segunda-feira, 15 de março de 2010

Pernambucano 10 - 15ª rodada (Os de cima subiram, os de baixo desceram)

A movimentação na tabela de clasificação indica que o campeonato está sendo melhor desenhando sobre o futuro. Nesta rodada, nem o G-4 e Z-2 sofreram alterações. Em contrapartida, a zona intermediária esteve comparada a um verdadeiro ninho entre Gavião, Patativa, Carcará e ainda Máquina de Costura e Taboquito.
Curiosamente, os cinco primeiros venceram e os cinco últimos perderam. Não houve empate. Se considerarmos a tabela de classificação antes da bola rolar, há uma arrumação perfeita. Os seis primeiros colocados venceram e os seis últimos perderam. Desta forma, a rodada do Campeonato Pernambucano lembrou mais o saudoso Chico Science aos cantar que "o de cima sobe e o de baixo desce".
No G-4, o Sport conta as datas para a semifinal e o Náutico trabalha para evitar a catástrofe que seria ser ultrapassado pelo quinto colocado que está a cinco pontos atrás. Um pouco abaixo, o Azulão e a Cobra se entreolham temendo uma insistente dupla caruaruense que continua sobrevoando e observando uma vaguinha entre terceiro ou quarto.
Resistente, o Sete é o famoso lanterna com mal contato. Existe apenas uma expectativa para que a lanterna se apague, mas a luz continua acesa. Ao mesmo tempo que pode deixar a lanterna, o Sete pode deixar a zona de rebaixamento. Mesmo que o Z-2 tenha sido inalterado nesta rodada, a briga lá embaixo não está tão bem desenhada como lá em cima, no G-4. A lanterna de Garanhus ainda pode ficar com muito muito brilho, mal contato ou totalmente apagada. Aliás dois pontos não são duas pilhas.

Destaques
  • Positivo: Santa Cruz. Aceso, desde a chegada de Brasão, o Time Coral engrenou e ganhou nova áurea depois de algumas vitórias.
  • Negativo: Sete de Setembro. Está "apertando" os adversários, mas continua segurando a lanterna... parece o Sport na Série A do ano passado...
  • Gol da rodada: Bruno Meneguel, atacante do Náutico. Pegou bem boa criação de jogada.
  • Deu com os burros nágua: Vitória. O Tricolor das Tabocas até que torceu pelo lado negativo da instabilidade do Porto...
  • Rei da rodada: Leandro Cardoso, zagueiro do Santa. Foi importantíssimo na defesa e no ataque, gols em ótimos momentos.
  • Pedra na chuteira: Dirigentes do Salgueiro. A cartolagem do Carcará viu o time ser goleado por uma equipe comandada por Neco, treinador que esteve há semanas no próprio Salgueiro.
  • Sem ter o que dizer em casa: Sistema defensivo do Vera Cruz. Levou quatro gols oriundos de lances com bola parada.
  • Curiosidade que não mata: A Cabense é o time do tudo ou nada. Em 15 jogos, nenhum empate. O Azulão venceu nove e perdeu seis.

Vera Cruz 1 x 4 Santa Cruz - Lances de bola parada mantiveram o Santa no G-4. Dos quatro gols do Santa, dois surgiram de cobrança de escanteio, um de falta e outro de pênalti. O gol do Vera Cruz foi de jogada trabalhada. O zagueiro artilheiro Leandro Cardoso marcou dois gols; no primeiro, abriu o placar aos 9 minutos de jogo. Aos 31, Luís Carlos empatou o jogo dando a sensação de que o Galo ia cantar no Carneirão. Ainda nos descontos do primeiro tempo, Gilberto Matuto alegrou o Tricolor da capital ao desempatar a partida. Leandro Cardoso ampliou o placar e Joélson fechou a goleada.

Sport 2 x 0 Central - De olho na promoção, o Leão jogou um por dois. Faltando pouco para se promover matemáticamente à semifinal, o Sport jogou um primeiro tempo que valeu por dois gols e por dois tempos. Ciro, aos12, e Eduardo Ramos, de pênalti, aos 34 fizeram os gols do time da casa. Ainda no primeiro tempo, o Leão da Ilha deperdiçou outras chances de ampliar o placar. No segundo tempo, houve equilíbrio. Mas o lance de maior perigo foi da Patativa. Logo no início, o meia Pintado raspou a tinta da barra de Magrão ao mandar bola na trave.

Sete de Setembro 2 x 3 Náutico - Invejando independência do líder, o Náutico suou na batalha diante do Sete de Setembro. Se arrastando contra o Sete, o Timbu manteve os sete de distância do Leão. Em jogo de três pênaltis, dois a favor do Náutico e outro para o Sete, Carlinhos Bala marcou duas vezes e Bruno Meneguel uma para acontagem alvirrubra. Alix e Laércio fizeram os gols do lanterna. O Náutico jogou melhor até boa parte do segundo tempo. O time recifenese levou sufoco enquanto vencia por três a dois.

Ypiranga 4 x 2 Salgueiro - A Máquina de Costura não deixou o Carcará remendar a boa fase dos jogos iniciais. No reencontro do treinador Neco com o Salgueiro, restou ao time sertanejo apenas relembrar e lamentar fase no G-4. Em jogo com placar movimentado, os centroavantes João Paulos, do Ypiranga, e França, do Salgueiro, balançaram as redes duas vezes. Pesou para o time da casa os gols de Edu Chiquita e Fabrício Ceará. Pesou para o Carcará voltar para casa lamentando. Em queda, só uma fênix ajudaria o Carcará.

Porto 2 x 1 Vitória - O Triângulo não-amoroso Tricolor: o de Caruaru venceu o das Tabocas e continua olhando o do Arruda. A vitória - que foi ingrata ao Vitória - deixou o Gavião de olho em vaga no G-4, hoje a "vítima" focada é o Santa. Com 15 minutos de jogo o Porto abriu vantagem de dois gols de diferença através do meia Naldinho e do lateral João Carlos. Ainda no primeiro tempo, o time visitante diminuiu o placar e aumentou a preocupação dos mandantes. O meia Édson Araújo fez o único gol do Taboquito. Com o placar adverso, o Vitória praticamente deu adeus às chances de integrar o G-4, são oito pontos de distância ao quatro colocado.

Cabense 2 x 1 Araripina - O Azulão aproveitou a marra do Bode e manteve a escrita contra interioranos no Gileno de Carli. Ao empatar, o Araripina sofreu pênalti e perdeu dois jogadores por expulsão. Logo aos 4 minutos, o zagueiro Oliveira fez o primeiro gol da Cabense. O Bode reagiu aos 31 minutos. Longe de casa, o chuteira-fone Jessuí teve crédito para fazer um interurbano no Cabo de Santo Agostinho, empatando a partida. Nem bem pegou ar, o Bode berrou um minuto depois de comemorar o único gol marcado no jogo. Aos 32, o meia Eduardinho, do time anfitrião, sofreu pênalti. No tempo as coisas ficaram ainda mais complicadas para os sertanejos com as expulsões de Zé Cláudio e Jessuí.

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