domingo, 28 de março de 2010

Pernambucano 10 - 18ª rodada (A multidão atrás do Leão)

O Clássico das Multidões foi fraco na técnica e "forte" empolgação. O maior diferencial para o Sport foi a eficiência da marcação. O meia Eduardo Ramos encontrou espaços de liberdade e foi o melhor jogador em campo. No embate dos atacantes Ciro e Brasão, o vencedor foi extremamente melhor abastecido pelo meio de campo. Além disso, o ataque estava afobado na Ilha do Retiro. Brasão foi expulso duas vezes, por atitudes displicentes, pelo árbitro Niélson Nogueira no espaço de uma semana.
Ao vencer o clássico das Multidões, o Sport acumulou dez pontos de gordura ao vice-líder, Náutico. Distante, o Leão apenas observa uma multidão "unida" - com diferença máxima de três pontos na sequência da classificação - que luta para firmar vaga no G-4 ou escapulir da zona de queda.
Antes tarde do que nunca, o Ypiranga resolveu mostrar a cara na competição. Ao vencer o Vera Cruz, o time da Terra da Sulanca, que investiu pesado na formação da equipe, colou no vacilante Azulão. A diferença entre Ypiraga, quinto, e Cabense, quarta colocada, é de apenas um ponto. Acertando os pontos, a Máquina de Costura pode mudar a expectativa no Cabo de Santo Agostinho.
Travados, Cabense e Vitória resolveram realizar um verdadeiro racha. Neste racha, os dois, literalmente, estão se quebrando. A Cabense acumula nos últimos seis jogos apenas uma vitória e um empate. O Vitória, nos últimos sete jogos, acumulou apenas três pontos, fruto de três empates.



Destaques:

  • Positivo: Sport. Vencedor do Clássico das Multidões, as vitórias são para cumprir tabela, cumprir a honra...
  • Negativo: Vitória e Cabense. Travadas, as duas equipes acumulam retrospectos negativos nas últimas rodadas.
  • Gol da rodada: Ciro, atacante do Sport. O jovem atacante mostrou oportunismo e categoria no gol que confirmou a condição de carrasco do Santa.
  • Deu com os burros n'água: Cabense. Sonhando com a afirmação no G-4, derrota de virada deixou o time raspando o quinto colocado.
  • Rei da rodada: Eduardo Ramos, meia do Sport. A composição do maestro causou, realmente, louvor e aflição ao público das multidões.
  • Pedra na chuteira: Clebson, meia da Cabense. Desperdiçou pênalti que poderia apavorar o Timbu.
  • Sem ter o que dizer em casa: Brasão, atacante do Santa. Jogou mal e ainda "pediu" para ser novamente expulso por Nielson Nogueira.
  • Curiosidade que não mata: Excetuando o Sport, a diferença máxima de pontos entre as equipes seguintes na classificação é de apenas três. Muita coisa ainda pode mudar abaixo da linha da liderança...


Porto 4 x 2 Sete de Setembro - Na chuva, o Lobo-guará comprovou séria ameaça de extinção da Série A1. O Porto teve muito trabalho para vencer a chuva e o lanterna. O grandalhão Kyros abriu o placar. Poucos minutos depois, o Lobo mostrou os dentes ao empatar com Dinda. Ainda no primeiro tempo, Naldinho colocou o Gavião novamente na frente. O Sete assustou os donos da casa nos minutos finais da etapa complementar através de cobranças de bola parada. Mal começava o segundo tempo e Arlindo ampliou para o time tricolor. Aos nove minutos do segundo, Weelington diminuiu a favor do Sete, que pressionou o empate. Aos 35, Paulista ampliou para o Porto.

Náutico 3 x 1 Cabense - O Timbu virou o jogo e virou vice-líder. O Azulão abriu o placar, desperdiçou pênalti e lamentou mais uma derrota. Na base da vontade, o Náutico reverteu placar negativo após belo gol de Márcio, aos sete minutos de jogo. Aos 30, o meia Clebson desperdiçou cobrança de pênalti. Aos 38, Bruno Meneguel, "dançando funk de periferia", aproveitou falha do goleiro Ibson para empatar. Aos 16, do segundo tempo, Rodrigo Dantas virou. Aos 46, Bala, de pênlati, perdeu... de rebote, mandou na trave... de trombada, mandou para as redes. Sem razão, Gallo reclamou da intenção do árbitro Antônio Hora Filho, que, sem razão nem intenção, prejudicou a Cabense.

Sport 2 x 0 Santa Cruz - Suja, a Cobra Coral manteve o Leão invicto. No embate de centroavantes, Ciro fez gol e torceu o tornozelo; Brasão fez besteira e torceu o nariz. Em mais um clássico sem esplendor futebolístico, aos 39 minutos, um lampejo de classe: Eduardo Ramos facilitou bela troca passes entre Dutra e Ciro, com o atacante vencendo o goleiro Tutti. Mais desorganizado no segundo tempo, sobretudo após a expulsão boba de Brasão, o Santa deu muito espaço nos 45 minutos finais. Restando quatro minutos para expirar o tempo regulamentar, de pênalti, Eduardo Ramos deu o número final do Clássico das Multidões. A arbitragem de Nielson Nogueira deixou a desejar.

Salgueiro 2 x 1 Vitória - Virada fez o Salgueiro e o Vitória inverterem posições. Os anfitriões quebraram série de três derrotas consecutivas ao manter jejum de sete jogos dos visitantes. O Taboquito saiu na frente. Ainda no primeiro tempo, o time vitoriense comemorou gol do lateral Suéllinton, após cobrança de escanteio. No segundo tempo, o Vitória estava com dois atletas a menos... viu mais dois gols. Aos 20, o atacante França aproveitou confusão na área para empatar a partida. Aos 32, Caio aproveitou passe de cabeça para virar o jogo no Cornélio de Barros.

Vera Cruz 0 x 2 Ypiranga - Fora de casa, a Máquina de Costura depenou o Galo. Superior em campo, o Ypiranga venceu, com dois gols de pênalti, e confirmou briga por vaga no G-4. O primeiro gol foi convertido pelo atacante João Paulo, aos 23. Ainda no primeiro tempo, Maurício Simões realizou duas alterações no Vera Cruz. No segundo tempo, a história do placar foi repetida. Mais uma vez os visitantes converteram através de pênalti. Aos 14, o atacante Fabrício fechou o placar favorável aos comandados por Neco.

Central 0 x 0 Araripina - Nem Bode nem Forró, o Central evitou festa de encostar no G-4; o Araripina permaneceu sem gordura sobre o z-2. Com apenas uma bola na trave, a estática das redes fez o Central cair duas posições, ocupando o sétimo lugar. Por jogar em casa, a Patativa teve maior posse de bola, mas pecou bastante na criação ofensiva. O lance de maior perigo foi uma mandada na trave, através do atacante Paulão.


Classificação:

1. Sport, 44;
2. Náutico, 34;
3. Santa Cruz, 32;
4. Cabense, 28;
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5. Ypiranga, 27;
6. Porto, 26;
7. Central, 25;
8. Salgueiro, 22;
9. Vitória, 20;
10. Araripina, 17;
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11. Vera Cruz, 14 (saldo -10);
12. Sete de Setembro, 14 (saldo -18).

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