A vitória sobre a Argentina e a consequente classificação para a Copa de 2010 deveria ser o ponto de partida para "arrumação da casa" Canarinha para a viagem à África do Sul. Ao contrário, após derrotar o Chile, Dunga & Cia. demonstrou perda de foco nas quatro linhas e série de bobagens fora delas.
A goleada sobre o Chile não teve um trabalho de conjunto. Na capital baiana, a Seleção contou com alguns poucos "Salvadores". A falta de uma postura coletiva é falha do comando técnico. Depois de alguns anos como treinador da seleção pentacampeã, Dunga tem valores que refletem em saldo positivo com as conquistas da Copas América e das Confederações e a classificação antecipada para a Copa da África do Sul. Porém, a extravagâncias e arrogância do treinador da Seleção são descabidas e, talvez, até precipitadas.
Durante a partida no Estádio Pituaçu, Dunga foi antiético e demonstrou extremo descontrole ao apontar e xingar determinados torcedores que xingavam a Seleção que empatava em 2 a 2 com os chilenos. Como a base psicólogica, o que falar de Felipe Melo, por exemplo, realizar uma partida pífia se o treinador estava totalmente descontrolado? Vibração é comportamento positivo; afobação e destempero é negativo. Qualquer treinador experiente, que tenha vivido os vários momentos da desafios na carreira, teria concentração para não dar ouvidos aos torcedores mais exaltados. Treinador que discute com torcedor, principalmente durante a partida, demonstra imaturidade moral. O treinador não pode ter atitudes de extrema individualidade.
Enquanto Dunga faz carinha de raiva, Ricardo Teixeira sorri. Claro, com tantas pautas jornalisticas sobre as crises de ignorancia e narcisismo do treinador, ninguém lembra de discutir o problema na construção dos estádios para a Copa de 2014. Enquanto Teixeira fala - ou ameaça - que as 12 cidades não estariam garantidas, governadores desmentem o cartola máximo da CBF. Perdendo tempo com a vaidade de Dunga, é mais fácil discutir possíveis alterações no calendários do futebol nacional por baixo dos panos. Ou ainda, assistindo a pirotecnia de Dunga não sobra espaço para trabalhar na prevenção da violência no futebol.
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