sábado, 17 de outubro de 2009

O erro da arbitragem e da diplomacia

O presidente equatoriano Rafael Correa errou feio nas palavras da crítica ao árbitro brasileiro Sávio Spínola. Na penúltima rodada das Eliminatórias sulamericanas, o Equador perdeu, em casa, por 2 a 1 para o Uruguai. Correa não assistiu a partida, mas baseado nas imagens exibidas pela mída equatoriana, reclamou possível não marcação de um pênalti a favor do seu país.
Reclamar da arbitragem é algo normal, natural. Irresponsável pode ser a forma da contestação, principalmente quando se está no cargo de máxima confiança executiva de um país.
"Não sou partidário da pena de morte, mas temos que massacrar este árbitro da partida entre Uruguai e Equador... ele nos deixou de fora da Copa do Mundo", bradou Correa. Logicamente, caso exista alguma repercussão nas entidades organizadoras do futebol sulamericano ou mundial, Rafael Correa tentará se defender com a amplitude de sentido de "massacrar" como, por exemplo, "criticar".
Não foi a primeira vez que Rafael Correa deu uma arranhada nas relações diplomáticas com o Brasil. Mesmo tendo suas razões, foi bastante radical no "caso Odebrecth e Petrobrás" e costumeiramente faz críticas ao Brasil em reuniões da cúpula de países sulamericanos. Por isso, Rafael Correa demonstra possibilidade de ter criticado Sávio Spinola - que tem suas humanas deficiências - por razões além do futebol.
Seguindo o raciocíonio "olho por olho, dente por dente e apito por cadeira elétrica", a Bolívia, país de grande parceira política com o nacionalista Correa também deveria preparar suas defesas. A arbitragem boliviana não marcou o impedimento de Palermo na apertada vitória argentina sobre o Peru.
Acostumados a serem taxados de irracionais, a maioria dos torecdores pelo mundo afora estão "acostumados" a xingar árbritos e várias gerações anteriores ao mesmo, mas apesar dos protestos inflamados, não atentam à vida dos árbritos.

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