sexta-feira, 30 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Quartas de final (Celeste, Laranja, Branco e Vermelha)

Arrumados em cada um dos quatro jogos, a quantidade de paises sulamericanos sofreu enorme baixa. Dentre mortos e feridos, apenas o Uruguai vai encarar mais uma batalha... ou melhor, já são duas garantidas. O time celeste garantiu, pelo menos, disputa pelo terceiro lugar, indo mais que as medalhonas seleções sul-americanas, Argentina e Brasil. O Paraguai foi bem mais bravo que a dupla Argentina e Brasil. O selecionado guarani vendeu caro a derrota para a Espanha e ainda lamentou erro - um detalhe - na arbitragem que poderia mudar toda a história do jogo... e da própria seleção. Na história, o Paraguai poderia chegar pela primeira vez entre os quatro melhores. Foi por pouco.
A Alemanha permanece com o esquema mortal de contra-ataques fuminantes. Os jovens germânicos correm muito e a equipe é bem montada por Joachim Low. Guardando as devidas proporções - ...para qual lado? - a Alemanha lembra o Santos. Resta saber se os meninos da "rica vila europeia" sabem reverter situações adversas. Até agora saiu na frente e soube administrar de forma mais agressiva que a política econômica do país atualmente na Europa... imagina esse time enfrentando a Grécia.

Holanda* 2 x 1 Brasil - Laranja mecânica mandou canarinha para oficina. (Veja gols e lances)
O sonho do hexa se acabou no pesadelo da etapa complementar. Depois de um primeiro tempo de futebol fácil, rápido e objetivo, o Brasil voltou "pesado" do intervalo. Em 15 minutos parecia que os onze atletas em campo tinham entornado vários pratos de feijoada. O problema é que todos se esqueceram de consumir uma laranjinha para melhorara a disgestão. A dupla Sneidjer e Robben infernizaram a defesa brasileira e merecidamente avançaram de fase. Os dois gols sofridos pelo Brasil surgiram de bolas levantadas na área. O fantasma das quarta de final de 2006 voltou dobrado em 2010.

Uruguai* 1 (4) x (2) 1 Gana - Bloqueio de vôlei impede primeiro africano em semifinal. (Veja melhores momentos)
No jogo mais emocionante da Copa 2010, o Uruguai utilizou todos os artifícios possíveis para se classificar, até a sorte. A decisão contou com tempo regulamentar, extra e cobrança de tiros livres da marca penal. Com o passar do tempo, o jogo ficou empolgante a partir de mudanças bruscas de expectativas. No primeiro tempo, perto do momeento do apito que confirmava o intervalo, Gana abriu o placar em chute de longuíssima distância. Na segunda etapa, Gana recuou e pagou caro ao sofrer o empate. Na prorrogação, Suárez perdeu gol com a barra aberta e Gyan mandou bola as nuvens, "abrindo o tempo" para a Celeste. Curiosamente, antes do pênalti desperdiçado por Gyan, Suarez sairia de campo como vilão ao jogar mal, perder gol "feito" e ser expulso. Mas o cartão vermelho valeu a defesa de sofrer um gol no último minuto da prorrogação. Nas cobranças, Loco fechou a vantagem urugauia.

Argentina 0 x 4 Alemanha - Olé com sotaque alemão. (Veja matéria)
A seleção alemã dominou do início ao fim, com objetividade, velocidade e ótima postura tática. No esquema armado pelos europeus, Messi mais uma vez teve dificuldades de jogar diante de forte marcação. O primeiro gol foi logo aos três minutos, abrindo facilmente espaço para outros três gols. Se atrapalhando com os números, os argentinos passaram todo o jogo tentando sufocar o adversário que os mantinham sem ar. Exposta, a seleção sul-americana evidenciou seu frágil sistema defensivo ao passar outros sustos que poderiam ampliar o vexame.

Paraguai 0 x 1 Espanha
- No jogo Lost, até a arbitragem estava perdida. (Veja melhores momentos)
Paraguai e Espanha desperdiçaram cobraças de pênalti; sem norte, o árbitro da Guatemala Carlos Batres errou para todos os lados. Na primeira etapa os paraguaios foram superiores no volume de jogo e por um braço esticado de Valdez, o assistente levantou o próprio. Na segunda etapa o jogo ficou mais equilibrado e o arbitro errou feio para cada um dos lados. Primeiro, ao marcar pênalti a favor do Paraguai não determinou repetição da cobrança diante da invasão espanhola na área. Na segunda falha, determinou nova cobrança de pênalti para a Espanha, mas não teve coragem de marcar novo pênalti cometido pelo goleiro Villar. Na sequência, a Espanha quebrou as amarras de gol na partida ao acertar a trave três vezes antes de Villa fazer mandar para o fundo das redes.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Oitavas de final (Quatro sul-americanos nas quartas)

A cada dois jogos nesta oitavas de final, um país sulamericano se classificou. Ou seja, quatro era o número máximo de países da América do Sul possíveis na próxima fase. Dos cinco jogos, houve um confronto direto entre chilenos e brasileiros, mantendo a escrita - sem borrões - de vantagem canarinha dos últimos jogos. Uruguaios venceram na raça; argentinos no oportunismo; paraguaios na paciência.
A seleção que chamou mais atenção foi a Alemanha. Os germânicos aplicaram uma sonora goleada - tão sonora que causou eco em 1966. Gana mostrou mais folêgo que os estadunidenses e merecidamente permaneceu representando os africanos.
Discretos, mas como sempre perigosas, as seleções de Holanda e Espanha fizeram bem seus papéis ao confirmar o favoritismo.

Uruguai* 2 x 1 Coréia do Sul - Na chuva, Suárez brilhou mais que relâmpago. (Veja melhores momentos)
Na nublada tarde sul-africana, a Celeste reabriu seus horizontes ao voltar a disputar quartas de final depois de 40 anos. No primeiro tempo, a estratégia dos contra-ataques funcionou perfeitamente. Aos 8, Fórlan cruzou da esquerda e Suárez, livre, abriu o placar. No decorres dos primeiros 45 minutos, o time oriental ficou perdido em campo. No segundo tempo, a Coréia melhorou e empatou. Mas sofreu a virada em novo gol de Suárez. Aliás, um golaço.

Estados Unidos 1 x 2 Gana* - Gana foi mais forte que o símbolo da força do capitalismo. (Veja melhores momentos)
O time ganês se garantiu novamente como representante solitário da África. Aproveitando falha do meia Clark, Gana abriu o placar logo aos 5 minutos. Após muita correria e poucas chances de gols, o empate estadunidense saiu aos 17 minuto da etapa complementar. Na prorrogação, no finalzinho do primeiro tempo, Gyan ganhou na força contra Bocanegra - que não pôde nem reclamar - para fazer o gol da vitória.

Alemanha* 4 x 1 Inglaterra - Filme da sessão retrô 1966 teve final alterado. (Veja matéria)
No novo roteiro, o ator principal deixou de ser a dúvida para a entrada da polêmica. A Alemanha iniciou a partida de forma fuminante. Pelas aparências, a Inglaterra batia cabeça e caminhava - como aconteceu - para o destino de sofrer uma goleada. Mas após gols de Klose e Podolski, os súditos da rainha ergueram a cabeça... ergueram tanto que uma bola de um bocado de metro de altura bateu na cabeça de Upson para acordar os ingleses ao diminuir o placar. Porém, alguem continuava dormindo em campo. Incendiados, os britânicos empataram através de chute de Lampard que avançou a linha uns quatro pés de beque inglês ou alemão. O árbitro Larrionda e seu assistente não viram nada. No segundo tempo, a Alemanha acertou contra-ataques mortais e marcou mais dois. No remake da final da Copa de 1966, o vencedor mudou de lado e ao invés da dúvida alemã se a bola entrou ou não "entrou" a polêmica inglesa de lamentação por falta de tecnologia para arbitragem.

Argentina* 3 x 1 México - Ofensivos e empatados em golaços, argentinos receberam dois presentes para vitória diante dos mexicanos. (Veja os gols)
A equipe mexicana foi superior nos primeiros minutos do primeiro tempo. Apesar da pressão, o máximo que os mexicanos "conquistaram" foi uma bola na trave. Pouco depois, Tevez conquistou, de forma irregular, o primeiro gol do jogo. O atacante argentino estava em posição de impedimento. Ainda no primeiro tempo, o zagueiro Osório ficou em posição constrangimento. O atleta do México errou passe na defesa deiaxando Hinguaín livre para ampliar. No segundo tempo, o México voltou a impor bom futebol, mas, aos 7, Tevez marcou um golaço. De honra e de "gratificação" depois de assistir os presentes do primeiro tempo, Hernandez fez um golaço para os mexicanos.

Holanda* 2 x 1 Eslováquia - Recuperado, Robben se tornou a "Cereja da Laranja". (Veja melhores momentos)
O canhoto atacante ganhou titularidade e turbinou a Holanda ao lado de Sneidjer. Robben marcou o primeiro gol dele em Copa no primeiro tempo e exigiu muito do goleiro Murcha para evitar uma goleada ainda na primeira etapa. No segundo tempo, Robben saiu, por cansaço. A Holanda ampliou, mas ainda se assustou no finalzinho ao sofrer um gol de pênalti. No final, o susto sofrido é pouco para o medo que impõe aos adversários. A Laranja não jogou doce como em 1974, mas melhorou seu gosto nesta Copa.

Brasil* 3 x 0 Chile - Sem surpresas, o Chile confirmou "freguesismo". (Veja os gols)
A equipe comandada por Marcelo Bielsa foi ofensiva, mas pouco ofendeu a defesa brasileira. O país andino confirmou o prejuízo total de enfrentar o Brasil nos últimos quatro anos, completando a quinta derrota no quinto jogo. Nos minutos iniciais, o Chile tentou animar o jogo que ficou chato na metade do primeiro tempo. Ao abrir o placar aos 34, o Brasil aproveitou vacilo tático do adversário para ampliar ainda na primeira etapa. No segundo tempo, foi questão de tempo e de um gol solitário.

Paraguai* 0 (5) x (3) 0 Japão - Depois de jogo fraco, Paraguai mostra força nos pênaltis. (Veja matéria)
Durante os 90 minutos forma poucas chances de gol criadas por ambas equipes. Na prorrogação, pouca coisa mudou. O Japão, que passou o tempo regulamentar na retranca ainda assustou os paraguaios nos dois tempos extras. Nas cobranças de tiros livres diretos da marca penal, chamou atenção a frieza - além do clima natural... - da cobrança dos paraguaios. Sem discussões, o treiandor Gerardo Martino mostrou competência ao trabalhar o lado psicológico dos atletas.

Espanha* 1 x 0 Portugal - Espanha joga melhor e deixa ilusão para Lusos. (Veja o gol)
Dependendo do apagado Cristiano Ronaldo, Portugal enfrentou seleção coletivamente superior. A Espanha criou mais chances e teve maior volume de jogo. Pela bela apresentação do goleiro Eduardo, o selecionado português não sofreu um placar mais elástico. No segundo tempo, chutando duas vezes, Villa fez o único gol do jogo. O atacante Torres confirmou que está longe de voltar ao desempenho de antes da contusão.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Grupo H (A Fúria cautelosa)

Candidata ao título, a Espanha mostrou futebol bem abaixo da expectativa nesta primeira rodada. Vacilou contra os defensivos suíços, mas voltando a falar a mesma língua - espanhol-, venceu hondurenhos e chilenos.
Em nenhuma das vitórias a Fúria venceu para convencer. Estrategicamente, o desempenho pouco convincente, mas totalmente eficiente, serviu para diminuir o foco de favoritismo da Espanha. Para uma seleção que ficou marcada como a do "quase", carregar o favoritismo do início ao fim é um peso nas costas que causaria qualquer problema sério de coluna.
O Chile chegou a ameaçar a liderança espanhola, mas, no final, se conformou com uma classificação para segunda fase. No "comprido" país sul-americano, a vitória suíça sobre a Espanha deve ter deixado uma pulga atrás da orelha sobre a luta por uma das vagas.
Ao final, a Suíça tropeçou na fragilidade ofensiva e Honduras em algumas outras fragilidades.

  • Classificados: Espanha e Chile.
  • Rei do grupo: David Vila, atacante da Espanha. Marcou gols decisivos nas duas vitórias espanholas.
  • Gol do Grupo: David Vila contra o Chile. Em jogo decisivo, o atacante mostrou verdadeiro oportunismo.
  • Deu com os burros nágua: Suíça. O selecionado suíço começou desbancando a temível Espanha, mas no final voltou para casa mais cedo.
  • Pergunta ao José: Onde esteve o atacante Fernando Torres? Ainda se recuperando de contusão?
  • Calo que não cala: A Suíça entrou na Copa mostrando muita preocupação defensiva... saiu da Copa lamentando pontaria ofensiva.
  • Curiosidade que não mata: Apenas uma vez a seleção derrotada fez gol. O Chile perdeu de 2 a 1 para a Espanha.
Honduras 0 x 1 Chile - Ofensivo, o Chile aproveitou apenas uma chance, de várias, que foi decisiva. (Veja matéria)
A seleção de Honduras não apresentou bom futebol, facilitando a vida dos chilenos. Ainda no primeiro tempo, La Roja abriu o placar. No segundo tempo, os sul-americanos cansaram de perder gols e o goleiro Claudio Bravo cansou de apenas assistir ao jogo.

Espanha 0 x 1 Suíça - No continente dos Leões, espanhóis viram a zebra furiosa. (Veja matéria)
Jogando bem, os espanhóis erraram nas finalizações e se desesperaram com gol "achado" dos suíços. Na primeira etapa, a Espanha ficou na base do "quase". A Fúria tentou não se irritar com a retranca mais detalhista que mecanismo de relógio suíço. No início do segundo tempo, as coisas se complicaram para os espanhóis quando a Suíça abriu o placar. Na base do abafa, o time vermelho não venceu e acendeu a luz amarela para não voltar a tropeçar.

Chile 1 x 0 Suíça - Gol irregular quebrou retranca e tabu suíço. (Veja matéria)
A Suíça estava a mais de 500 minutos sem sofrer gols. No jogo contra o Chile, foi adodato novamente o esquema ferrolho. Aos 30 minutos, com um menos, a Suíça planejava o mesmo esquema de contra-ataque que deu certo na vitória sobre a Espanha. O Chile criou várias oportunidades, mas pecou feio nas finalizações. O gol chileno foi irregalar, mas o árbrito turco nem chegou a ver pênalti existente em Valdívia.


Espanha 2 x 0 Honduras - Controlada, a Fúria suspirou. (Veja os gols)
O atacante David Villa marcou os dois gols dos espanhóis e ainda desperdiçou uma cobrança de pênalti. Apesar de ser um jogo traquilo para os europeus, a Espanha não mostrou continuidade de bom futebol durante toda a partida. O placar de 2 a 0 foi construído mais pela fragilidade técnica da seleção hondurenha.

Chile 1 x 2 Espanha - Falha de Bravo abriu caminho da Fúria. (Veja melhores momentos)
Sem apresentar o grande futebol esperado, a Espanha aproveitou erros do adversário para conquistar a classificação e sequente primeira colocação no grupo. Em momento de ataques chilenos, Valdívia brincou, perdeu a bola, a Espanha armou contra-ataque, o goleiro chileno Bravo se afobou ao sair de carrinho em lance de mediano perigo e Vila trabalhou... 1 a 0. Pouco minutos depois, Iniesta, livre, ampliou. O Chile diminuiu no segundo tempo, mas se conformou com o segundo lugar pelo que mostrou em campo.

Suíça 0 x 0 Honduras - Temendo o relógio, suíços arrumam as malas junto com hondurenhos. (Veja melhores momentos)
A seleção do país europeu não aproveitou a superioridade no volume de jogo e não conseguiu derrotar Honduras. No momento em que mais foram testando ofensivamente, os atletas da Suíça decepcionaram na hora da finalização. O time parece ter apenas defensores. O chocolate suíço foi exageradament amargo.

domingo, 18 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Grupo G (A Porta da Esperança)

Enfrentar a Coréia do Norte foi a chave para a lutar pela classificação no Grupo G. Confirmando as expectativas pessimistas, o time asiático perdeu todos os jogos no "Grupo da Morte". Na teoria, perder pontos para o time vermelho seria como acender uma luz ainda mais encarnada para a adversária seleção pretendente a classificação. Digamos que na prática, acabou sendo assim mesmo...
No aperto, o Brasil pegou a primeira chave, que coube perfeitamente na rodada final. O susto que a seleção canarinho sofreu na estréia se transformou em tranquilidade e até monotonia em um chato jogo contra Portugal.
Na "desvantagem" de pontos, Portugal pegou a chave para classificação cheia de gana e ansiedade. Goleou a Coréia do Norte por um massacrante 7 a 0 e jogou toda surpresa da última chave para a Costa do Marfim. Depois de perder dois pontos para os lusos e três para os brasileiros, ficou difícil para os africanos abrirem a porta da segunda fase... é que a chave luso-brasileira da última rodada não tinha segredo. Pareceu jogo de cumpadre. Não diríamos que foi um pacto colonial, mas não pareceu coisa boa.
  • Classificados: Brasil e Portugal.
  • Rei do Grupo: Gilberto Silva, volante do Brasil. Incrível como um jogador que estava tão apagado tenha feito jogos tão regulares, acima da instabilidade de muitas estrelas.
  • Gol do Grupo: Maicon, lateral do Brasil, contra a Coréia do Norte. O camisa 2 fez um gol "olímpico em movimento", abrindo o caminho da canarinho na estréia.
  • Deu com os burros nágua: Coréia do Norte. Apesar da derrota na estréia, ganhou moral ao assustar o Brasil. Na segunda rodada, usou mais de uma mão para contar os gols sofridos.
  • Pergunta ao José: Árbitro francês Stephanne Lannoy, ao validar o gol cheio de mãos de Luís Fabiano. O homem do apito ainda foi perguntar se camisa 9 tinha colocado o braço na bola... dá uma pena.
  • Calo que não cala: A fragildade da Costa do Marfim sem Drogba. O rendimento da equipe pôde ser medido a partir da disponibilidade do excelente atacante em campo.
  • Curiosidade do Grupo: Novamente em Grupo da Morte, a Costa do Marfim não conseguiu sobrevida na primeira fase. Em 2006, ficou para trás diante de Holanda, Argentina e Sérvia e Montenegro.

Costa do Marfim 0 x 0 Portugal - Na força, Elefantes e Seleção das Quinas passaram em branco. (Veja melhores momentos).
O jogo foi marcado pelo embate físico e a passividade do árbitro uruguaio Jorge Larrionda. No primeiro tempo, houve apenas um lance empolgante. Cristiano Ronaldo fez um finta e mandou uma bomba que explodiu na trave... mas que deixou apenas o autor "ferido"... ao lamentar. No segundo tempo, os africanos deixaram um pouco de lado a postura defensiva e os dois goleiros trabalharam um pouco mais. Se recuperando de contusão, Drogba entrou no decorrer do jogo, mas faltou ritmo.

Brasil 2 x 1 Coréia do Norte - Por pouco o voo Canarinho não terminou em queda... ou tropeço. (Veja os gols)
Mesmo jogando mal, o Brasil conquistou o três ponto na estréia. Se não fossem os três dedos de Maicon, diríamos que até literalmente os bons ventos estavam soprando a favor da seleção brasileira. No segundo gol, Elano e Robinho lembraram o futebol da época do Santos. No segundo tempo, não teve "santo" que marcasse o terceiro gol do Brasil. Os norte-coreanos diminuíram o placar e assustaram quando diante de uma canarinha começou a bater cabeça ao invés das asas.

Brasil 3 x 1 Costa do Marfim Trocando as mãos pelos pés, Brasil passa pela Costa e fica de barriga cheia. (Veja melhores momentos)
Marcando até gol com dois toques de mão, o Brasil garantiu vaga nas oitavas. Jogando melhor que na estréia, o Brasil conquistou, parcialmente, um placar de três a zero. Luís Fabiano marcou os dois primeiros - dois belos gols. No segundo, o camisa 9 utilizou a mão duas vezes. Queimando a própria imagem, o árbitro francês Stephane Lannoy ainda foi perguntar ao autor cheio da mãos se ouve irregularidades... em casa, vendo o VT, o árbitro deve ter levado as duas mãos ao rosto. Drogba, recuperado, deixou sua marca. Kaká, interpretando um bad boy, foi expulso. Elano também saiu mais cedo... para o departamento médico.

Portugal 7 x 0 Coréia do Norte - A Coréia tentou jogar e deixou os Lusos jogarem. (Veja melhores momentos)
Com diferente postura da estréia, a Coréia do Norte não se portou defensivamente. No primeiro tempo, houve equil[ibrio, mesmo que o placar já indicasse 1 a 0 a favor dos portugueses. No segundo tempo, foram meia dúzia de gol. Ou seja, na etapa complementar a rede do arqueiro coreano balançou a cada 7 minutos e trinta segundos, em média. O treinador Carlos Queiroz alterou a escalação titular do time de estréia e deu certo.

Portugal 0 x 0 Brasil - Bagunçados, brasileiros e lusos arrumaram vaga nas oitavas. (Veja matéria)
As duas equipes entraram em campo pensando primeiramente em não perder. Em jogo de poucas emoções, o Brasil teve bastante posse de bola, mas não soube ultrapassar retranca adversária. Os zagueiros de camisa amarela colaram no atacante com cara de choro, Cristiano Ronaldo. Aparentemente, não foi um jogo de cumpadre, nem mesmo um pacto colonial, mas não foi algo bonito de se ver.

Coréia do Norte 0 x 3 Costa do Marfim - Vitória da Costa não mandou os africanos para frente. (Veja melhores momentos)
Tarde, a Costa do Marfim apresentou belo futebol. Com muita posse de bola, os marfinenses dominaram a partida que acabou ficando sem interesse por causa do insistente placar entre Brasil e Portugal. A Costa do Marfim torceu pelo Brasil e esperava golear por mais gol para sonhar com vaga nas oitavas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Grupo F (Anos-luz e lanterna)

Este foi o grupo com mais empates. Ou seja, foi também o grupo com menor número de pontos conquistados. Em nome de jogadores, a Itália 2010 não mudou muito da equipe de 2006. Neste ano, a Azurra esteve anos-luz de distância da última equipe que disputou a Copa na Alemanha. Na brincadeira de anos-luz, decepcionou mesmo ao ficar na lanterna.
O Paraguai soube jogar e pontuar no desespero alheio. Mas a equipe tem qualidade, além de ser comandada por um treinador bastante eficiente. Analisando os adversários, a primeira colocação paraguaia é algo indiscutível.
A Nova Zelândia parece ter lido a mensagem sobre fiado para mulher bonita em barraca de feira. A famosa "não paga, mas não leva". Na estréia em Copas, os neozeolandeses estiveram invictos, mas também no jejum. Foram três empates.
Aproveitando as indefinições, a Eslováquia fez seu papel, após derrubar "madeiras pesadas" nas Eliminatórias da Europa.
Na última rodada, Paraguaios e italianos protagonizaram personagens de alguma ópera. Enquanto os sul-americanos, frios, calculistas, foram tenores em momentos de lirismo pré-classificação; os latinos-europeus, desesperados, carregavam o peso dos graves, anunciando a música da desclassificação.

  • Classificados: Paraguai e Eslováquia.
  • Rei do Grupo: Gerardo Martino, treinador do Paraguai. Comanda uma boa equipe, mas jogou com o regulamento do lado e os atletas reagiram bem taticamente e psicologicamente;
  • Gol do grupo: Kopunek, meia da Eslováquia, contra a Itália. O atleta deu seu primeiro toque na bola para fazer o gol da vitória e classificação da Eslováquia.
  • Deu com os burros nágua: Itália. A desclassificação da Azurra foi pior que qualquer surra. Em grupo de baixa média de nível técnico, os campeões de 2006 pensam, de forma prematura, na próxima Copa.
  • Pergunta ao José: Nova Zelândia. Comemorou a façanha de invencibilidade, mas diante de tantos deslizes e desesperos dos adversários, não custava muito tentar algo melhor.
  • Calo que não cala: Treinador Marcelo Lippi, da Itália. Na ausência de Pirlo, não conseguiu armar um meio-campo criativo.
  • Curiosidade que não mata: A campaha bisonha dos italianos quebrou tabu. Pela primeira a Azurra passou em branco ao disputar uma Copa do Mundo.
Itália 1 x 1 Paraguai - Jogo aéreo garantiu igualdade da Azurra dos Guaranis. (Veja melhores momentos)
O zagueiro Alcaraz e o volante De Rossi aproveitaram jogadas de bolas aéreas e marcaram os gols de suas respectivas seleções. No primeiro tempo, jogando defensivamente, o time paraguaio aproveitou chance quando o jogo estava menos desigual. No segundo tempo, De Rossi mandou a bola no mesmo lugar, na mesma barra do primeiro gol do jogo ao empatar. A Itália criou as melhores chances no decorrer do jogo, mas ficou na igualdade do placar.

Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia - Os adjetivos irregulares e duvidosos se concretizaram em gols. (Veja os gols)
Em partida fraca, falharam neozelandeses, eslovacos, sul-africanos e ruândes. Os 25 ocupantes do estádio Royal Bafokeng deram suas deslizadas. O gol eslovaco foi irregular por causa da posição de impedimento, fora outros erros do trio de arbitragem composto por dois sulafricanos e um ruandês. Em campo, os atletas das duas equipes cometaram lances bisonhos. Para não deixar dúvidas sobre o fraco "equilíbrio" do espetáculo, o gol de empate foi marcado através de posição duvidosa.

Eslováquia 0 x 2 Paraguai - Tranquilos, Paraguaios sufocaram eslovacos. (Veja os gols)
Mudando a postura tática do jogo de estréia, o Paraguai foi ofensivo e não ofereceu chances aos eslovacos. Com um bom presságio, Vera, de três dedos, deu o pontapé inicial na pretenção de conquista de três pontos para os sul-americanos. Errando na construção de contra-ataques, os eslovacos assistiram um adversário que, no segundo tempo, diminuiu o ritmo, mas ampliou o placar.


Itália 1 x 1 Nova Zelândia - Afobada, a Azurra fica apavorada. (Veja os gols)
Sem criatividade, a Itália não teve como utilizar superioridade técnica. Ainda no primeiro tempo, o atacente Smelt da Nova Zelândia aproveitou sua única oportunidade no jogo. Na pressão, e com mais posse de bola, os italianos empataram ainda no primeiro tempo. Iaquinta converteu pênalti em bobagem neozelandesa. Correndo contra o tempo, os italianos não se concentraram na hora da criação e finalização, desperdiçando a diferença técnica entre as duas equipes.

Eslováquia 3 x 2 Itália - Mamma mia! (Veja melhores momentos)
Jogando melhor, a modesta Eslováquia construiu, com méritos, a vitória. No primeiro tempo, a Itália não produziu nada, e ainda por cima, De Rossi deu um belo presente para a Eslováquia abrir o placar. Adiante, no segundo tempo, o time do leste europeu ampliou. Os italianos reagiram, mas lamentaram o terceiro gol com poucos minutos. Suando e sonhando, a Azurra diminuiu. Voltou para casa, chegou ao pesadelo.

Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia - Suficiente, o Paraguai confirmou situação de mais eficiente. (Veja os melhores momentos)
Um jogo sem medos. O Paraguai pouco atacou, mas poquíssimo sofreu ataque. O time sul-americano soube ditar o ritmo da partida e garantir o satisfatório empate. Mesmo errando alguns passes, o Paraguai anulou o esquema de contra-ataques da Nova Zelândia. Para a Nova Zelândia, não perder na Copa serve de consolo para equipe que na chave ficou a frente da badalada Itália.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Grupo E (Laranja fria)

A Laranja não esteve tão doce. O tradicional futebol bonito e ofensivo da Holanda. Hoje, o Carrossel só tem rodado mesmo nos filmes de audiovisual. Apesar da diferença de beleza futebolística na comparação nostálgica, o Carrossel mostrou que não pretende continuar a andar em círculos. A Laranja segue um caminho reto e objetivo de resultados. Quem sabe não é a vez dos holandeses mostrarem a "beleza do resultado"?
Comendo pelas beiradas, os japoneses foram espertos ao derrubarem Camarões, segurarem a onda do saldo de gol diante da Holanda e serem decisivos contra a concorrência dinamarquesa.
A grande decepção do grupo foi Camarões. O time não era dos melhores, mas o fator de jogar no continente não deu um empurrãozinho a seleção africana.

Classificados: Holanda e Japão.

Rei do Grupo: Honda, meia do Japão. Apesar de não apresentar um futebol de encher os olhos... foi decisivo na classificação. Marcou o único gol da vitória na estréia, lutou contra a Laranja e foi o melhor em campo contra a Noruega.
Gol do grupo: Honda, meia do Japão, contra a Dinamarca. Honda abriu o caminho para a classificação nipônica em chute longa distância.
Deu com os burros nágua: Dinamarca. A seleção do país nórdico esteve perto de manter a escrita de passar sempre da primeira fase... mas teve mesmo foi a primeira vez.
Pergunta ao José: Eto'o, atacante de Camarões. Falou sobre possíveis vantagens do africanos na primeira Copa neste continente. Os Leões indomáveis não tiveram apetite.
Calo que não cala: Polsen, lateral-esquerdo da Dinamarca. Falhou feio nos dois primeiros jogo... jogou bem no último, mas era tarde demais.
Curiosidade do grupo: Pela primeira vez das três edições que participou das Copas, a Dinamarca ficou para trás na primeira fase.


Holanda 2 x 0 Dinamarca - Sem espremer, a Laranja deu caldo para a aguardada classificação. (Veja melhores momentos)
Talvez pensando em 1974, na primeira etapa, a Holanda apresentou tontura de quem pasou vários anos em carrossel. Na segunda etapa, a Dinamarca, que criou as melhores chances de gol nos 45 minutos iniciais, deu uma forcinha para arrumar a Laranja. No primeiro minuto, o defensor Poulsen se enrolou todo ao brincar com lei de ação e reação com o também defensor Agger, e marcar contra a própria meta. Depois, Kuyt ampliou em chance que seria difícil perder até se não quisesse.

Japão 1 x 0 Camarões - Honda inicia arrancada nipônica. (Veja melhores momentos)
Em jogo fraco tecnicamente, o meia Honda deixou o veloz Eto'o para trás na briga por vaga na segunda fase. O único gol da partida foi fruto de oportunismo de alguém que estava de olhos bem abertos na área. No segundo tempo, na desvantagem, os africanos foram mais ofensivos, mas pouco perigosos. O jogo foi um exemplo de falta de criatividade futebolística.


Camarões 1 x 2 Dinamarca - De virada, o Salmão afogou Camarões. (Veja melhores momentos)
Em jogo emocionante, os derrotados da estréia criaram ótimas chances e realizaram um jogo de muita tática e disposição física. Apesar das boas atuações, os europeus bateram cabeça algumas vezes na defesa. Aproveitando falha, justamente do defensor Polsen, Eto'o abriu o placar. Ainda na primeira etapa, a bela troca de passe dinamarquesa se transformou em empate. No segundo, a Dinamarca aproveitou novamente. Camarões não merecia perder, a Dinamarca também não.

Holanda 1 x 0 Japão - Kawashima não entendeu Jabulani. (Veja melhores momentos)
Ainda discreta, a Holanda não apresentou muito futebol na primeira etapa. Mas, no segundo tempo, Sneijder mediou a apresentação da Jabulani ao goleiro Kawashima. A redonda enganou Kawashima em cima do lance. Com o braço esquerdo, o arqueiro japonês deu uma tacada de beisebol contra a própria meta. O time nipônico apenas se defendeu no jogo.

Dinamarca 1 x 3 Japão - De falta, os japoneses fizeram sobra no placar. (Veja os gols)
Inspirados em cobranças de faltas, o time oriental abriu dois gols de vantagem ainda no primeiro tempo. Honda e Endo marcaram belos gols em tiros livres diretos. Faltando pouco mais de 10 minutos para o final do jogo, o veterano Tomasson assutou os japoneses ao dominuir o placar em rebote de pênalti. Aos 43, da etapa complementar, Okazaki decretou a folga no placar e a vaga nas oitavas.

Camarões 1 x 2 Holanda - Sem esquentar, a Laranja manteve 100 por cento. (Veja melhores momentos)
A Holanda ainda não mostrou todo o futebol esperado, mas não perdeu tempo na pontuação. Jogando apenas o "suficiente", os europeus bateram Camarões, que se despediu da Copa. Van Persie abriu o placar. de pênalti, Eto'o marcou o único gol dele na Copa, ao empatar. No segundo tempo, com a entrada de Robben, recuperado de contusão, os holandeses ampliaram e encerraram suas apresentações nesta fase.