segunda-feira, 26 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Oitavas de final (Quatro sul-americanos nas quartas)

A cada dois jogos nesta oitavas de final, um país sulamericano se classificou. Ou seja, quatro era o número máximo de países da América do Sul possíveis na próxima fase. Dos cinco jogos, houve um confronto direto entre chilenos e brasileiros, mantendo a escrita - sem borrões - de vantagem canarinha dos últimos jogos. Uruguaios venceram na raça; argentinos no oportunismo; paraguaios na paciência.
A seleção que chamou mais atenção foi a Alemanha. Os germânicos aplicaram uma sonora goleada - tão sonora que causou eco em 1966. Gana mostrou mais folêgo que os estadunidenses e merecidamente permaneceu representando os africanos.
Discretos, mas como sempre perigosas, as seleções de Holanda e Espanha fizeram bem seus papéis ao confirmar o favoritismo.

Uruguai* 2 x 1 Coréia do Sul - Na chuva, Suárez brilhou mais que relâmpago. (Veja melhores momentos)
Na nublada tarde sul-africana, a Celeste reabriu seus horizontes ao voltar a disputar quartas de final depois de 40 anos. No primeiro tempo, a estratégia dos contra-ataques funcionou perfeitamente. Aos 8, Fórlan cruzou da esquerda e Suárez, livre, abriu o placar. No decorres dos primeiros 45 minutos, o time oriental ficou perdido em campo. No segundo tempo, a Coréia melhorou e empatou. Mas sofreu a virada em novo gol de Suárez. Aliás, um golaço.

Estados Unidos 1 x 2 Gana* - Gana foi mais forte que o símbolo da força do capitalismo. (Veja melhores momentos)
O time ganês se garantiu novamente como representante solitário da África. Aproveitando falha do meia Clark, Gana abriu o placar logo aos 5 minutos. Após muita correria e poucas chances de gols, o empate estadunidense saiu aos 17 minuto da etapa complementar. Na prorrogação, no finalzinho do primeiro tempo, Gyan ganhou na força contra Bocanegra - que não pôde nem reclamar - para fazer o gol da vitória.

Alemanha* 4 x 1 Inglaterra - Filme da sessão retrô 1966 teve final alterado. (Veja matéria)
No novo roteiro, o ator principal deixou de ser a dúvida para a entrada da polêmica. A Alemanha iniciou a partida de forma fuminante. Pelas aparências, a Inglaterra batia cabeça e caminhava - como aconteceu - para o destino de sofrer uma goleada. Mas após gols de Klose e Podolski, os súditos da rainha ergueram a cabeça... ergueram tanto que uma bola de um bocado de metro de altura bateu na cabeça de Upson para acordar os ingleses ao diminuir o placar. Porém, alguem continuava dormindo em campo. Incendiados, os britânicos empataram através de chute de Lampard que avançou a linha uns quatro pés de beque inglês ou alemão. O árbitro Larrionda e seu assistente não viram nada. No segundo tempo, a Alemanha acertou contra-ataques mortais e marcou mais dois. No remake da final da Copa de 1966, o vencedor mudou de lado e ao invés da dúvida alemã se a bola entrou ou não "entrou" a polêmica inglesa de lamentação por falta de tecnologia para arbitragem.

Argentina* 3 x 1 México - Ofensivos e empatados em golaços, argentinos receberam dois presentes para vitória diante dos mexicanos. (Veja os gols)
A equipe mexicana foi superior nos primeiros minutos do primeiro tempo. Apesar da pressão, o máximo que os mexicanos "conquistaram" foi uma bola na trave. Pouco depois, Tevez conquistou, de forma irregular, o primeiro gol do jogo. O atacante argentino estava em posição de impedimento. Ainda no primeiro tempo, o zagueiro Osório ficou em posição constrangimento. O atleta do México errou passe na defesa deiaxando Hinguaín livre para ampliar. No segundo tempo, o México voltou a impor bom futebol, mas, aos 7, Tevez marcou um golaço. De honra e de "gratificação" depois de assistir os presentes do primeiro tempo, Hernandez fez um golaço para os mexicanos.

Holanda* 2 x 1 Eslováquia - Recuperado, Robben se tornou a "Cereja da Laranja". (Veja melhores momentos)
O canhoto atacante ganhou titularidade e turbinou a Holanda ao lado de Sneidjer. Robben marcou o primeiro gol dele em Copa no primeiro tempo e exigiu muito do goleiro Murcha para evitar uma goleada ainda na primeira etapa. No segundo tempo, Robben saiu, por cansaço. A Holanda ampliou, mas ainda se assustou no finalzinho ao sofrer um gol de pênalti. No final, o susto sofrido é pouco para o medo que impõe aos adversários. A Laranja não jogou doce como em 1974, mas melhorou seu gosto nesta Copa.

Brasil* 3 x 0 Chile - Sem surpresas, o Chile confirmou "freguesismo". (Veja os gols)
A equipe comandada por Marcelo Bielsa foi ofensiva, mas pouco ofendeu a defesa brasileira. O país andino confirmou o prejuízo total de enfrentar o Brasil nos últimos quatro anos, completando a quinta derrota no quinto jogo. Nos minutos iniciais, o Chile tentou animar o jogo que ficou chato na metade do primeiro tempo. Ao abrir o placar aos 34, o Brasil aproveitou vacilo tático do adversário para ampliar ainda na primeira etapa. No segundo tempo, foi questão de tempo e de um gol solitário.

Paraguai* 0 (5) x (3) 0 Japão - Depois de jogo fraco, Paraguai mostra força nos pênaltis. (Veja matéria)
Durante os 90 minutos forma poucas chances de gol criadas por ambas equipes. Na prorrogação, pouca coisa mudou. O Japão, que passou o tempo regulamentar na retranca ainda assustou os paraguaios nos dois tempos extras. Nas cobranças de tiros livres diretos da marca penal, chamou atenção a frieza - além do clima natural... - da cobrança dos paraguaios. Sem discussões, o treiandor Gerardo Martino mostrou competência ao trabalhar o lado psicológico dos atletas.

Espanha* 1 x 0 Portugal - Espanha joga melhor e deixa ilusão para Lusos. (Veja o gol)
Dependendo do apagado Cristiano Ronaldo, Portugal enfrentou seleção coletivamente superior. A Espanha criou mais chances e teve maior volume de jogo. Pela bela apresentação do goleiro Eduardo, o selecionado português não sofreu um placar mais elástico. No segundo tempo, chutando duas vezes, Villa fez o único gol do jogo. O atacante Torres confirmou que está longe de voltar ao desempenho de antes da contusão.

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