Se houvesse uma pesquisa de opinião com frequentadores de estádios de futebol, a grande maioria definiria torcidas organizadas como violentas. Opinião, claro, de pessoas não-filiadas. Por outro lado, torcedores das organizadas alegam estigma negativo, negando, algumas vezes, participação direta e deliberada das organizações. Desta forma, fica a dificuldade de definir o foco exato do problema. Seriam grupos independentes apenas travestidos de integrante de organizadas ou sub-grupos das próprias organizadas?
Responder este questionamento é importante para saber por onde o Estado e a civilidade devem atuar para evitar, inclusive, que pessoas que nem gostem de futebol sejam vítimas da violência.
Cadastrar integrantes das torcidas organizadas, ação em andamento no Estado de São Paulo e em estudo em Pernambuco, pode ser interessante para definir "quem é quem" nos problemas. Mas, infelizmente devem aparecer brechas como: no meio de um tumulto ser impossível indentificar através de carteirinha, falsificações, dentre outros.
Lendo matéria publicada no Jornal do Commercio de hoje, considero interessante a proposta do representante da Inferno Coral em reunião com MPPE. De acordo com o torcedor coral, o Batalhão de Choque da Polícia Militar poderia reter as torcidas organizadas enquantos os demais deixariam o estádio. Ou seja, demarcar quem é realmente da torcida e quem apenas veste da organizada.
No meio dos infâmes bang-bangues que intristecem a alegria do futebol nacional, é difícil achar mocinhos. O problema é bem maior que simples análises superficiais e emergencias. Vez por outra, vemos "xerifes fora-da-lei" (da constituição de 88 mesmo!), "delegados" mais preocupado em achar as moedas de ouro e uma grande parte da população distante, apenas se escondendo e temendo uma bala perdida.
Precisamos saber quem exatamente prefere brigas de rua à espetáculos de futebol. Valendo o exemplo para todos os grandes times do país, não há importancia se um indivíduo usa a camisa do Santa ou da Inferno Coral. Claro, no assunto segurança pública, importa o que tal indivíduo possa fazer contra outros e contra o patrimônio público.
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