por Maurício Simões, permanece na zona de queda. Logo aos cinco minutos, Valney, de cabeça, fez gol contra. Perdendo a cabeça, o Central deixou de fazer contra, mas levou mais dois gols. Ainda no primeiro tempo, Freitas aproveitou rebote para ampliar. No segundo tempo, o bom atacante Gilberto, de cabeça, fechou o placar no estádio Luiz Lacerda.

Sete 2 x 4 Ypiranga - Elétrica, a Máquina de Costura colocou mais pilhas na lanterna do Sete. Os visitantes viraram o jogo em duas oportunidades e agora sonham com vaga no G-4. Através do volante Laércio, o Sete de Setembro marcou o primeiro gol, vacilou ao ceder empate, mas alguns minutos depois, desempatou. Quando a pilha do lanterna estava acabando, a Máquina de Costura ligou em 220 volts. Em gramado encharcado, o time de Santa Cruz do Capibaribe teve forças para empatar, virar e ampliar. Fabrício Ceará marcou duas vezes. João Paulo e Edu Chiquita completaram a contagem.

Santa Cruz 4 x 2 Náutico - Ao "fazer" a quadra, o Timbu caiu para quarto no Clássico da Emoções. Marcando dois gols, o oportunista Brasão foi o personagem do jogo. No primeiro tempo, o Santa encontrou facilidade para abrir o placar diante de um afobado time alvirrubro. Em cobrança de falta, aos 43, Edson Miolo acertou o pé em barreira de papel do Náutico. No segundo tempo, sem substituições, Gallo deixou o Náutico mais ofensivo. Brasão não estava muito bem. O camisa 9 do Santa estava "perdido" em campo e quando achava a bola tratava logo de errar passes. A história mudou para Brasão ao aproveitar bola perdida e fazer um belo gol aos 19 da etapa complementar. Nos minutos finais, a Cobra Coral deixou o cachimbo cair no chão. Desta forma, os visitantes tocaram fogo no jogo com empate relâmpago. Igor e Geílson fizeram os gols do Náutico. Ao brincar com fogo, Brasão reacendeu a esperança do Santa ao desematar. Jackson ainda ampliou ao "imitar" o primeiro de Brasão.


(Classificação)

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1. Sport - 38

2. Santa Cruz - 29

3. Cabense - 28 (9 vitórias)

4. Náutico - 28 (8 vitórias)

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5. Porto - 23 (7 vitórias)

6. Ypiranga -23 (6 vitórias)

7. Central - 21

8. Salgueiro - 19 (6 vitórias)

9. Vitória - 19 (5 vitórias)

10. Araripina - 16

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11. Vera Cruz - 14

12. Sete de Setembro - 11

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pernambucano 10 - 15ª rodada (Os de cima subiram, os de baixo desceram)

A movimentação na tabela de clasificação indica que o campeonato está sendo melhor desenhando sobre o futuro. Nesta rodada, nem o G-4 e Z-2 sofreram alterações. Em contrapartida, a zona intermediária esteve comparada a um verdadeiro ninho entre Gavião, Patativa, Carcará e ainda Máquina de Costura e Taboquito.
Curiosamente, os cinco primeiros venceram e os cinco últimos perderam. Não houve empate. Se considerarmos a tabela de classificação antes da bola rolar, há uma arrumação perfeita. Os seis primeiros colocados venceram e os seis últimos perderam. Desta forma, a rodada do Campeonato Pernambucano lembrou mais o saudoso Chico Science aos cantar que "o de cima sobe e o de baixo desce".
No G-4, o Sport conta as datas para a semifinal e o Náutico trabalha para evitar a catástrofe que seria ser ultrapassado pelo quinto colocado que está a cinco pontos atrás. Um pouco abaixo, o Azulão e a Cobra se entreolham temendo uma insistente dupla caruaruense que continua sobrevoando e observando uma vaguinha entre terceiro ou quarto.
Resistente, o Sete é o famoso lanterna com mal contato. Existe apenas uma expectativa para que a lanterna se apague, mas a luz continua acesa. Ao mesmo tempo que pode deixar a lanterna, o Sete pode deixar a zona de rebaixamento. Mesmo que o Z-2 tenha sido inalterado nesta rodada, a briga lá embaixo não está tão bem desenhada como lá em cima, no G-4. A lanterna de Garanhus ainda pode ficar com muito muito brilho, mal contato ou totalmente apagada. Aliás dois pontos não são duas pilhas.

Destaques
  • Positivo: Santa Cruz. Aceso, desde a chegada de Brasão, o Time Coral engrenou e ganhou nova áurea depois de algumas vitórias.
  • Negativo: Sete de Setembro. Está "apertando" os adversários, mas continua segurando a lanterna... parece o Sport na Série A do ano passado...
  • Gol da rodada: Bruno Meneguel, atacante do Náutico. Pegou bem boa criação de jogada.
  • Deu com os burros nágua: Vitória. O Tricolor das Tabocas até que torceu pelo lado negativo da instabilidade do Porto...
  • Rei da rodada: Leandro Cardoso, zagueiro do Santa. Foi importantíssimo na defesa e no ataque, gols em ótimos momentos.
  • Pedra na chuteira: Dirigentes do Salgueiro. A cartolagem do Carcará viu o time ser goleado por uma equipe comandada por Neco, treinador que esteve há semanas no próprio Salgueiro.
  • Sem ter o que dizer em casa: Sistema defensivo do Vera Cruz. Levou quatro gols oriundos de lances com bola parada.
  • Curiosidade que não mata: A Cabense é o time do tudo ou nada. Em 15 jogos, nenhum empate. O Azulão venceu nove e perdeu seis.

Vera Cruz 1 x 4 Santa Cruz - Lances de bola parada mantiveram o Santa no G-4. Dos quatro gols do Santa, dois surgiram de cobrança de escanteio, um de falta e outro de pênalti. O gol do Vera Cruz foi de jogada trabalhada. O zagueiro artilheiro Leandro Cardoso marcou dois gols; no primeiro, abriu o placar aos 9 minutos de jogo. Aos 31, Luís Carlos empatou o jogo dando a sensação de que o Galo ia cantar no Carneirão. Ainda nos descontos do primeiro tempo, Gilberto Matuto alegrou o Tricolor da capital ao desempatar a partida. Leandro Cardoso ampliou o placar e Joélson fechou a goleada.

Sport 2 x 0 Central - De olho na promoção, o Leão jogou um por dois. Faltando pouco para se promover matemáticamente à semifinal, o Sport jogou um primeiro tempo que valeu por dois gols e por dois tempos. Ciro, aos12, e Eduardo Ramos, de pênalti, aos 34 fizeram os gols do time da casa. Ainda no primeiro tempo, o Leão da Ilha deperdiçou outras chances de ampliar o placar. No segundo tempo, houve equilíbrio. Mas o lance de maior perigo foi da Patativa. Logo no início, o meia Pintado raspou a tinta da barra de Magrão ao mandar bola na trave.

Sete de Setembro 2 x 3 Náutico - Invejando independência do líder, o Náutico suou na batalha diante do Sete de Setembro. Se arrastando contra o Sete, o Timbu manteve os sete de distância do Leão. Em jogo de três pênaltis, dois a favor do Náutico e outro para o Sete, Carlinhos Bala marcou duas vezes e Bruno Meneguel uma para acontagem alvirrubra. Alix e Laércio fizeram os gols do lanterna. O Náutico jogou melhor até boa parte do segundo tempo. O time recifenese levou sufoco enquanto vencia por três a dois.

Ypiranga 4 x 2 Salgueiro - A Máquina de Costura não deixou o Carcará remendar a boa fase dos jogos iniciais. No reencontro do treinador Neco com o Salgueiro, restou ao time sertanejo apenas relembrar e lamentar fase no G-4. Em jogo com placar movimentado, os centroavantes João Paulos, do Ypiranga, e França, do Salgueiro, balançaram as redes duas vezes. Pesou para o time da casa os gols de Edu Chiquita e Fabrício Ceará. Pesou para o Carcará voltar para casa lamentando. Em queda, só uma fênix ajudaria o Carcará.

Porto 2 x 1 Vitória - O Triângulo não-amoroso Tricolor: o de Caruaru venceu o das Tabocas e continua olhando o do Arruda. A vitória - que foi ingrata ao Vitória - deixou o Gavião de olho em vaga no G-4, hoje a "vítima" focada é o Santa. Com 15 minutos de jogo o Porto abriu vantagem de dois gols de diferença através do meia Naldinho e do lateral João Carlos. Ainda no primeiro tempo, o time visitante diminuiu o placar e aumentou a preocupação dos mandantes. O meia Édson Araújo fez o único gol do Taboquito. Com o placar adverso, o Vitória praticamente deu adeus às chances de integrar o G-4, são oito pontos de distância ao quatro colocado.

Cabense 2 x 1 Araripina - O Azulão aproveitou a marra do Bode e manteve a escrita contra interioranos no Gileno de Carli. Ao empatar, o Araripina sofreu pênalti e perdeu dois jogadores por expulsão. Logo aos 4 minutos, o zagueiro Oliveira fez o primeiro gol da Cabense. O Bode reagiu aos 31 minutos. Longe de casa, o chuteira-fone Jessuí teve crédito para fazer um interurbano no Cabo de Santo Agostinho, empatando a partida. Nem bem pegou ar, o Bode berrou um minuto depois de comemorar o único gol marcado no jogo. Aos 32, o meia Eduardinho, do time anfitrião, sofreu pênalti. No tempo as coisas ficaram ainda mais complicadas para os sertanejos com as expulsões de Zé Cláudio e Jessuí.

sábado, 13 de março de 2010

Top 5 - Adriano e outros craques que comprometeram a carreira com o álcool

Do UOL Esporte:
O tema alcoolismo no futebol voltou a ser discutido entre jogadores, dirigentes, médicos e torcedores após o caso envolvendo o atacante Adriano. A bebida, sem muitas consequências para os clubes, é inimigo número um de alguns atletas, que têm a carreira atrapalhada ou perdem chances de conquistar ainda mais no futebol com o vício. O caso do Imperador traz à tona o assunto e relembra o quanto o alcoolismo é vilão no esporte, em todo o mundo.
O UOL Esporte faz uma lista de grandes jogadores que transformaram as suas carreiras em pesadelos após conhecer a bebida. Se entregando ao vício, abreviaram ou mancharam as suas brilhantes carreiras.
ADRIANO
Mergulhado em confusão, Adriano voltou a ficar no centro dos holofotes depois da notícia que revelava que ele se envolveu numa briga com a noiva Joana Machado num baile funk. Marcos Braz, dirigente do Flamengo, foi a público para explicar a história e revelou que o problema do Imperador era o álcool. Quando ainda defendia a Inter de Milão, o atacante foi flagrado bebendo e chegou a anunciar que se afastaria do futebol porque não estava feliz. Mesmo com regalias no Flamengo, ele não se livrou de todos os problemas fora de campo.
GARRINCHA
Com uma carreira brilhante na seleção brasileira e no Botafogo, Garrincha teve uma vida complicada fora do futebol. Após passagens frustrantes pelo Atlético Junior, do futebol colombiano, Flamengo, Corinthians e Olaria, o ponta se rendeu ao alcoolismo e se perdeu. Alcoólatra inveterado, Garrincha bebia desde muito novo e o vício se tornou ainda mais incontrolável no final da carreira. Uma cirrose grave consumiu-o aos poucos e um dos maiores craques da história do futebol mundial morreu com somente 49 anos.
TONY ADAMS
Tony Adams passou toda a sua carreira no Arsenal, defendeu o clube de 1980 a 2002 e jogou pela seleção inglesa 66 vezes. Foi campeão inglês quatro vezes e virou lenda dos Gunners. No entanto, o alcoolismo quase colocou tudo a perder. Viciado desde meados dos anos 80, foi preso por dirigir alcoolizado, brigou com torcedores rivais e só admitiu que estava doente em 96. Se recuperou com ajuda de Arsene Wenger, técnico que chegou ao comando do Arsenal em outubro do mesmo ano. O francês mudou o estilo de vida do zagueiro e ajudou Adams a se reencontrar na carreira.
PAUL GASCOIGNE
Paul Gascoigne foi um dos melhores jogadores ingleses de todos os tempos. E também se enquadra na lista dos mais polêmicos. Durante toda a sua carreira, ele se meteu em muitas confusões fora de campo, sempre com o álcool ao lado. A lista é grande: discussões em bares, queixas por dirigir bêbado e agressões. Afetado por forte depressão e falido financeiramente após deixar o esporte, Gazza teve recaídas com álcool e drogas e, em fevereiro, mendigou teto para dormir.
GEORGE BEST
Best é considerado um dos melhores jogadores britânicos da história. Aos 17 anos já era titular do Manchester United e da seleção da Irlanda do Norte. Mas também se destacou de forma negativa: pelo vício em bebida. Sempre rodeado de mulheres bonitas, atrasava-se com muita frequência para os treinos da sua equipe. Sua brilhante carreira no Manchester terminou quando tinha 27 anos. Após abandonar o futebol, Best continuou envolvido em escândalos com álcool, jogos de azar e mulheres. Devido às complicações do vício em bebidas, ele morreu em 2005.
NOTA DO BLOG:
O alcoolismo, não apenas no futebol, precisa ser visto menos como algo "engraçado" e sim como o problema de saúde pública que o define. A questão cultural ainda atrapalha bastante a consciência entre o lazer e própria degradação corporal. Curiosamente, o TOP 5 indicou dois brasileiros e três britânicos.

domingo, 7 de março de 2010

Pernambucano 10 - 14ª rodada (Embalos, avalanches e hegemonia)

Há um dito popular relatando que um segundo pode mudar uma vida. Na 14ª rodada, não poderíamos seguir a filosofia popular ao pé da letra. Mas afirmar que alguns poucos minutos mudaram completamente a história de dois jogos neste fim de semana é uma premissa verdadeira.
Abrindo a rodada, Náutico e Ypiranga realizaram jogo que parecia sonolento no primeiro tempo. No segundo, ao anoitecer, o Timbu e a Máquina entraram nos embalos de sábado a noite. Num intervalo de cinco minutos saíram quatro gols, dois para cada lado. Ainda no gás final, aos 33 e 35 minutos, mais um gol para cada lado no estranho placar de 4 a 4.

Em Caruaru, apesar da leve superioridade do Gavião, o placar transcorria calmo no Luiz Lacerda,talvez justificando as dificuldades que ambas equipes encontravam contra os goleiros adversários. Aos 20 minutos da etapa complementar, Eduardo Ramos foi o autor da avalache, da tromba dágua que afundou o Porto em Caruaru. Em seis minutos, o camisa 8 do Sport marcou três gols. Ciro ainda aproveitou a maré boa para chegar a artilharia do campeonato.

Observando a tabela, o Sport chegou à plena hegemonia. Ao golear o Porto, o time da Ilha abriu 11 pontos de vantagem para outro caruaruense, o Central, atualmente quinto colocado. A briga por uma das três vagas restantes ficou mais acirrada. Náutico e Cabense perderamm um pouco do fôlego e estão próximos de Santa e da dupla caruaruense, que apesar das goleadas continuam vivas em busca de lugar na fase seguinte. O Carcará goleou e espia os adversários vacilões.

Na parte de baixa, o destaque é para o inconformado lanterna. O Sete empatou fora de casa com o Vitória e está empatado, em pontos, com o Vera Cruz. Apesar da situação ainda vexatória, o time da Cidade das Flores pode deixar a última colocação e o Z-2 na próxima rodada, a depender de outros resultados.

Esta foi a rodada com maior número de gols, tudo por conta do monopólio dos Aflitos.

Destaques

  • Positivo: Sport. Mais absoluto do que nunca... ops, do que do início deste ano, o Leão tem melhor ataque, defesa e ainda está com gordura.
  • Negativo: Times de Caruaru. O Gavião e a Patativa foram os sacos de pancada da rodada.
  • Gol da rodada: Brasão, atacante do Santa. Puxou a responsabilidade e empurrou o time de volta para o G-4.
  • Deu com os burros nágua: Romero, goleiro do Porto. Estava fazendo uma grande atuação, mas a ingratidão de vestir a camisa 1 pesou até agora justamente por causa de 15 minutos.
  • Rei da rodada: Eduardo Ramos, meia do Sport. Além de carregar piano muito bem, o jogador carregou no placar em Caruaru.
  • Pedra na chuteira: Defesas de Náutico e Ypiranga. Os defensores dos dois times devem ter pensando em muita coisa no sábado a noite.
  • Sem ter o que dizer em casa: Gledson, goleiro do Náutico. Quando ninguém mais "aguentava" ver tantos gols... Gledson facilitou para Rosembrick.
  • Curiosidade que não mata: Esta foi a rodada com maior número de gols. A média foi de 4,1 gols por jogo.

Náutico 4 x 4 Ypiranga - O Timbu e a Maquina marcaram, cada, quatro, mas lamentaram a perda dos 3. Com sete gols no segundo tempo, apenas Bruno Meneguel balaçou a rede na etapa inicial. No segundo tempo, Borracha demonstrou que o placar dos Aflitos seria "esticado" para os dois lados. Aos 45 segundos, Borracha fez boa jogada e serviu o atacante Fágner, que no primeiro toque na bola, empatou o jogo. Aos 20, da etapa complementar, começou o bate-rebate de gols. Zé Carlos colocou o Timbu novamente na frente. Dois minutos depois, Wendell rebateu e empatou pela segunda vez. Dois minutos depois, Bala imaginava que tinha acertado o tiro de misericórida... um minuto depois, João Paulo empatou pela terceira vez. Aos 33, Bala tentou o "segundo" tiro de misericórdia... mas não era dia para o Timbu vencer. Dois minutos depois, Rosembrick, contando com falha de Gledson, empatou pela quarta vez.

Porto 0 x 4 Sport - O Tsumani da Ilha devastou o Porto em apenas 15 minutos. Em jogo equilibrado até meados do segundo tempo, Eduardo Ramos marcou três gols em seis minutos, arrastando de vez todas as pretensões do Gavião. No primeiro tempo, o destaque ficou para o goleiro Romero, que até pênalti pegou. No segundo, Eduardo Ramos foi a surpresa. O atleta marcou três gols e curiosamente contabilizava apenas um gol antes de enfrentar o Gavião. Ciro contabilizou um gol, mas tinha oito.

Vitória 1 x 1 Sete de Setembro - Por pouco, o Lobo Guará não deixou a lanterna na Cidade de Vitória. A dupla de atacantes concorrentes "Ja Já" deixou tudo igual no Carneirão. No primeiro tempo, Jadílson marcou o oitavo gol dele na competição. Jardel marcou o segundo do jogo e o segundo dele na competição. O Sete esteve perto de deixar a lanterna. Em caso de vitória dos visitantes, a lanterna ficaria com o rival local do Vitória, o Vera Cruz.

Santa Cruz 1 x 0 Cabense - Fazendo o Carnaval tricolor, Brasão manteve acesa a fogueira da esperança. O Santa criou muitas chances de gols, arranjou dois pênaltis, mas apenas um quebrou o galho o e Cabo. No primeiro tempo, Joélson cobrou pênalti e perdeu. No segundo, Brasão cobrou e achou três pontos no Arruda para os mandantes voltarem ao G-4. Emerson Sobral viu dois pênaltis que os atletas do Azulão como araras. O Santa ainda mandou bolas na trave.

Salgueiro 5 x 1 Central - Depois de escorregar do G-4, o Carcará puxou a Patativa para baixo. A goleada quebrou série de seis jogos de invencibilidade do Central. O lateral Geovane nem viu a chuva de gols no Cornélio de Barros. O atleta teve de tirar o cavalinho da chuva aos 26 minutos de jogos, ao receber o segundo cartão amarelo. Aos 31, Elton abriu o placar, parcialmente favorável aos visitantes. Aos 40, o gol de empate trouxe um presságio aos centralinos. Renato Frota fez o primeiro gol da sequência de atropelamentos sofrida pela Patativa. Gilson Costa, duas vezes, Siderval e Caio ampliaram e massacraram o Alvinegro.

Araripina 3 x 1 Vera Cruz - O Bode puxou o Galo para acompanhar o Lobo. O resultado fez o Araripina trocar a posição de vice-lanterna com o próprio Vera Cruz. Com bom sinal no sertão, Jessuí, o homem-celular-gol abriu o placar. De antenas em pé, Barata ampliou para o Bode. Ainda no primeiro tempo, Juninho descontou. No segundo tempo, aos 24, Everton, zagueiro do Vera Cruz, foi expulso reduzindo possibilidades de reação dos visitantes. Aos 42, Marcelo Paraíba decretou a vitória do Bode.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Pernambucano 10 - 13ª rodada (O quase na semi)

Os resultados da 13ª rodada deu uma nova pintura ao campeonato. O Sport se isolou na "briga solitária" pela liderança do campeonato. Na briga mais democrática e coletiva, das três vagas restantes no G-4, o time do Cabo disputa "pau a pau" a vice liderança com o time que começou sua história com remos. Cabense e Náutico, com vinte pontos cada, lutam por uma pequena vantagem na possível classificação para a fase semifinal. Na rabeira dos classificáveis, a Patativa roubou a senha da Cobra Coral e a confusão está armada. O Gavião, matreiro, está de olho vivo na confusão.
Ao derrotar o Vitória na Ilha, o Sport abriu cinco pontos de vantagem aos concorrentos mais próximos... perto da Praça da Bandeira só a classificação antecipada mesmo.
Nesta rodada, a derrota da Cabense foi a surpresa, mesmo que o time comandado por Rogério Zimmerman estive ganhando alguns jogos "no limite" da superação, sorte e do tempo de jogo. O resultado deu um novo ânimo ao Sete de Setembro. Ainda não são os bons ventos chegando à Garanhus, mas a brisa que soprou na Cidade das Flores quase apagou a lanterna do Sete. O reflexo da lanterna está mesmo incomodando o Bode de Araripina.
No Lacerdão, o Santa manteve a escrita recente de não derrotar o Central. Em Caruaru já são quatro anos sem conhecer vitória contra a Patativa.
No Cornélio de Barros, o Timbu fez o dever de fora de casa. Depois de alguns resultados pífios nos Aflitos, o Alvirrubro aproveitou a amarga fase do Salgueiro.


Destaques
  • Positivo: Sport. O Leão aproveitou e abriu cinco pontos de diferença aos concorrentes mais próximos.
  • Negativo: Santa Cruz. A Cobra fechou mais uma rodada com a Patativa presa na goela.
  • Gol da rodada: Thiago Lima, do Sete de Setembro. Pela importância, o atleta setembrino levou a melhor na rodada.
  • Deu com os burros nágua: Cabense. O Azulão esfriou na noite de verão garanhuense.
  • Rei da rodada: Rogério, atacante do Porto. Em mais uma rodada, Rogério calculou a quantidade de gols necessária para vencer.
  • Pedra na chuteira: Ricardo Tavares, árbitro. Corrigiu a falha a tempo, mas fez um papelão para acertar.
  • Sem ter o que dizer em casa: Luciano, goleiro do Salgueiro. O arqueiro do Carcará teve mãos moles, levou caneta da trave e deixou livre para Emanuel.
  • Curiosidade que não mata: O Sport completou 40 jogos de invencibilidade em Campeonatos Pernambucanos.

Salgueiro 0 x 1 Náutico - O Carcará deu a chance para Gallo cantar pela primeira vez. Aproveitando falha do Salgueiro, o treinador do Náutico comemorou a primeira vitória no comando da equipe. Aos seis minutos, Bruno Meneguel chutou de longe e contou com a trapalhada do goleiro Luciano. Esperto, Emanuel mandou a bola para o fundo da rede. Após o gol, o time visitante se segurou até o fim, contando com a falta de habilidade do ataque salgueirense.

Sport 4 x 2 Vitória - Ansioso, o Leão da Ilha definiu o resultado com apenas 1/6 do jogo. Já aos 15 minutos, o time da casa vencia, parcialmente, por 3 a 0. Após os gols de Dairo, Eduardo Ratinho e Ciro o Sport relaxou em campo. No segundo tempo, o Leão vitoriense tentou passar despercebido ao diminuir o placar com gol de cabeça do zagueiro Alex Rava... sem raiva, o Leão da Ilha ampliou com Ciro. Quando o rubro-negro já se preparava para dormir, o Taboquito deu uma singela amenizada no saldo de gols. Mas "singela" mesma é a disposição da zaga do Sport...

Central 1 x 0 Santa Cruz - Ingrata, a Patativa manteve a cisma com a Cobra Coral e roubou-lhe vaga no G-4. O time do Arruda já esqueceu a última vitória contra o Central. No primeiro tempo, com pouca criatividade, o jogo foi fraco tecnicamente. Mesmo com as limitações, o Santa era pouco superior ao Central em volume de jogo. No segundo tempo, perdendo um volante, o Santa ficou sem direção. Aos 21, Léo foi expulso. Aos 22, de pênalti, Mucarbel fez o único gol do jogo. O árbitro Ricardo Tavares ainda se enrolou ao "expulsar" Leandro Cardoso e depois voltar atrás, corrigindo erro.

Vera Cruz 0 x 1 Porto - Estratégico, o Gavião esperou o cochilo do Galo. Jogando na defesa, o time visitante armou belo contra-ataque aos 35 do segundo e definiu o resultado. O carrasco do Carcará foi também algoz do Galo. O atacante Rogério que fez três gols contra o Salgueiro na rodada passada, fez o único gol no estádio Carneirão. O Vera Cruz esteve com maior volume de jogo, mas foi displicente na finalização.

Sete de Setembro 1 x 0 Cabense - O Lobo-guará, com apoio do Zebra, derrotou o Azulão. O magro placar nutriu as esperanças do Sete permanecer na Série A-1 do Estadual e diminuiu o volume da sonora goleada sofrida contra o Santa na rodada passada. O gol da vitória do time garanhuense foi aos 22 minutos de jogo por intermédio Thiago Lima. O público do Gigante foi uma miniatura... apenas 921 espectadores patriotas acompanharam a vitória do Sete.

Ypiranga 2 x 0 Araripina - Aplicando um nó, a Máquina de Costura (des)amarrou o Bode. Segurando o Bode sertanejo, o Ypiranga soltou o bode místico que comia vitórias há quase um mês. Os gols saíram apenas no segundo tempo. No primeiro, Saulo marcou contra. No segundo, Fabrício Ceará marcou a favor... à suplicas da torcida da Terra da Sulanca que não comemorava vitória a um bom tempo.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Pernambucano 10 - 12ª rodada (os pontos de vista e da tabela)

A 12ª rodada manteve a hegemonia do Sport que está invicto desde 2008 e a surpreendente campanha da Cabense. Porém, o Náutico seria o melhor ponto de vista para analisar o grupo de cima da tabela de classificação, o G-4.
Empatando em casa com o Vera Cruz e de bem com a sorte, para evitar uma situação pior, o Timbu explica o G-4 por observar mais de "perto" toda a situação. O marco alvirrubro esta perdendo o Leão de vista, vendo o Azulão bater asas num belo voô e ouvindo o chocalhar de uma cobra. Pelo que estão produzindo, somente um tropeço de arrancar os dedos deixaria Sport e Cabense fora da fase de semifinal. Sem arrancar os dedos, mas roendo as unhas, Náutico e Santa tentam evitar tropeços para não conhecerem o final do campeonato antes de ouvir falar da final.
Na zona intermediária, o Salgueiro segue o caminho inverso do Santa. Enquanto o time da capital engatou a quinta - lutando por vaga na quarta - e segue em ascensão, o Salgueiro perdeu a banguela a estacionou na zona intermediária. Com 16 pontos, o Salgueiro está bem fincado na zona dos que nem cheiram nem fedem. Para chegar ao grupo dos quatro melhores, precisaria de seuqnecia positiva; para ser alcançado pelos dois últimos, teria de sofrer sequencia negativa. Observando três clubes agrestinos acima e dois agrestinos abaixo, o Salgueiro está a quatro pontos dos quatro clubes de áreas litorâneas e a quatro dos que estão afundando.
O Ponto de vista da Zona de Rebaixamento é representada pelo Sete mesmo. Como sete pontos, o Lobo Guará dormiu a bastante tempo na lanterna e geralmente ilumina concorrentes diferentes. No momento, quem está com a luiz na cara é o Bode.
A curiosidade foi os apelidos de três personagens que apareceram muito bem nesta rodada. No Arruda, Brasão esquentou a chapa do Lobo Guará. No Aflitos, Vassoura espalhou a sujeira de debaixo do tapete alvirrubro. No Carneirão, Espada foi a arma secreta centralina.

Destaques

  • Positivo: Santa. A goleada foi de perder a conta.
  • Negativo: Sete. Está acertando apenas a conta do próprio nome na tabela de pontos.
  • Gol da rodada: Cleberson, meia da Cabense.
  • Deu com os burros nágua: Salgueiro. O Carcará abriu dois gols de vantagem, mas no final não contou nenhuma vantagem.
  • Rei da rodada: Brasão, atacante do Santa. Mesmo antes do fazer gol, o atacante já tinha feito de tudo... até ouviu gritos de gratidão da arquibancada.
  • Pedra na chuteira: Gallo, treindaor do Náutico. O Gallo dos Aflitos não suportou o Galo de Vitória transformando os Aflitos numa fábrica de protestos.
  • Sem ter o que dizer em casa: Índio, meia do Sete. Perdeu gol de deixar o apito cair quando ainda poderia empatar o jogo no Arruda.
  • Curiosidade que não mata: Sem cantar de Galo, o Timbu continua devendo uma vitória contra o Vera Cruz na história dos confrontos entre as duas equipe.

Santa Cruz 6 x 1 Sete de Setembro - Evoluindo, o Santa fez seis no Sete. Em tarde inspirada, a Cobra Coral maltratou o Lobo Guará. Ainda no primeiro tempo, os anfitriões não mostraram nenhuma sutileza ao time da Cidade das Flores. Com dois gols de Elvis, um de Souza e outro de Leandro Cardoso, o Santa arrasou o adversário fechando o placar de 4 a 1 ainda nos 45 minutos iniciais. O experiente Leonardo ainda fez a "alegria" setembrina. No segundo tempo, caberia mais gols. O Sete perdeu jogadores e o goleiro estava machucado. Mais debilitado ainda ficou o aspecto moral do time. Souza marcou outro e destaque do jogo, Brasão, fechou o placar.

Araripina 0 x 0 Sport - O Bode do Sertão reanimou o apaetite leonino. Mesmo sem encontrar facilidades, o Sport quebrou a série de três jogos sem vitória. Aproveitando cochilo do Bode, o Sport abriu o placar com ainda aos 9 minutos de jogos. O Araripina tentou estragar a longa viagem do time rubro-negro ao pressionar o adversário. Logo no início do segundo tempo, Igor, de cabeça, atrapalhou as pretensões do time mandante. Dairo, aos 26 do segundo, ainda ampliou o placar e aumentou a tímida artilharia pessoal.

Náutico 1 x 1 Vera Cruz - Helton diminuiu a "sujeira" de Vassoura nos Aflitos. Jogando melhor, o Vera Cruz desperdiçou vitória contra o Náutico no Recife. Aos 22 minutos de jogo, Vassoura passou o rodo na zaga alvirrubra e abriu o placar. Criando melhores oportunidades, o time visitante ainda perdeu um pênalti e se atrapalhou com dispensável impedimedimento na hora de marcar o segundo gol. Aos 19 do segundo, Helton Luiz empatou para diminuir o desespero alvirrubro. A aflição total ainda foi evitada pelas mãos do goleiro Glédson, ao defender penalidade máxima.
Vitória 1 x 2 Central - Literal arma secreta, Espada entrou para dar vitória à Patativa. Em jogo equilibrado no Carneirão, o Central aproveitou melhor as oportunidades e está na porta do G-4. O Central abriu o placar aos 6 minutos de jogo com o zagueiro Sidney. Aos 33, Bruno Garcia empatou. No segundo tempo, o jogo continuou equlibrado... o placar não. Felipe Espada que acabara de entrar, fez o gol da vitória dos visitantes.

Porto 3 x 2 Salgueiro - O Gavião riu por último do Cárcara. Os visitantes abriram o placar e ampliaram o placar... depois, abriram mesmo a porteira. Até os 42 minutos de jogo o Salgueiro se animava com vitória parcial de dois a zero, com gols de Caio e França. Ainda na primeira etapa, o Porto acordou... e deixou o pesadelo para os visitantes. Aproveitando dois pênaltis, o Tricolor de Caruaru empatou com dois gols de Rogério. No segundo tempo, Rogério mostrou que não sabe fazer gols apenas de pênaltis e fechou o placar favorável ao Porto.

Cabense 1 x 0 Ypiranga - No último minuto, o Azulão comprovou melhor desempenho que a Máquina. Depois de perder pênalti no primeiro tempo, o meia Clébson acertou o pé em cobrança de falta aos 47 do segundo tempo. Conquistando a oitava vitória - time que mais venceu na competição -, a Cabense está atrás apenas do invicto Sport. Mesmo com o relativo ao alto investimento proporcional ao clube, o Ypiranga está brigando para não ser rebaixado.