quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Pernambucano 10 - 7ª rodada (presente que maltrata o passado)

O Santa Cruz não conseguiu segurar o Sport no Clássico das Multidões e dos Tumultões. Em pleno 3 de fevereiro, dia sagrado para os corais, o Leão da Ilha não teve piedade. Além do abalo emocional, o Tricolor do Arruda caiu na classificação e, no momento, está fora do G-4.
No início do ano, no Arruda, falava-se em brigar pelo título. Posteriormente, a "prioridade" era a briga pelo G-4. Hoje, a briga é com a torcida. Só o que falta mesmo é o time ser mais guerreiro no restante da temporada.
Pelo menos nas arquibancadas, o público honrou o slogan do clássico. Porém, no acesso, alguns rubronegros tiveram problemas. Em clássico no meio da semana é mais comum chegar "em cima da hora". Aguardando a entrada, com ingressos na mão, torcedores do Sport, com razão, de forma passiva, formaram a turma do "Tumultão" na frente do Arruda. Mais um ponto negativo para a realização de clássicos no meio de semana.
No Cabo, o Náutico venceu mais um jogo pauleira. Depois de passar apertado por Santa e Araripina, o Timbú sorriu no final do jogo contra a Cabense. Confirmando o ascensão, o Náutico manteve a melhor sequencia do momento. O time de Rosa e Silva venceu a quarta partida consecultiva e se manteve na cola do líder Sport.
No interior, as duplas infernais parecem estar mudando. Porto e Ypiranga chegaram à terceira vitória consecultiva, curiosamente após trocaram de treinadores. Charles Muniz afiou as garras do Gavião e Neco engrenou a Máquina de Costura. Em contrapartida, Cabense e Salgueiro, ao mesmo tempo, esfriaram depois de um arranque poderoso no início do campeonato. Porto, Ypiranga, Cabense e Salgueiro foraram a gangorra do interior.
Outra equipe que começou em destque o campeonato pernambucano foi o Araripina. Depois de uma derrota, em casa, para a Cabense, o Bode teve outro fato que pode ter influenciado negativamente para uma queda de produtividade: o incidente com o zagueiro Edu Matos, que continua em recuperação. Nesta rodada, o Bode voltou a vencer, a vítima foi a Patativa.

Destaques
  • Positivo: Sport. Venceu o maior rival com a ingrata coincidência da data de aniversário.
  • Negativo: Santa Cruz. Perdeu clássico, em casa, justamente no aniversário... isso é presente de grego ingrato.
  • Gol da Rodada: Carlinhos Bala, atacante do Náutico. O balaço de Bala teve os dois critérios: beleza e importância.
  • Deu com os burros nágua: Gaúcho e Jackson, atacante e meia do Santa, respectivamente. A dupla veterana não conseguiu estragar a festa do ex-clube.
  • Rei da Rodada: Ciro. Infernizou o clube aniversariante da noite.
  • Pedra na chuteira: Lori Sandri. Ao perder o clássico aumentaram as especulações sobre queda no comando.
  • Sem ter o que dizer em casa: Sete de Setembro.
  • Curiosidade que não mata: Esta foi a rodada com menor número de gols até o momento. Apenas 13. Quatro equipes não balançaram a rede.


Santa Cruz 1 x 3 Sport - Buscando gordura, o Leão comeu o bolo do Arruda. No 96º aniversário coral, o Sport foi o chato penetra da "festa". No primeiro tempo, apesar das poucas oportunidades de gol para os dois lados, o placar já deixou o visitante na vantagem. Ciro marcou um belo gol. No segundo tempo, o timr rubronegro melhorou a postura. Eduardo Ramos coroou ótima participação ampliando o placar. Ciro ainda fez o terceiro. Joélson deu uma simbólica lembrancinha aos torcedores do Santa presentes no estádio. Com a camisa do Sport, Ciro marcou quatro gols em três jogos contra o Santa.


Araripina 1 x 0 Central - Na porta do Z-4, o Bode saiu da degola puxando a Patativa para dentro. Sem diminutivo no nome, Marcelo Paraíba foi o único artilheiro do jogo. O Central ainda exerceu pressão ofensiva aos donos da casa, mas não conseguiu balançar a rede e decepcionou após vencer a forte Cabense na rodada passada. O Araripina conseguiu se recuperar depois de três derrotas consecultivas, curiosamente após o incidente com o zagueiro Edu Matos.


Sete de Setembro 0 x 3 Porto - Diante do Porto, a lanterna setembrinha está virando um farol. Mesmo com a derrota do Central, o Sete manteve a última colocação na tabela. Todos os gols saíram no segundo tempo. Nos dois primeiros, Damião - sem encontrar Cosme - serviu Kiros. Aos 48 do segundo, Paulista ampliou a vergonha dos donos da casa.


Vitória 2 x 1 Salgueiro - O Robin "Carcará" Wood perdeu outra para time "iluminado". Depois de arrancar pontos de times que brigam pelo G-4, o Salgueiro perdeu a segunda seguida para time próximo ou na lanterna. Logo após dar uma "forcinha" ao Sete, o Salgueiro fez a alegria do Vitória. Bruno Garcia abriu o placar para o mandantes. O lateral artilheiro Nildo Petrolina empatou. Mas Jadílson manteve a fama de artilheiro ao desempatar.


Ypiranga 1 x 0 Vera Cruz - Cheia de volts, a Máquina de Costura ganhou a terceira seguida e alcançou o G-4. Logo aos oito minutos, Fabrício Ceará marcou o único gol do jogo. Preocupado com o bol volume de jogo dos mandantes, o Vera Cruz priorizou forte marcação, diminuindo as possibilidades de jogadas ofensivas. O atacante Assis ainda desperdiçou chance de ampliar o saldo de gol ao falhar em cobrança de pênalti.


Cabense 0 x 1 Náutico - No Cabo, o Timbú confirmou briga pela ponta. Em jogo mais duro que o clássico, o Náutico contou com tiro de Bala para manter a mira no Leão e na liderança. Apesar da tímida superioridade no volume de jogo e maior poder de marcação, a Cabense no primeiro tempo esteve mais perto de levar o revés. Bala acertou o travessão. No segundo tempo, poucas coisas mudaram... até a trajetória da bola de Bala, por exemplo, mudou... mudou alguns centímetros. A Cabense pecou na pontaria.

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