sexta-feira, 9 de julho de 2010

Copa do Mundo 2010 - Grupo F (Anos-luz e lanterna)

Este foi o grupo com mais empates. Ou seja, foi também o grupo com menor número de pontos conquistados. Em nome de jogadores, a Itália 2010 não mudou muito da equipe de 2006. Neste ano, a Azurra esteve anos-luz de distância da última equipe que disputou a Copa na Alemanha. Na brincadeira de anos-luz, decepcionou mesmo ao ficar na lanterna.
O Paraguai soube jogar e pontuar no desespero alheio. Mas a equipe tem qualidade, além de ser comandada por um treinador bastante eficiente. Analisando os adversários, a primeira colocação paraguaia é algo indiscutível.
A Nova Zelândia parece ter lido a mensagem sobre fiado para mulher bonita em barraca de feira. A famosa "não paga, mas não leva". Na estréia em Copas, os neozeolandeses estiveram invictos, mas também no jejum. Foram três empates.
Aproveitando as indefinições, a Eslováquia fez seu papel, após derrubar "madeiras pesadas" nas Eliminatórias da Europa.
Na última rodada, Paraguaios e italianos protagonizaram personagens de alguma ópera. Enquanto os sul-americanos, frios, calculistas, foram tenores em momentos de lirismo pré-classificação; os latinos-europeus, desesperados, carregavam o peso dos graves, anunciando a música da desclassificação.

  • Classificados: Paraguai e Eslováquia.
  • Rei do Grupo: Gerardo Martino, treinador do Paraguai. Comanda uma boa equipe, mas jogou com o regulamento do lado e os atletas reagiram bem taticamente e psicologicamente;
  • Gol do grupo: Kopunek, meia da Eslováquia, contra a Itália. O atleta deu seu primeiro toque na bola para fazer o gol da vitória e classificação da Eslováquia.
  • Deu com os burros nágua: Itália. A desclassificação da Azurra foi pior que qualquer surra. Em grupo de baixa média de nível técnico, os campeões de 2006 pensam, de forma prematura, na próxima Copa.
  • Pergunta ao José: Nova Zelândia. Comemorou a façanha de invencibilidade, mas diante de tantos deslizes e desesperos dos adversários, não custava muito tentar algo melhor.
  • Calo que não cala: Treinador Marcelo Lippi, da Itália. Na ausência de Pirlo, não conseguiu armar um meio-campo criativo.
  • Curiosidade que não mata: A campaha bisonha dos italianos quebrou tabu. Pela primeira a Azurra passou em branco ao disputar uma Copa do Mundo.
Itália 1 x 1 Paraguai - Jogo aéreo garantiu igualdade da Azurra dos Guaranis. (Veja melhores momentos)
O zagueiro Alcaraz e o volante De Rossi aproveitaram jogadas de bolas aéreas e marcaram os gols de suas respectivas seleções. No primeiro tempo, jogando defensivamente, o time paraguaio aproveitou chance quando o jogo estava menos desigual. No segundo tempo, De Rossi mandou a bola no mesmo lugar, na mesma barra do primeiro gol do jogo ao empatar. A Itália criou as melhores chances no decorrer do jogo, mas ficou na igualdade do placar.

Nova Zelândia 1 x 1 Eslováquia - Os adjetivos irregulares e duvidosos se concretizaram em gols. (Veja os gols)
Em partida fraca, falharam neozelandeses, eslovacos, sul-africanos e ruândes. Os 25 ocupantes do estádio Royal Bafokeng deram suas deslizadas. O gol eslovaco foi irregular por causa da posição de impedimento, fora outros erros do trio de arbitragem composto por dois sulafricanos e um ruandês. Em campo, os atletas das duas equipes cometaram lances bisonhos. Para não deixar dúvidas sobre o fraco "equilíbrio" do espetáculo, o gol de empate foi marcado através de posição duvidosa.

Eslováquia 0 x 2 Paraguai - Tranquilos, Paraguaios sufocaram eslovacos. (Veja os gols)
Mudando a postura tática do jogo de estréia, o Paraguai foi ofensivo e não ofereceu chances aos eslovacos. Com um bom presságio, Vera, de três dedos, deu o pontapé inicial na pretenção de conquista de três pontos para os sul-americanos. Errando na construção de contra-ataques, os eslovacos assistiram um adversário que, no segundo tempo, diminuiu o ritmo, mas ampliou o placar.


Itália 1 x 1 Nova Zelândia - Afobada, a Azurra fica apavorada. (Veja os gols)
Sem criatividade, a Itália não teve como utilizar superioridade técnica. Ainda no primeiro tempo, o atacente Smelt da Nova Zelândia aproveitou sua única oportunidade no jogo. Na pressão, e com mais posse de bola, os italianos empataram ainda no primeiro tempo. Iaquinta converteu pênalti em bobagem neozelandesa. Correndo contra o tempo, os italianos não se concentraram na hora da criação e finalização, desperdiçando a diferença técnica entre as duas equipes.

Eslováquia 3 x 2 Itália - Mamma mia! (Veja melhores momentos)
Jogando melhor, a modesta Eslováquia construiu, com méritos, a vitória. No primeiro tempo, a Itália não produziu nada, e ainda por cima, De Rossi deu um belo presente para a Eslováquia abrir o placar. Adiante, no segundo tempo, o time do leste europeu ampliou. Os italianos reagiram, mas lamentaram o terceiro gol com poucos minutos. Suando e sonhando, a Azurra diminuiu. Voltou para casa, chegou ao pesadelo.

Paraguai 0 x 0 Nova Zelândia - Suficiente, o Paraguai confirmou situação de mais eficiente. (Veja os melhores momentos)
Um jogo sem medos. O Paraguai pouco atacou, mas poquíssimo sofreu ataque. O time sul-americano soube ditar o ritmo da partida e garantir o satisfatório empate. Mesmo errando alguns passes, o Paraguai anulou o esquema de contra-ataques da Nova Zelândia. Para a Nova Zelândia, não perder na Copa serve de consolo para equipe que na chave ficou a frente da badalada Itália.

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