O atacante Amoroso se ofereceu a vestir a camisa do clube que o revelou para o futebol profissional há mais de 14 anos. Em 1994, no time do Guarani, Amoroso chamava e responsabilidade para si. Hoje, fora das quatro linhas, o ídolo bugrino deixa a resposabilidade para o presidente do clube: "Se o presidente aceitar que eu volte, tenho certeza de que levaria cerca de 15 mil torcedores por jogo ao estádio. Eu estaria em casa".
Aos 34 anos, Amoroso, que afirma estar cansado das exigências do futebol profissional e chegou a declarar aposentadoria para outubro deste ano, pretenderia jogar mais que o possível acerto para o Paulistão 09. "Hoje tudo é definido muito mais pelo interesse de empresários. Depois que eu deixei o São Paulo (2005), foi só sacanagem. Não tenho mais paciência para muitas coisas. Sem isso, seria possível jogar profissionalmente por, pelo menos, mais cinco anos".
Além de Guarani e São Paulo, Amoroso jogou pelo Milan, Udinese, Flamengo, Corinthias e Grêmio. O último clube do atleta que "procura novos ares" foi o Aris Salônica, da Grécia.
Às vezes, sobre jogadores que desejam voltar ao clube que o projetou para o futebol, surgem especulações de falso amor ao clube e preocupação exclusiva com o acúmulo dos últimos níqueis para a aposentadoria. O Amor(oso) não é cego, mas tem sentimentos. Se o Guarani não pode pagar um bom salário, paquerar um bom marketing não é traição. Mesmo depois da desilusão (sacanagem, de acordo com o próprio) um mínimo de identificação clubística deve existir para o atleta, que, com certeza, não saiu da lembrança do torcedor bugrino.