domingo, 16 de agosto de 2009

Brasileirão 19 ª rodada (adeus turno velho)

Recentemente, uma idéia do presidente Lula foi descartada pelos organizadores do Brasileirão. O presidente da república sugeriu um calendário do Brasileirão na mesma época dos campeonatos nacionais da Europa. A mudança foi rejeiada pelo aspecto econômico, já que das festividades de fim de ano até o carnaval, de acordo com mandatários da TV Globo, investidora da competição, fica difícil a concorrência do futebol com as manifestações culturais, principalmente o carnaval.

Se a mudança acontecesse, poderia existir uma maior valorização ao símbólico título de campeão do primeiro turno. Mas poderiamos perder no aspecto de "fases" do Brasileirão, ou seja, perderiamos a irregularidade de sequência de jogos, o que, de certa forma, poderia diminuir a emoção. Sem dúvida, desde que o campeonato entou na fase de jogos no meio e final de semana, a tabela sofreu diversas auterações. Ou ainda, estamos perto da janela internacional. Mais mudanças, para o bem de alguns e desespero de outros, devem estar por vir. Portanto, fica a dúvida. Seria melhor seguir o calendário europeu?

Lembrando o momento de adaptação aos pontos corridos, acredito que mudanças de modernização são sempre bem vindas ao Brasileirão. Mesmo que o atual calendário traga algumas emoções a mais, devemos priorizar a organização do calendário da competição como uma forma de organizarmos completamente outros aspectos do nosso futebol. O tão falado planejamento, por exemplo, agradeceria a um calendário de temporadas de agosto/setembro a abril/maio.

Destaques

  • Positivo: Internacional. Está mantando um ótimo ritmo mesmo depois de uma breve Suruga... ou melhor, Copa Suruga.
  • Negativo: Sport. Teima em manter o número da sorte na classificação. Os 13 pontos são ideais para uma campanha melhor no próximo ano... na Série B.
  • Deu com os burros n'água: Ortigoza. O atacante paraguaio não substituiu o baiano Obina à altura.
  • Rei da rodada: Paulo Baier. Lembrando os velhos tempos do Goiás no Furacão.
  • Pedra na chuteira: Celso Roth. A derrota para o Porco aumentou a possível sina de fazer campanhas apenas regulares.
  • Gol da rodada: Marquinhos. O meia do Avaí foi decisivo em belo chute de primeira, no ar.
  • Sem ter o que dizer em casa: Moacir. Falhou feio quando o empate para o Sport já estava de bom tamanho para as duas equipes.





Palmeiras 1 x 1 Botafogo - Empate com Botafogo esquenta, virtualmente, briga pelo "título" do primeiro turno. O Palmeiras virou o turno na liderança, mas o Inter ainda tem jogos a menos e pode ameaçar o simbólico título alviverde. No parque Antártica, sentiram falta de Obina. Origoza, paraguaio, substituiu o baiano no comando do ataque.
Santo André 0 x 2 Internacional - Colorado passa por cima do Santo em gramado castigado. Depois de vencer a Copa Suruga, o Inter percebeu que tem jogos e menos e sem continuar passando por cima de tudo, vai levantar o título. Desta vez, nem o castigado gramado do Bruno José Daniel foi perdoado. Taison fez um golaço e um golpe digno de vale tudo, o atacante balançou as redes e tomou banho mais cedo.


Avaí 2 x 1 Náutico - Invencível há nove jogos, Avaí quebra invencibilidade de três jogos do Náutico. O Timbú não foi um rato de praia... e sofreu um inesperado banho de uma gelada onda aos 43 do segundo tempo. Com a atleta a menos em boa parte do segundo tempo, o empate fora de casa era boa coisa para o Náutico, mas o passe de Léo Gago fez Marquinhos vibrar e gritar comemorando um golaço no Ressacada.


Corinthians 2 x 0 Galo - Diante dos Gaviões, Galo desperdiça briga na ponta. Ronaldo voltou ao Pacaembu... mas depois da lipo, esteve nas arquibancadas chupando sorvete. Alguns corinthianos devem ter perdido os gols de Dentinho e Boquita justamente para olhar o Dentuço que não fecha o bocão. Depois de cinco jogos, o Timão quebrou jejum de vitórias. O árbitro Leandro Vuaden, errando bastante, caiu no desagrado dos dois alvinegros na tarde do Pacaembu.


Grêmio 4 x 1 Flamengo - Perea abriu o placar na peneira que foi a defesa rubronegra. O Mengão ainda empatou o jogo, mas o goleiro Victor estava em tarde inspirada e garantiu que os visitantes não fizessem nenhum gol. Já o melhor mandante do primeiro turno marcou mais três gols. Devendo exibições ainda melhores, Adriano começa a sonha com a Canarinha; Victor, atrasado, fez a exibição que "justificou" a convocação no passado recente.


Fluminense 1 x 3 Coritiba - Em jogo de seis pontos, Coxa pula a degola. O ex-batafoguense Ney Franco fez uma ótima estréia no Coritiba. Renato continua com a famosa cara de decepção no banco do Flu... aquela mesma da final da Libertadores. Marcelinho Paraíba foi o destaque alviverde, fez belas assistência e marcou um belo gol, parecido com o da derrota diante do Cruzeiro.


Goiás 3 x 2 Vitória - Na estréia de Mancini, Vitória ficou no quase contra o forte time esmeraldino. O Goiás manteve o bom desempenho e a expectativa de tentar o primeiro título nacional. Depois de empate em dois a dois, o lateral Julio César foi definitivo para decretar a última vitória do Goiás no primeiro turno.


Sport 1 x 2 São Paulo - Com nove em campo, São Paulo amplia jejum do Leão para nove partidas. Depois de estar perdendo, os donos da Ilha tentaram virar o jogo no segundo tempo, mas continuam se afundando no Brasileirão. Nos minutos finais, o placar estava empatado em um a um e o São Paulo "vencia" nas expulsões. O Tricolor parecia morto no jogo, o Sport tentava sinal de vida na tabela... mas a vida apareceu apenas "no jogo" e continua morta "na tabela".


Atlético-PR 3 x 0 Barueri - Baier voltou a ser "bom" e confirmou subida do Furacão. O meia gaúcho marcou dois gols e sofreu o penalti que originou o último gol do rubronegro. O Barueri perdeu Estevam Soares, o Atlético ganhou Antônio Lopes. O Homer Simpson estava esquecido no cenário nacional, mas à favor dos fatos, o argumento é que o Furacão melhorou muito depois que Valdemar Lemos leu a mensagem saída da Baixada.

Cruzeiro 0 x 0 Santos - Artilheiros Klébers passam em branco. Nem Kleber Gladiador nem Kléber Pereira. Raposa e Peixe foram iguais na "brancura" do placar. O Cruzeiro manteve tabu e irregularidade. A Raposa não conseguiu vencer equipes comandadas por Vanderlei Luxemburgo desde a conquista da Tríplice Coroa, quando o próprio Luxa estava no comando do alviceleste. O empate com o Peixe manteve o time de Adilson Batista ainda em marcha lenta desde a eliminação da Taça Libertadores.

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