segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Pernambucano 10 - 11ª rodada (O Clássico dos clássicos sem classe)

O empate no Clássico dos clássico facilitou equilíbrio na classificação da simbólica primeira fase do Pernambucano 2010. Na 11ª rodada a maior diferença de pontos é de apenas três. Ou seja, nenhuma equipe tem gordura. Nas próximas rodadas o sobe e desce tende a ser maior que crianças brincando em gangorra. O jogo na Ilha do Retiro foi ruim e com fraca arbitragem. A queda de divisão de Sport e Náutico mostrou nível ainda mais fraco que os sacos de pancada do ano passado. O saco ainda mais "estragado" - pelas várias quedas de divisão -,chamado Santa Cruz ganhou até uma forma mais arrumada ao voltar a figurar no G-4. O Tricolor do Arruda não deu viagem perdida para o Sertão. O time comandado por Dado Cavalcante quebrou a invencibilidade do Salgueiro no Cornélio de Barros. A Cobra Coral ainda "quebrou" o Carcará na qualificação. Ao assumir vaga entre os quatro primeiros, o Santa afastou o time Salgueiro da briga por vaga nas semifinais.

O maior destaque do campeonato é a Cabense. Com a vice-liderança na simbólica 1ª fase do 1° turno, o Azulão não amarelou contra os rivais intermediários e jogou de igual para igual com os times da capital. Com folha salarial de 80 mil reais, a Cabense é, de longe, o melhor time no custo/benefício. Ofensiva, a Cabense é o time com maior número de vitórias até o momento, são sete triunfos.

A rodada ainda reservou a curiosidade de dois personagens que viraram a casaca e o "carrasco" dos ex-clubes. O volante Hamilton chegou a negociar renovação de contrato com o Sport, mas não obteve sucesso. No clássico, com certeza, o gol teve um gosto de recado aos gestores do Sport. Com a camisa 1 do Ypiranga, o goleiro Romero já se destacou várias vezes em edições anteriores do Pernambucano. Ao ler algum destaque como "O Salvador da Pátria" ao defender dois pênaltis, muitos poderiam ter imaginado que a bronca estaria com o Porto... não estava. Ambos são carrascos entre aspas porque apesar de serem personagens non gratos contra os ex-clubes, nem Hamilton nem Romero pôde comemorar vitória.

Destaques


  • Positivo: Cabense. Venceu mais uma e só tem um adversário na frente... são apenas dois pontos.
  • Negativo: Salgueiro. Para "esquecer" a goleada sofrida na semana passada, o Carcará jogou mal e perdeu em casa para o Santa.
  • Gol da rodada: Hamilton, volante do Náutico. Não fez um belo gol, mas deu moral ao time alvirrubro e sorriu contra o ex-time.
  • Deu com os burros nágua: Central. Jogando em casa, a Patativa contava os pontos contra o Central... teve que contar o ponto, no singular mesmo.
  • Rei da rodada: Romero, goleiro do Porto. Pegou dois pênalti e comprovou a ingratidão de ser goleiro... não venceu.
  • Pedra na chuteira: Gestores do Sport. Viram o gol justamente de um atleta que estava para renovar com o clube.
  • Sem ter o que dizer em casa: Edu Chiquita e Rosembrick. Ambos perderam pênalti em jogo que valeria afastamento do Z-2.
  • Curiosidade que não mata: A Cabense é o time com maior número de vitórias, são sete tentos.


Porto 0 x 0 Ypiranga - Virando a casaca, Romero virou herói do Gavião. Apesar da igualdade no placar, o goleiro do Porto, ex- Ypiranga, defendeu dois pênaltis. Além de duas grandes oportunidades de gols, o Ypiranga lamentou o empate por ter um atleta a mais em campo. O volante Rodolfo Potiguar foi expulso. Edu Chiquita e Rosembrick cobraram a penalidade mandado a bola do mesmo lado, do lado esquerdo do goleiro que por muitos anos vestiu a camisa 1 do próprio Ypiranga.

Sport 1 x 1 Náutico - Sem classe, o Clássico dos clássicos terminou empatado. A queda para a Segundona afetou o nível técnico das equipes que mão realizaram boa partida. Apesar de ter maior maior volume de jogo no primeiro tempo, o Sport pouco ameaçou o goleiro Glédson. Mesmo assim, ainda na primeira etapa, Wilson aproveitou chutão de Dutra e fez o único dos rubro-negros. Na segunda estapa, o Náutico partiu para cima e Hamilton - que estava no Sport alguns meses atrás - acertou o pé em cobrança de falta fazendo o único do alvirrubro.

Vera Cruz 0 x 2 Cabense - Diante do Azulão, o Galo "piou" e baixou a crista no Z-2. Fora de casa, a Cabense venceu a terceira seguida e agora segue na vice-liderança. Vera Cruz e Cabense realizaram um jogo equilibrado no primeiro tempo. Na etapa complementar, o time comandado por Rogério Zimmerman aproveitou a expulsão do zagueiro Fábio, do time vitoriense. Aos oito, o lateral Felipe fez o primeiro gol. Aos 17, Caça Rato derrubou o Galo ao fazer o segundo gol.

Araripina 1 x 2 Vitória - Em casa, o Bode ruminou mais uma derrota. Perdendo pela sétima vez, o Araripina é o time com maior número de derrotas na competição. Depois de um primeiro tempo sem gols nem emoção, o time anfitrião abriu o placar com Jessuí, o atacante e garoto propaganda de alguma operadora de telefonia móvel. Com o revés parcial, o Vitória juntou o restante dos créditos para reverter a situação. Aos 26 minutos o meia Léo empatou. Faltando 11 minutos para o termino do tempo regulamentar, o atacante Eduardinho fez o gol que garantiu o avanço de duas posições para o Leão das Tabocas.

Central 1 x 1 Sete de Setembro - Na lanterna, o Sete, enfim, chegou aos sete. O empate fora de casa manteve o Lobo Guará na última colocação. Para o choro centralino, Neném, de cabeça, abriu o placar a favor dos visistantes. Com a expulsão do meia Diego, aos 12 do segundo tempo, a Patativa encontrou mais espaço, encontrou mais um gol, mas não encontrou uma vitória que a colocaria na briga por vaga no G-4.

Salgueiro 1 x 2 Santa Cruz - Se arrastando, a Cobra Coral manteve o ritmo de vitórias e voltou ao G-4. O Santa quebrou a invencibilidade do Salgueiro no Cornélio de Barros. Num gol "pimball" o Salgueiro abriu o placar através do atacante Siderval, aos seis minutos de jogo. O visitante dormiu no jogo até os 26 minutos quando Joélson tabelou com Elvis e ampatou o jogo. Dez minutos depois o zagueiro artilheiro Leandro Cardoso desempatou a favor dos corais. Com poucos lances de perigo no segundo tempo, o mais curioso foi a bomba na trave que a zaga salgueirense mandou na própria meta... quase que o "pimball" funcionava novamente, na mesma barra.

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