Acompanhando O Blog do Roberto, reproduzo texto do jornalista Gilmar Ferreira.
Esperei o passar dos dias, quase uma semana, para mostrar a vocês porque não gosto de me envolver com as polêmicas a respeito dos erros das arbitragens.
Que a maioria dos árbitros é mal preparada, e de que Quociente Intelectual duvidoso, já se sabe.
Que há fatos mal contados, escritos nos bastidores das entidades, não duvido.
Que é covardia comparar a percepção humana com a precisão técnica das câmeras, já nem digo mais.
Mas o que me espanta mesmo é o fato de ninguém ter me cobrado por não ter escrito uma só linha neste espaço a respeito dos três pontos perdidos pelo Ceará na derrorta de 1 a 0 para o Paraná, pela Série B.
O vergonhoso gol de mão do atacante Wellington Silva que decidiu o jogo, validado pelo pobre (sic) Charles Helbert, virou piada na internet de tão ridículo e humilhante que foi.
E a prova de que os amantes do futebol só enxergam com os olhos da paixão, mesmo num espaço frequentado por uma maioria que sabe separar o joio do trigo, é que não houve uma só voz a se indignar.
Um só lamento, uma só pedido de justiça, um só grito de revolta ou uma só denúncia de armação.
E nós, críticos da grande imprensa, formadores de opinião dos grandes centros?
Uma só coluna, uma só matéria, uma só crítica, um só pedido de prisão.... nada!
Surraram o Ceará descaradamente e não houve um arauto a levantar a suspeita de que o erro clamoroso pode ter sido forçado para ajudar na aproximação de clubes paulistas que lutam pelo ascenso à Série A.
Apenas levantar a suspeita, exigir uma investigação, sugerir a anulação do jogo, nada.
Fico a pensar se o erro vergonhoso e ultrajante ao futebol brasileiro tivesse ocorrido num Morumbi, diante de 20, 30 ou 50 pessoas, e contra um São Paulo, um Corinthians, um Palmeiras ou um Santos.
Ou num Maracanã igualmente lotado, contra um Flamengo, um Fluminense, um Vasco ou Botafogo.
Ou no Mineirão, ou no Olímpico ou em qualquer estádio brasileiro que jogasse um grande clube baseado ao Sul deste país.
Estaríamos todos a pedir pela inclusão das câmeras nas mesas dos árbitros reservas, a contabilizar um sem-número de erros contra os times que representam as grandes marcas e clamar pela moralização.
Mas, como o prejudicado foi o Ceará, um clube do Nordeste, que luta com um mínimo de dignidade para voltar a figurar entre os grandes da Série A, depois de 16 anos de ausência, a gente trata como piada.
Afasta o árbitro, aplicando-lhe uma punição de 120 dias, varre a poeira que sobra para debaixo do sofá, e reinicia o jogo.
Afinal, hoje tem marmelada e o circo não pode parar...
Esperei o passar dos dias, quase uma semana, para mostrar a vocês porque não gosto de me envolver com as polêmicas a respeito dos erros das arbitragens.
Que a maioria dos árbitros é mal preparada, e de que Quociente Intelectual duvidoso, já se sabe.
Que há fatos mal contados, escritos nos bastidores das entidades, não duvido.
Que é covardia comparar a percepção humana com a precisão técnica das câmeras, já nem digo mais.
Mas o que me espanta mesmo é o fato de ninguém ter me cobrado por não ter escrito uma só linha neste espaço a respeito dos três pontos perdidos pelo Ceará na derrorta de 1 a 0 para o Paraná, pela Série B.
O vergonhoso gol de mão do atacante Wellington Silva que decidiu o jogo, validado pelo pobre (sic) Charles Helbert, virou piada na internet de tão ridículo e humilhante que foi.
E a prova de que os amantes do futebol só enxergam com os olhos da paixão, mesmo num espaço frequentado por uma maioria que sabe separar o joio do trigo, é que não houve uma só voz a se indignar.
Um só lamento, uma só pedido de justiça, um só grito de revolta ou uma só denúncia de armação.
E nós, críticos da grande imprensa, formadores de opinião dos grandes centros?
Uma só coluna, uma só matéria, uma só crítica, um só pedido de prisão.... nada!
Surraram o Ceará descaradamente e não houve um arauto a levantar a suspeita de que o erro clamoroso pode ter sido forçado para ajudar na aproximação de clubes paulistas que lutam pelo ascenso à Série A.
Apenas levantar a suspeita, exigir uma investigação, sugerir a anulação do jogo, nada.
Fico a pensar se o erro vergonhoso e ultrajante ao futebol brasileiro tivesse ocorrido num Morumbi, diante de 20, 30 ou 50 pessoas, e contra um São Paulo, um Corinthians, um Palmeiras ou um Santos.
Ou num Maracanã igualmente lotado, contra um Flamengo, um Fluminense, um Vasco ou Botafogo.
Ou no Mineirão, ou no Olímpico ou em qualquer estádio brasileiro que jogasse um grande clube baseado ao Sul deste país.
Estaríamos todos a pedir pela inclusão das câmeras nas mesas dos árbitros reservas, a contabilizar um sem-número de erros contra os times que representam as grandes marcas e clamar pela moralização.
Mas, como o prejudicado foi o Ceará, um clube do Nordeste, que luta com um mínimo de dignidade para voltar a figurar entre os grandes da Série A, depois de 16 anos de ausência, a gente trata como piada.
Afasta o árbitro, aplicando-lhe uma punição de 120 dias, varre a poeira que sobra para debaixo do sofá, e reinicia o jogo.
Afinal, hoje tem marmelada e o circo não pode parar...
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