De um lado o São Paulo, com a calculadora na mão, vislumbrando situações de sagrar-se campeão no próximo domingo. Do outro, os dirigentes do Goiás, também com calculadora na mão, vislumbrando um "cambismo" para engordar os cofres. Jogar em casa contra a equipe que vive a expectativa de levantar a taça do Brasileirão sempre foi visto com bons olhos, mas o clube esmeraldino está de olho grande.
Anuciar ingressos ao valor de R$ 400 para uma partida de futebol no Brasil é coisa que nem Ricardo Teixeira teve cara-de-pau. Já pensando na lógica da resistência do São Paulo e entidades que regem o futebol, o argumento goiano, de preços tão elevados, são apoio às vítimas da tragédia em Santa Catarina e prejuízos financeiros decorrentes da punição da atual perda de mando de campo por causa de incidentes no Serra Dourada, dia 2 de novembro.
Ora, vamos analisar a "retranca" dos cartolas esmeraldinos para ofender os bolsos alheios. Para a punição imposta pela CBF, não cabe argumentar que o clube está sofrendo financeiramente, já que a medida tem caráter educacional e situações como menor renda é prevista pela decisão de jogar fora de casa. Para a causa social, o abuso é utilizar o sofrimento dos outros para marketing, lembrando que a cota para os desabrigados no Sul do país é a arrecadação de alimentos. Ou seja, partindo da lógica, a "preocupação" social é minima, desde que se o ingresso for caro demais, menos pessoas irão e menos alimentos serão arrecadados.
O triste é ouvir frases como "O futebol é a alegria do povão". E de chorar, imaginar a CBF, com a moral de um Ricardo Teixeira, criticando a postura "caça-níquel-ouro-prata-diamante" do time de Goiania.
Um comentário:
Olá amigo Daniel. Ótimo texto. Forte, mas ótimo.
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