Os ingressos para os jogos da Copa de 2014 serão vendidos no exterior em real, anunciou ontem o ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., após reunião com o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira."Em todo o planeta, quem for comprar o ingresso vai fazer a conversão levando em conta o real para a moeda local, o que demonstra que a economia brasileira é cada vez mais confiável, e a moeda, cada vez mais forte", declarou o ministro.De acordo com Silva Jr., a decisão foi anunciada pelo secretário-geral da Fifa.O encontro contou também com a participação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, que representou o ministro da pasta, Guido Mantega.O ministro do Esporte ainda anunciou que a carga tributária dos ingressos da segunda Copa em território brasileiro terá de ser inferior a 10%. "Esse foi um acordo que fizemos com a Fifa", contou Silva Jr.O ministro chegou a afirmar que esta "é a primeira vez" que uma moeda nacional será usada na compra de ingressos em um Mundial de futebol. No entanto, em 1994, na Copa realizada nos Estados Unidos, os ingressos foram vendidos em dólar, a moeda daquele país.Na África do Sul, sede da Copa do Mundo deste ano, os bilhetes são negociados em dólar.Durante a reunião com o presidente da CBF e o representante da Fifa, Silva Jr. definiu também os detalhes do projeto de lei que concederá isenção total de impostos federais para a Fifa atuar no Brasil. Apesar de não ter sido divulgado, o projeto de lei está praticamente definido. A proposta será apresentada no inicio de fevereiro, logo após a abertura dos trabalhos do Congresso Nacional."Cumprimos um compromisso que o presidente Lula assinou em 2007. A Fifa será isenta de todos os tributos federais", adiantou o ministro.De acordo com Silva Jr., empresas prestadoras de serviço e até produtos comprados no exterior poderão ser isentos de pagamentos de impostos federais. Tarifas estaduais ainda terão de ser negociadas com os respectivos governos.Apesar de nenhuma lista de produtos ou empresas ter sido divulgada, o ministro disse que a indicação será feita diretamente pela entidade que comanda o futebol mundial."O que caracteriza a empresa para ter direito a essas isenções tributárias é a prestação de serviços ou a venda de produtos relacionados à Copa das Confederações em 2013", falou ontem Alcino Reis Rocha, secretário nacional do Futebol."É a Fifa que vai indicar as empresas, pois é ela que organiza o evento. Poderão ser empresas estrangeiras ou brasileiras", completou o secretário.Nem Valcke nem Teixeira quiseram dar entrevista ontem.Além do projeto de isenção de impostos, o governo negocia a aprovação de uma Lei Geral da Copa, que prevê uma série de medidas relacionadas ao funcionamento do evento.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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