quinta-feira, 30 de julho de 2009

Brasileirão 15ª rodada - O bem e o bom, o mal e o mau.

Seja alegria, seja decepção, a emoção dos gols no últimos minutos voltou. Assim como na 7ª rodada, os gols que mudam uma história por volta dos 90 minutos voltou. Na 15 ª rodada o último fôlego do ataque mais uma vez superou a canseira da defesa no finalzinho dos jogos. No roteiro das literaturas do mazdeiísmo, do bem contra o mau, o primeiro, geralmente, vence o segundo no final, apertado, por causa de um vacilo. Em campo, poderiamos dizer que o "bom" aproveitou o vacilo do "mal" quando o "juiz" já pegava fôlego para apitar o fim do jogo. Assim, Inter, Santos e Cruzeiro comemoram. O Coritiba ainda teve um alívio.


A curiosidade da rodada foram dois jogos que marcaram encontro de vítimas da Libertadores 09. O São Paulo levou a melhor diante do Grêmio e o Cruzeiro vibrou em cima do Sport. O Palmeira ainda enfrentou a grande vítima de 08, o Fluminense.
O Avaí continua impecável. Rezando a cartilha de Silas, o time catarinense continua subindo na tabela, deixou o inferno da degola, goza a situação mais amena do purgatório da zona da sulamericana. Mas o Avaí já conta na lista convidados nas mãos dos porteiros do paraíso. O céu é azul.



Destaques:



  • Positivo: O Avaí conquistou a quinta vitória consecultiva. Algo mudou na Ressacada ou tiveram paciência de aguardar o aprimoramento?
  • Negativo: Futebol pernambucano. Ironicamente, com um atleta a mais ou a menos, em casa ou fora, Náutico e Sport perdem com gols nos últimos minutos.
  • Gol da rodada: Marcelinho Carioca. Colocou os corintianos numa dialética. Relembrou os gols do passado com uma decepção no presente ...eita presente, dádiva...
  • Rei da rodada: Neymar. Entrou no segundo tempo e aproveitou bem que o Náutico tinha um menos. Fez gol e deu passe para outro.
  • Pedra na chuteira: Celso Roth. No ano passado começou bem com o Grêmio, mas não foi campeão, neste ano a história vai se repetir no Atlético Mineiro?
  • "O que vou dizer em casa?": Gladstone. O zagueiro Timbú fez falta boba e foi expulso antes do intervalo no jogo que estava empatado.


Coritiba 2 x 2 Botafogo - Joagando no frio de Curitiba, Botafogo conquista mais um morno resultado. Os cariocas sairam na frente, deram espaço para os donos da casa empatar, retomaram o bom desempenho inicial, mas esfriaram nos últimos minutos. Carlinhos Paraíba, em cobrança de falta de longe, acertou a trave e quase conquistou mais dois pontos para alviverde. Falam que René Simões pode cair do Alto da Glória.
Náutico 1 x 2 Santos - Com um a menos, Náutico "conquista" mais uma derrota. A cabeça de Rodrigo Souto, nos acréscimos, prendeu o Timbú na lanterna. Ajudado pela expulsão de Gladstone, Neymar foi dureza para a defesa alvirrubra. De peixinho, Neymar abriu o placar. O Náutico reagiu, Pará parou e deu condição a Gilmar. Mas para acabar qualquer condição do Náutico largar a lanterna, Neymar ainda deu passe para o desespero Timbú.
Internacional 3 x 2 Barueri - Aos trancos, barrancos e gols estranhos, Inter vence no Beira Rio. Ameaçado, Tite começou a respirar melhor quando o Colorado fez 2 a 0, mas depois de duas enormes confusões na área, o Barueri ameaçou a meta do Inter empatando o jogo. Olhando para o relógio, Tite viu Andrezinho cobrar falta, Sorondo aproveitar e o próprio treinaador evitar um gozo de férias antecipadas.
Goiás 3 x 0 Atlético-PR -Diante de desespero do Furacão, Harlei, despercebido, fica a ver cometas. Além da derrota, o Atlético Paranaense não ofereceu risco ao goleiro esmeraldino. O Goiás entrou no G-4 e Valdemar Lemos pede para sair. Apesar dos velhos discursos diplomáticos, é provável que vários problemas estejam acontecendo na Arena da Baixada. A diretoria rubronegra precisa observar melhor os problemas e achar o olho do furacão
Palmeiras 1 x 0 Fluminense -O Palmeiras conquistou mais uma vitória no alagadíssimo Parque Antártica. Mais adaptado a um gramado que parece não drenar o descogelamento do iceberg que derrubou o Titanic, o Verdão aumentou a angústia da imaginado náufrago das Laranjeiras. Destaque ao amor à primeira vitória de Muricy no comando do Palmeiras no Palestra, os porcos já gritam o nome do "ídolo".
Santo André 1 x 1 Corinthians - Desfalcado na rodada, Timão vê “desfalque” do rodado Marcelinho Carioca. Com apenas 5 titulares, Mano Menezes chorou com a escalação, mas quase sorriu com a pontuação. Jogando mal, o Corinthians completou o quarto empate com o Ramalhão em quatro jogos nesta temporada. Destaque para o ídolo corintiano Marcelinho que marcou um gol relembrando os bons momentos com a camisa do adversário.
Cruzeiro 1 x 0 Sport - Com um a mais, Sport perde mais uma nos minutos finais. Pelas circunstâncias, aos 45 do segundo, o Cruzeiro até esboçava uma satisfação de somar apenas um ponto no Mineirão. A equipe comandada por Adilson Batista atuou quase toda a partida com um menos. Mas Kléber Gladiador aproveitou o cansaço do Leão para dar a estocada final. Detalhe para o zagueiro Juliano do Sport, na hora do gol, o atleta parecia interpretar o zooboomafoo.
São Paulo 2 x 1 Grêmio - Quem foi ao Morumbi gritou que o “Campeão voltou”. Com a vitória, aumenta a expectativa do Tricolor paulista repetir campanha semelhante à do ano passado, quando acordou e deixou, justamente, o Tricolor Gaúcho apenas sonhando com o título. Se o “campeão voltou”, o Grêmio refletiu. Parece que o time de Paulo Autuori tem, realmente, ido a pé para os jogos fora de casa. O retrospecto do Grêmio fora de casa é desastroso.
Flamengo 3 x 1 Atlético-MG - Urubu canta de Galo e vira para cima do líder, no Maracanã. Depois de perder Cuca, o Flamengo começa a levantar a cabeça no Brasileirão. Nesta avicultura, Tardelli pareceu estar pensando mais na Canarinha e esqueceu o melhor futebol no Rio. Assim, o Galo viu a liderança voar para o Palestra Itália.
Avaí 4 x 0 Vitória -Se for “fogo de palha”, o Avaí demonstra, realmente, que tem muitos coqueiros para abastecer o bom momento do clube, sem esquecer, claro, a consciência ambiental. A última derrota da equipe comandada por Silas deve ter inflamado o elenco que sofreu a derrota no dia 11 de julho para o Botafogo. Os goleadores foram Marquinhos, Luiz Ricardo, Muriqui e Caio. Detalhe para o número de expulsões: dois rubronegros e um alviazulino.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

FPF - Derrubando pedido da Patativa

A Federação Pernambucana de Futebol agiu de dois pesos e duas medidas. Desconsiderar, ao ponto de nem dialogar com a diretoria patativa, a solicitação de arbitragem de outro estado para o jogo do Central contra o Santa Cruz foi uma pisada de bola do presidente Carlos Alberto Oliveira.
A partida em Caruaru é decisiva para a continuidade de vida dos alvinegros ou tricolores. Ou seja, jogo com importância de estar ou não em atividade até o fim do ano. Ficar cinco meses sem participar de uma competição oficial é o pesadelo de todo e qualquer clube que planeja uma saúde financeira que honre seus compromissos.
Apesar da valia em campo para os dois pernambucanos, o presidente Carlos Alberto Oliveira minimizou e menosprezou o jogo por conta da competição: a Série D. "Se um quadro local não tem condições de apitar um jogo de Quarta Divisão, melhor seria dissouvê-lo de uma vez", declarou o presidente da FPF que talvez tenha esquecido que duas das quatro equipes mais tradicionais do estado estão justamente na Série D.
Alguns clássicos no Campeonato Pernambucano, na própria gestão de Carlos Alberto, contaram até com arbitragem internacional. Em situações recentes, Santa e Sport solicitaram e foram atendidos em pedidos de árbitros fora do quadro regional ou nacional, mesmo que nestes casos a competência não fosse da FPF, a sensação para ambos clubes foi de conquista por direito que os assistiam.
A afirmação de Carlos Alberto Oliveira sobre as condições do quadro de árbitros pernambucanos terem ou não condições de participarem da "Quarta Divisão" é uma ofensiva à própria FPF. Se a "Quarta Divisão" tem nível de exigência de qualidade de árbitro que não arbitrar uma partida decisiva entre dois clubes do mesmo estado seja tão deprimente ao ponto de dissolução, o que fariam dois tradicionais representante do estado nesta competição? Estariam no lugar correto? Na melhor das intenções regionalistas, o fracasso dos tradicionais clubes pernambucanos é o fracasso da FPF.
Fonte: Jornal do Commercio.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Seleção - Antes Tardelli do que nunca.

Dunga anunciou a convocação dos 22 jogadores para o amistoso contra a Estônia, dia 12 de agosto, em Tallin. A única novidade foi a justa convocação de Diego Tardelli. Além desta, outra novidade é volta do lateral Marcelo, do Real Madrid. Assim, voaram da Canarinha, e não voam para Tallin, Pato e Kléber.
Diego Tardelli mostra maturidade em campo e fora dele. Aparentemente, não entra mais em situações furadas como a daquele garoto imaturo que veio do interior e teve uma mudança brusca na vida, como o próprio afirma hoje em dia. Tardelli tem potencial de craque, só não tinha conseguido demonstrá-lo por conta da própria imaturidade. Diferenciado em posicionamento e inteligencia, Tardelli finaliza como poucos, hoje, no futebol nacional. Nada mais junto que uma vaga entre os atacantes. Pato, no momento, realmente precisa ser escanteado... mas nunca ser tratado como um patinho feio.
Na lateral esquerda, André Santos colocou Kléber "para correr" no pior dos sentidos. A corrida de Kléber ficará limitada apenas vestindo a camisa colorada... Marcelo ganhou nova chance. O ala do Real Madrid tem muita habilidade, mas falta objetividade ofensiva e força na marcação. Ganhou nova chance justamente pela fragilidade de laterais esquerdos brasileiros de alta qualidade.
O resto continua o resto. Gilberto Silva teve exibições acima da expectativa na Copa das Confederações, mas é muito pouco para alguém de cadeira cativa na seleção. No mesmo caminho, segue o volante Josué. Juan, recuperado, reaparece, talvez para teste de fogo. Dunga tem outras boas opções para zaga, inclusive em clubes brasileiros. Abre o olho Juan!
Lista completa:
GOLEIROS
Júlio César (Inter de Milão-ITA)Gomes (Tottenham-ING)
LATERAIS
Maicon (Inter de Milão-ITA)Daniel Alves (Barcelona-ESP)André Santos (Fenerbahce-TUR)Marcelo (Real Madrid-ESP)
ZAGUEIROS
Lúcio (Inter de Milão-ITA)Juan (Roma-ITA)Luisão (Benfica-POR)Miranda (São Paulo)
MEIO-CAMPISTAS
Gilberto Silva (Panathinaikos-GRE)Felipe Melo (Juventus-ITA)Josué (Wolfsburg-ALE)Kléberson (Flamengo)Ramires (Benfica-POR)Elano (Manchester City-ING)Kaká (Real Madrid-ESP)Júlio Baptista (Roma-ITA)
ATACANTE
Robinho (Manchester City-ING)Luís Fabiano (Sevilla-ESP)Nilmar (Villarreal-ESP)Diego Tardelli (Atlético-MG).

domingo, 26 de julho de 2009

Rapidinhas - Aqui, ali e Acolá

Avaí Ecológico - Depois de demonstrar força para se sustentar na elite, o Avaí acena para a sustentabilidade ecológica. Os cartolas do clube catarinense estudam a posibilidade de compensar a emissão de carbono decorrente de viagens e outras atividades agressoras ao meio ambiente. Em breve, o torcedor que chegar ao Ressacada através de bicicleta para acompanhar o time no Brasileirão ganhará desconto na compra de ingressos.
O Avaí está marcando um belo gol com a iniciativa ecológica. Defendendo o verde da natureza, a inovadora estratégia de marketing que deve garantir umas "verdinhas" para os cofres do clube.
Aquele Souza... - Atualmente, o meia alagoano Souza, do Grêmio, está comendo a bola no Brasileirão. Por conta da idade, aquele outro meia Souza, potiguar, que já jogou no Corinthianas e no São Paulo, não tem mais a mesmo "apetite" de tempos atrás. Amanhã (27), o atleta vai anunciar, em entrevista coletiva, que estará pendurando as chuteiras. O motivo para o encerramento da carreira do jogador, de 34 anos, é o mesmo fantasma que já aterrorizou vários outros ex-jogadores: contusões crônicas.
Souza planeja uma volta ao mundo do futebol. Ainda não revelou se como treinador, comentarista convidado ou agente, dentre outras possibilidades que a honrosa carreira pode privilegiar.
Entre seis por meia dúzia... zero - O Sport tentou contratar o atacante Roni que estava no Santos. Depois da maior peleja dos dirigentes rubronegros, Roni foi liberado pelos dirigentes santistas para negociar com algum clube. Roni disse "não" ao campeão da Copa do Brasil de 2008 e sim para o campeão de 2007. Atualmente, tanto Fluminense quanto Sport estão mal no Brasileirão. Talvez prometendo um salário maior, Roni preferiu as Laranjeiras à Ilha.
Os dirigentes do Sport lamentaram. Mas fica uma pulga atrás da orelha, seria realmente um atacante com as características de Roni que o Sport precisa? Acredito que dentre Wilson - que está voltando - e Arce, as características são quase as mesmas. Seria seis por meia dúzia...
Clássico Centenário - Completando 100 anos de história, o confronto entre Sport e Náutico ficará para a história, hoje, às 16h na Ilha, apesar da fraca campanha de ambos. Pela rivalidade, acredito que até se ambos se estivessem de mala pronta para a Série B, o derby continuaria empolgante e com o molho centenário muito bem temperado. Pela situação complicada de rubronegros e alvirrubros, na verdade, em caso de vitória, o afundamento do adversário será ainda mais "empolgante" nas gozações. Pode até ser engraçado gozar o adversário, mas já passou a hora dos dois pararem de graça no Brasileirão.



Fontes: Folha de São Paulo, O Mossoroense, Blog do Torcedor.

Brasileirão 14ª rodada (Transferência de gordura)

A vitória do Goiás colocou mais tempero na disputa do Galo e do Porco. Pontos corridos com briga acirrada pode ser mais emocionante que a romântica e empolgante final do Brasileirão, que apenas ficou na memória dos mais velhos apaixonados pelo futebol nacional. Com diferença apenas de um gol pró do alvinegro mineiro para o alviverde paulista, as duas equipes colocam uma gordura - mesmo que seja light - para os concorrentes no G4.
De cima para baixo, a briga também continua empolgando na zona de degola. O equilibrio ainda é grande. O lanterna Náutico está a apenas dois pontos do "líder da degola" Sport. Botafogo, Cruzeiro e Coritiba - mesmo que os dois primeiros tenham um jogo a menos - continuam acompanhando de perto a luta dos que não lutam para não cair.
Destaque também para o segundo clássico centenário no Brasileirão 2009. Uma semana após o Gre-Nal, o Clássico dos clássicos foi empolgante nas quatros linhas, mas ingrato na tabela de clasificação.
Destaques:
  • Positivo: Jorginho e Andrade, treinadores interinos que mostraram serviço. Um ganhou um clássico; outro quebrou tabu.
  • Negativo: Internacional
  • Rei da Rodada: Souza, meia do Grêmio. O meia alagoano foi a principal arma na vitória gremista.

    Pedra na chuteira: Defensores do Sport. Sofreram dois gols de Bala e ainda comenteram penalti do jogador mais polêmico do futebol pernambucano atualmente.
  • Gol da rodada: Leandro Domingues, meia do Vitória. Domingues marcou o único gol no encontro contra o Coritiba, um belo e importante gol.
  • "O que vou dizer em casa?": Pará, lateral do Santos. Fazer gol contra aos 42 do segundo quando a equipe está empatando em casa é um sério problema.

Atlético-PR 1 x 3 Avaí - Onda do Avaí continua mais forte que Furacão. A equipe treinada por Silas conquistou a quarta vitória seguida e o melhor de tudo: com futebol convincente. Na Arena da Baixada, nem a estréia de Alex Mineiro deve ter animado o rubronegro paranaense.

Grêmio 3 x 2 Santo André - Ramalhão sofre frio e virada em Porto Alegre. O Santo André até abriu o placar contra o Grêmio, mas não contava com banho d'água fria com a impecável exibição do alagoano Souza. O corta luz de Marcelinho Carioca ficou até apagado depois dos belos passes e gol de Souza.

Botafogo 3 x 2 Internacional - Inter não passa por prova de Fogão e continua aumentando desconfiança no Brasileirão. Colorado começa a ficar vermelho de raiva. Depois de projeções ambiciosas no início do ano, o Inter começa a sofrer ameaças de permanência no G4.

Corinthians 0 X 3 Palmeiras - Ronaldo se quebra, Timão sofre três Bobinadas e vê o Porco brigar pela liderança. A despedida do interino Jorginho - apesar dos pitacos de Muricy - comprovou a delicada manobra da diretoria palmeirense. Retirar um comandante técnico com o aproveitamento de Jorginho é coisa que tem alma palmeirense, é coisa de espírito de Porco.

Santos 1 x 2 Flamengo - Ganso começou dando trabalho, mas no final o Urubu acabou levando a melhor. Luxemburgo conheceu a primeira derrota no comando do Santos 2009, mas, por brigar, acabou desconhecendo o atleta Roberto Brum. Destaque ainda para o belo gol de Adriano no jogo de número 1000 do Flamengo na história do Brasileirão.

Sport 3 x 3 Náutico - No Clássico dos clássicos centenário, a divisão de pontos pode até ter honrado a história, mas o presente preocupa a ambos. A partida foi movimentada e empolgante, mas Sport e Náutico continuam na zona de degola do Brasileirão. Continuando assim, o Clássico de 101 anos pode até ser pela Série B.

Atlético-MG 0 x 1 Goiás - O Galo perdeu a gordura light, mas não a liderança para o visitante mais mal educado do Brasiléirão. O Goiás continua como visitante indesejado. Com uma bela postura de forte marcação e objetividade em contra-ataques, a vitória da equipe de Hélio dos Anjos, mesmo contra o líder, não foi surpresa. A torcida do Galo continua dando espetáculo à parte no Mineirão: mais de 50 mil pagantes.

Barueri 1 x 2 São Paulo - Dentre os clássicos centenários, Barueri mantém zero por cento de aproveitamento no "clássico monopolizado". Desde 2007, São Paulo e Barueri se enfrentam no Paulistão e agora no Brasileirão, foram cinco jogos e cinco vitórias do time do Morumbi. Seguindo a história contra o Barueri, o São Paulo começa a abrir um olho frente à dormência que passava.

Fluminense 1 x 1 Cruzeiro - No Flu, Renato chega, bom futebol continua escondido. O time Pó de arroz teve uma boa oportunidade para conquistar a vitória depois que o zagueiro Leonardo Silva foi expulso aos 16 minutos da etapa complementar. O encontro marcou a disputa de duas equipes teoricamente de alta qualidade técnica que ainda brigam na parte de baixo da tabela.

Vitória 1 x 0 Coritiba - Em partida equilibrada, Leandro Domingues derrubou o Coritiba. A vitória dos rubronegros colocam o time novamente no G4. Renê Simões continua brigando para sair das últimas colocações do Brasileirão 09.

Santa - China não passa Sergipe e segue outro caminho.

Mais de 40 mil tricolores preferiaram acompanhar o jogo do Santa contra o Sergipe in loco, mesmo desconfiando que a partida seria transmitida pela TV. A emocionada torcida coral estava fazendo sua parte na hora e local correto. Mas a emoção desafiou o recorte das arquibancadas. Teimando contra o tempo e o espaço, a emoção apareceu cedo nas dependências do estádio José do Rêgo Maciel. Com as declarações/ameaças do presidente Fernando Bezerra Coelho - de férias no EUA -, China sabia que somente uma vitória tranquila - ou seja, sem emoções -, ontem, garantiria a própria permanência no comando técnico coral.

O "pontapé sonoro" de FBC transformou a "Semana Sergipe" bastante incômoda. Sérgio China comandava os preparativos da equipe com uma insistente pedra na chuteira. Se o trabalho de China não estava agradando, com certeza, ficou pior com o sentimento de ameaça do cargo. As declarações de que o cargo de treinador do Santa dependia do resultado de ontem não deviam ultrapassar as reuniões entre dirigentes. Em competições de "tiro curto", como a Série D, todo cuidado para evitar instabilidade emocional é pouco. Se na disputa de pontos corridos pode existir mais tempo para arrumar a casa, na Série D o dirigente-engenheiro tem que ter cuidado para não derrubar tudo tentando mudar um pilar. Reerguer uma casa pode exigir mais tempo que menos de uma semana, por exemplo, o tempo que o Santa precisa se arrumar por questão de vida ou morte.
Pelo pouco tempo de trabalho nos Aflitos e no Arruda, fica difícil dar um palpite exaltando ou criticando o potencial de Sérgio China. A falha de retirar o meia Juninho, que dentre os onze jogadores corais era o melhor, é pouco para avaliar totalmente um treinador que está começando na carreira. Aliás, quando treinadores medalhões, sem sofrer nenhuma pressão externa, surpreendem na regra 3, muitos imaginam que algo de mirabolante e sobrenatural passou pela cabeça do treinador.
Pelo o tropeço de ontem, erraram os dois comandantes, o do clube e o do time. Com a melhor das intensões, o tricolor FBC influenciou negativamente no desempenho contra o Sergipe. Com a melhor das pretensões, China deixou-se influenciar pela pressão no cargo. Lá dos Estados Unidos, o disparo de FBC atingiu, de forma certeira, China. Mas, na competição de tiro curto, FBC deve lembrar de tomar cuidado com a culatra nos próximos dias. A atitude do executivo maior do Santa pode levar a mutidão coral a compará-lo com Romerito Jatobá ou Edson Nogueira na insatisfação do time.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Brasileirão 13ª rodada (xingando árbitros e treinadores)

O Brasileirão 09, até o momento, é um dos mais exigentes com treinadores. Nesta 13ª rodada, dois, em especial, ouviram cantos nada agradáveis das arquibancadas. No Maracanã, depois de tanto ouvir a torcida do Flamengo ironicamente se despedir, Cuca perdeu a cabeça. No Beira Rio, Tite beira uma demissão. A torcida Colorada até tentou antecipar as ações da direoria do Inter, mas, apesar do "ti ti ti", o treinador continua.

Ainda sobre Inter e São Paulo, o atacante Alecsandro fez dois gols em posição de impedimento... se embalar, quem o impedirá de brigar pela artilharia? Foram duas falhas de um mesmo tipo de problema. A arbiragem continua errando e pedindo bis. Nos Aflitos, a briga dos homens das 17 regras foi pau a pau com os do Beira Rio. Desde o ano passado que Náutico e Botafogo nos Aflitos sempre gera algumas injustiças...

Pelas sequências, as sensações do momento são Corinthians e Avaí. O Timão começa a brigar pela "segunda classificação na Libertadores 2010" e o Avaí a esquecer a Série B 2010. Assim, na dança dos treinadores, Mano e Silas não estão sabendo nenhum passo, são pessoas travadas para mexer o corpo.

Na briga mineira, o Cruzeiro sinalizou que deve reagir e honrar a boa equipe que treina na Toca da Raposa, mas o Galo já começa a engordar e ganhar distância dos adversários na classificação.




Destaques



  • Positivo: Avaí. Indiscutível reação de uma equipe que a pouco tempo estava na lanterna. O destaque do time é o conjunto, a disciplina tática.

  • Negativo: Fluminense. O inverso do Avaí. Elenco caro, individualista, sem identidade em campo. Será que Renato resolve?
  • Rei da Rodada: Aranha, do Atlético-MG. O camisa 1 do Galo, às vezes, é meio esquecido na boa campanha atleticana... injustiça.
  • Pedra na chuteira: Muricy. Vai assumir o Palmeiras que seguia com ótimo aproveitamento com interino, mesmo sem saber como o Verdão vai encarar o Timão.
  • Gol da Rodada: Neymar. Marcou um único gol, mas importantíssimo para o Peixe não afundar.
  • Apito desafinado: José Henrique de Carvalho (SP). Apitou e errou muito no empate do Náutico com o Botafogo.
  • "O que vou dizer em casa?": Cláudio José Miranda, assistente do empate entre Inter e São Paulo. O bandeirinha deve se atrapalhar na hora de conferir os erros com replay de lances semelhantes.



Santo André 0 x 2 Cruzeiro - Santo, em casa, não faz milagre e Cruzeiro volta a ser bem cotado no Brasileirão. A equipe mineira não contou com zagueiros de ofício, mas, pelo jeito, não sentiu o problema no estádio Bruno José Daniel. O time do ABC não contou com o experiente Marcelinho Carioca.

Flamengo 1 x 1 Barueri - O placar não agradou a nenhum das equipes, mas para o Barueri, até que não foi um resultado de arrancar o cabelo, como resumiu o ala Márcio Careca: "Lamento porque eu perdi uma chance clara e me faltou calma, mas foi bom pois conquistamos um bom resultado".

Avaí 1 x 0 Grêmio - Depois de largar o brilho da lanterna, sol começa a brilhar no Avaí. A equipe comandada por Silas começa a ganhar uma identidade: frieza com forte marcação no meio de campo aguardando os erros adversários. Assim, o Avaí deixou Goiás, Sport e Grêmio desesperados nas últimas rodadas. Curiosamente, o esquema no alvi celeste é o que o Grêmio utilizava antes da chegada de Autuori.

Santos 1 x 0 Atlético-PR - Magro, mas eficiente placar é autoria do magro, mas promissor Neymar. Mesmo com novidade no banco de reservas, Luxemburgo acompanhou quase todos os problemas do Santos na era Mancini: lesões de jogadores importantes, instabilidade técnica de outros que tentam titularidade e falta de jogadores para algumas posições. Apesar das dificuldades, Neymar mais uma vez salvou o Peixe. O Furacão continua sem sequência positiva.

Internacional 2 x 2 São Paulo - No primeiro tempo, a arbitragem não impediu o Colorado; no segundo, o São Paulo impediu. Sem o mesmo ritmo do início do ano, o Colorado, em pleno Beira Rio, deixou o Tricolor Paulista ditar o ritmo da partida. A equipe de Ricardo Gomes perdeu um penalti ainda quando perdia por 2 a 0 e por muito pouco não conquistou três pontos fora de casa.

Goiás 2 x 1 Palmeiras - Aguardando Muricy, Jorginho esmurece na briga pela liderança. Depois da virada de idéia da diretoria palmeirense em manter o interino Jorginho no comando, a "resposta" para a atitude ingrata foi a derrota de virada depois de um golaço de Diego Sousa. O time de Hélio dos Anjos conseguiu vencer em casa, o que tem sido mais difícil neste Brasileirão.

Náutico 2 x 2 Botafogo - Náutico não apaga Botafogo e ambos sentem cheiro das cinzas da zona da degola. O encontro marcou um espetáculo de reclamações, a torcida, logicamente com o time; o Botafogo com a arbitragem; a crônica pela fragilidade das equipes. Contando a inspiração ofensiva do zagueiro Juninho, o alvinegro carioca abriu o placar. O Timbu reagiu e virou. Mas em novo lance de Juninho, a bola sobrou para Reinaldo empatar.

Corinthians 2 x 1 Vitória - Derrubando o Leão Imperial, Mosqueteiro avança na busca por Tríplice Coroa. Depois de aprender muito com as baladas da vida, Ronaldo deu uma de garçon para Dentinho abrir o placar. Não foi um passe, foi uma chance de pai para filho, foi uma bola de Dentão para Dentinho. Ainda sorrindo, Douglas deu outro passe/gol para o Timão fazer 2 a 0. Apodi diminuiu o placar o Vitória aumentou a pressão. Mas o placar não mudou.

Coritiba 1 x 1 Sport - No gelado mar do Couto Pereira, Leão Marinho arranca empate fora de casa. Além das fragilidades técnicas das duas equipes, a chuva atrapalhou o desempenho da partida. Mesmo fora de casa, o Sport reconheu melhor as supresas do pântano no Alto da Glória. Dutra, que no primeiro tempo atuou num canal/corredor marcou o primeiro gol. De penalti, Marcelinho Paraíba, sem paradinha, fechou o placar.

Atlético-MG 2 x 1 Fluminense - Pó de arroz foi motivo de engorda: o Galo é líder com um pouco de gordura. Não tive gol bonito no Mineirão, mas o time de Celso Roth vibrou com os números favoráveis no Brasileirão 09. No primeiro gol da partida, algum atacante fantasma completou contra Fernando Henrique; no segundo, a bola morreu na barriga de Tardelli antes de matar o Flu, que ainda descontou, mas não ponuou. O Destaque da noite foi o goleiro Aranha. Fernando Henrique também merece elogios.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Coritiba - Antes do teste do pezinho, o teste do Coxa... Na Bolívia - Antes do peneirão, a ajuda do "treinador paizão".

Acompanhando o Blog do Torcedor, junto duas postagens:

Uma do site Máquina do Esporte:

O Coritiba irá celebrar o seu passado de olho nos torcedores do futuro. No mês de outubro, quando completará cem anos, o clube fará uma ronda pelas maternidades da capital paranaense para distribuir kits com produtos oficiais e, assim, amealhar a simpatia de uma nova geração de alviverdes. Segundo cálculos do Coritiba, cerca de duas mil crianças com potencial para torcerem pelo clube nascerão na cidade daqui a três meses. Os pais que quiserem participar da promoção deverão ligar para a organização do centenário coxa branca antes de irem para o hospital. "Nós fizemos essa conta com base no número histórico de crianças que nascem na capital no mês de outubro. A gente vai providenciar a entrega do kit logo nas primeiras 48 horas de vida do recém-nascido", afirma Roberto Pinto Júnior, coordenador do centenário do clube.

Outra da Agência EFE:

O boliviano Mauricio Baldivieso, de 12 anos, fez sua estreia pelo Aurora neste domingo e se tornou o jogador mais jovem a atuar na primeira divisão do futebol local.
O atleta, que completará 13 anos na próxima quarta-feira, entrou em campo nos dez minutos finais da partida contra o La Paz, fora de casa. Os anfitriões venceram por 1 a 0.
Mauricio é filho do ex-jogador Julio Cesar Baldivieso, técnico do Aurora.
Nesta segunda-feira, o diário "La Prensa" publicou que Mauricio Baldivieso é o jogador mais jovem na história da primeira divisão do Campeonato Boliviano.
Já o treinador do Aurora elogiou a atuação do filho e disse que o menino, apesar da pouca idade, tem talento e foi bem.


Opinião do Blog:


Ao mesmo tempo que investidores de futebol inflacionaram as cotas de atletas e treinadores, aumentado, portanto, seu passivo, buscam de toda forma estratégias de equilibrar os caixas. Nem sempre receber cotas exorbitantes da TV e dos patrocionadores é a solução de todos os problemas. Individados do goleiro ao roupeiro há várias gereações, às vezes, os cartolas recorrem aos mais novos estratégias de tentar, desesperadamente, solucionar os erros do presente e do passado.


Claro, não há nenhuma regra impedindo o marketing do Coritiba nem a precoce "descoberta" boliviana, desde que respeitado o estatuto da criança e adolescente de cada país para o segundo caso. E ainda por cima, se houvesse, poderiamos realmente dizer que para todas regras, suas excessões. Maradona com 15 e Pelé com 16 anos já tinha "experiência" de master.


No caso do Coxa, vale o incentivo, mas uma criança de alguns meses ainda não tem o desenvolvimento nem para entender o é que gol. Gostar de futebol será outra história nos primeiros anos de vida.


A promessa boliviana pode até ser talentosa, mas numa idade como essa não seria melhor aperfeiçoar fundamentos básicos do futebol? Muitos "craques" de hoje não usam as duas pernas para chutar ou lançar, tem dificuldade no cabeceio e no posicionamento, por exemplo. Jogar de repente no campo pode atrapalhar algumas etapas de formação completa de um "jogador profissional".

domingo, 19 de julho de 2009

Brasileirão - 12 ª rodada (Os astros da bola dizem...)

Assim como a astrologia defende que as mudanças de fase da Lua alteram muitas coisas na Terra, a 12ª rodada, início de "nova fase", começa a mudar a algumas situações e criar novas expectativas. O Palmeiras entrou na briga pela ponta e entra como forte candidato a ganhar uma nova cara na fase do Brasileirão com dois jogos por semana. O Corinthians, após a vitória em Belo Horizonte chegou a sexta posição e muitos acreditam que já telegrafou uma amizade com o seleto grupinho que disput a primeira posição do campeonato. Também demonstrando reação, o Avaí, comandado por Silas, começa a despedir dos clubes da parte de baixo da tabela. O Cruzeiro, também parte da astrologia, é o astro com maior observação no momento. Depois de deixar a Libertadores, todos querem acompanhar a recuperação ou extensa ressaca cruzeirense.

O futebol pernambucano continua nas piores. O Náutico é lanterna e o Sport, virtualmente, está na zona de rebaixamento. Curiosamente, na briga pela artilharia estão três jogadores que passaram pelos três clubes mais tradicionais do estado, Roger pelo Sport, Felipe pelo Náutico e até Val Baiano, que teve uma meteórica passagem no Santa de 2006.

Homenageando a Chegada do homem a Lua, apenas dois placares em branco, o clássico paranaense e boa briga entre Vitória e Atlético de Minas.


Destaques

  • Positivo: Palmeiras. Entrou na briga pela primeira posição. Divide a mesma pontuação do Galo, 25.

  • Negativo: Fluminense, Sport e Náutico. Os dois primeiros por perderem de forma vergonhosa em casa com direito a "olé às inversas" no Maraca e na Ilha. O Timbú, pela "quadra" no campo de jogo em Barueri.

  • Pedra na chuteira: Cuca. Mais uma vez com a dor de cabeça chamada Flamengo no caminho.

  • Rei da Rodada: Val Baiano. Oportunista, fez quatro gols e briga pela artilharia.

  • Deu com os burros n'água: Geninho do Náutico. A ordem era um time mais brigador... esperamos que os jogadores não briguem com a torcida alvirrubra.

  • "O que falar em casa?": Dudé do Sport. Depois de abrir o placar para o Avaí numa bela cabeçada e jogar muito mal, saiu de campo sem substituição... foi expulso.

  • Apito desafinado: Elmo Alves Resende da Cunha (GO). Falha capital contra o Cruzeiro ao ver mão do zagueiro Leonardo Silva. A "visão" resultou nas injustas expulsão e marcação de penalti contra a Raposa.

  • Gol da rodada: Souza do Grêmio. Cobrança de falta de longe e gol importantíssimo.



Palmeiras 1 x 0 Santo André - Bem postado na defesa, o Verdão aguardou o maior vacilo do Ramalhão para vencer a partida. A vitória do Porco trouxe maior segurança para o ex-interino Jorginho. Marcelinho Carioca até que tentou relembrar os antigos embates com o goleiro Marcos, mas a "memória" do ex-corintiano está fraca...


Fluminense 1 x 4 Goiás - Vinícius Eutrópio, treinador interiono do Flu, ganhou de Hélio dos Anjos apenas nos gritos. O primeiro tempo foi uma sinfonia de vaias da torcida e grito dos treinadores, mas pouco futebol e nenhum gol. No segundo tempo, Ruy parecia encabeçar uma vitória tricolor, mas o ritmo carioca durou alguns poucos minutos até a superação e qualidade do Goiás que, sinceramente, parece jogar muito mais bola fora de casa.


São Paulo 2 x 1 Santos - Em um Morumbi "careca" nas arquibancadas, no clássico San-São, Highlander fez a diferença. Apenas 11 mil conferiram o futebol abaixo da espectativa entre São Paulo e Santos pela 12 ª rodada. O Tricolor contou com a recuperação do artilheiro Washigton. O Santos, sem Kléber Pereira, não tinha um atacante fixo na partida e agora joga todas as fichas - notas e cheques - no caro treinador Vanderlei Luxemburgo.


Atlético-PR 0 x 0 Coritiba - No Atlétiba da Baixada, Coxa e Furacão se abraçaram na metade de baixo da classificação. Na véspera do dia do amigo, os rivais paranaenses aparentemente não queriam causar constragimento maior ao outro; o clássico foi sem emoção, difícil até para o editor de imagens selecionar os lances "perigosos".


Grêmio 2 x 1 Internacional - Souza, de 30 anos, foi o homem centenário. O Gre-Nal centenário foi e ficou no Olímpico. Quando o Inter começa vencendo com gol de Nilmar, através de falha do adversário, logo no início é sinal de virada... e virada de centenário demora ainda mais a sair da cabeça dos derrotados.


Vitória 0 x 0 Atlético-MG - O Galo barrou os 100 por cento do Barradão. Com igualdade até em bolas na trave, uma para cada lado, os mineiros comemoraram a liderança e quebra de apenas vitórias do Leão Imperial em Salvador. A equipe de Celso Roth mostrou força mesmo sem duas importantes peças: Tardelli e Júnior.


Cruzeiro 1 x 2 Corinthians - Aproveitando ressaca cruzeirense, Ronaldo, perde penalti, mas consegue se redimir. Momentos antes da partida Ronaldo colocou os pés na calçada da fama do Mineirão e aparentemente não limpou bem os pés. Na hora de cobrar o penalti as pernas do Fenômeno pareciam pesar 200 kgs cada. Depois Ronaldo deixou sua marca e deu um passe para outro gol. A arbitragem também atrapalhou o Cruzeiro.


Barueri 4 x 0 Náutico - Mesmo perdendo Asprilla - leia-se "As pilhas" -, o caminho do Náutico realmente ficou de luz, mas da lanterna. Val Baiano mantem ótima média de gols e é símbolo da campanha do Barueri, que neste momento nem lembra de Pedrão. Batendo cabeça sem parar, a defesa alvirrubra parecia de fãs de heavy metal em pleno espetáculo.


Sport 1 x 3 Avaí - Sem teimar com a Geografia, só deu Avaí na Ilha. O "ula-ula" no Recife não é dança de cargo de treinador, mas sem ter mais a quem reclamar, Leão substituiu mal e botou a culpa toda no elenco. A torcida começa a ver diferença de animal no comando técnico do time... os gritos de "burro" variavam com o "olé" do Avaí.


Botafogo 2 x 2 Flamengo - Sem vingança, Botafogo mais uma vez sai na frente, mas sofre empate do Flamengo. A diretoria do Glorioso deve entrar com um pedido na FIFA para que o segundo tempo dos jogos contra o Flamengo tenham mais ou menos 30 minutos. Depois de primeiro tempo morno, as maiores emoções ficaram para a movimentação na segunda etapa. No primeiro gol do Bota vale ressaltar que Alessandro estava impedido.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Brasileirão 11ª rodada (O Peso da Cabeça)


Qual a diferença entre um jogador consagrado e um que tenta a consagração? Pode ser a cabeça... o Fenômeno usou-a como nunca havia usado antes para a suada vitória corintiana contra o Sport. Na Vila, o Santos não utiliza Neymar como titular pela fragilidade física e talvez pela falta de maturidade, ou seja, pela cabeça da jovem promessa. Mas, comparanando o consagrado com o que tenta a consagração, em outras palavras podemos dizer que Ronaldo utilzou mais a cabeça que Neymar na 11ª rodada. Mas ambos mostraram que não são bons apenas com os pés. Agora, as comparações devem parar por aí. Se o Corinthians tenta emagrecer Ronaldo, o Santos tenta engordar Neymar.


Com o término da Libertadores, todos os clubes voltam a ter atenção exclusiva para o Brasileirão. Mas nem todos os treinadores estão horando o horário de sono, alguns atletas foram convocados para a seleção brasileira sub-20 e com início de jogos nos finais e meio de semana, os departamentos médicos dos clubes começam a ficar movimentados.

Duas curiosidades. Na rodada, em quantidade de gols, detacamos três jogos. O empate em 3 a 3 entre Santos e Barueri e as vitórias do Inter e Corinthians, por 4 a 2 e 4 a 3, respectivamente. Na tabela, a distância entre o Sport - melhor colocado entre os clubes da zona intermediária - é de apenas dois pontos para o Náutico, lanterna. Ou seja, na parte de baixo da tabela, a briga continua "boa".


Destaques
  • Positivo: Atlético-MG. O Galo continua defendendo o ponto mais alto para manter o canto físico e sonoro do líder;

  • Negativo: São Paulo. Apático, deve ter sentido saudade das lideranças de um passado recente;

  • Pedra na chuteira: Ricardo Gomes. O treinador do São Paulo assiste ao sucesso de interinos, inclusive no rival Palmeiras;

  • Rei da rodada: Andrezinho, do Inter. Boa partida, dois belos gols;

  • Deu com os burros n'água: Goiás. Entrou em campo contra o time que estava com a lanterna e usou-a para auxilar a leitura de quebra de tabu.

  • "O que dizer em casa?": Zagueiro Miranda, do São Paulo. Falhou feio e cedo.

  • Gol da rodada: Marcelinho Paraíba, do Coritiba. Ao lado do Carlinhos "xará geográfico", a dupla de meias do Coxa costuma fazer golaços.


Coritiba 2 x 1 Grêmio - A virada do Coxa diminuiu as pretensões do Mosqueteiro voltar a pensar na Libertadores... 2010. Com um primeiro tempo de empate parcial em 1 a 1, a expulsão de Thiego do Grêmio, no segundo, ajudou a "expulsão" do Coritiba da zona de rebaixamento. Ambas equipes estavam cheias de desfalques, no Coxa, René mudou o esquema de 3-5-2 para 4-4-2. Deu certo.


Goiás 0 x 2 Avaí - No Serra Dourada, Avaí "deu" a primeira fora casa em uma relação de "Bodas de Pinho", no Brasileirão. Há 32 anos que o Avaí só "corria para o abraço" em casa, na Série A; anteontem, em Goiania, o alviazulino quebrou o ritmo da relação. Mesmo assim, o feito foi bem assustado, enquanto o placar estava em branco, o Goiás fez dois gols, só que em posição de impedimento... para a ira dos Anjos esmeraldinos.


Santos 3 x 3 Barueiri - Neymar evita nova fritura do Peixe no Brasileirão. Sem Mancini, demitido, as mudanças de Chulapa no segundo tempo foram fundamentais para o Santos conquistar o suado ponto, na Vila, depois de estar perdendo por 3 a 1. A dupla Val Baiano e Fernandinho continua fazendo vítimas, mas Robson e Neymar entraram nos 45 minutos finais e deram um pouco de ar ao Peixe.


Santo André 1 x 0 Atlético-PR - De gol em gol, o Santo continua subindo e em busca do milagre na primeira divisão. Depois de vencer o Fluminense por 1 a 0 no Rio, o Santo André repetiu o placar vitorioso contra o Furacão, anteontem, no ABC paulista. No primeiro tempo o jogo estava tão ruim que dava sono, mesmo assim, Neneca ainda teve algum trabalho.


Internacional 4 x 2 Fluminenese - Chuva de gols, água e expulsões esquentaram e animaram a fria Porto Alegre. Mesmo debaixo d'água, Colorados e Tricolores distribuiram, de forma organizada, os gols no Beira Rio. O Inter fez 2 a 0, deixou o Flu empatar em 2 a 2 e finalou a contagem de gols com o placar de 4 a 2. Entre tantas siglas para clássicos regionais como GreNal e FlaFlu, a goleada gaúcha foi um clássico Fluvial.


Flamengo 1 x 2 Palmeiras - Sem Obina, o Palmeiras venceu o Flamengo no Maracanã. Devido às "Tantas Emoções" do cantor Roberto Carlos no sábado passado, o gramado não era dos melhores, no futebol da quarta foram apenas alguns lampejos de belos lances. Não sei se o Rei empolgou no sábado, mas o Imperador continua a desejar com a camisa rubronegra, fez apenas um gol de penalti e pouco colaborou com o time.


Corinthians 4 x 3 Sport - Um raio não cai duas vezes no mesmo lugar, mas outro Fenômeno pode "voar", com mais 90 kg, enganando Magrão. Relembrando a Copa do Brasil do ano passado, o Corinthians desejava acertar as contas com o Sport, mas quase errava na matemática. O Leão abriu o placar, o Fenômeno virou e Cristian ampliou. Quando o resultado parecia definido, o Sport empatou e Moradei fez o sétimo gol do jogo. Ainda fatou fratenidade entre Mano e Leão que desejavam ganhar duelo particular nos rugidos.


Náutico 1 x 1 Vitória - Na estréia, Geninho encontrou uma luz no vestiário, mas a lanterna continua incomodando nos Aflitos. Depois de um primeiro tempo sofrível, perder parcialmente por 1 a 0 ainda animava o Timbú a pontuar no jogo em casa. Com duas mudanças, a entrada de Lessa e Sidny, a equipe alvirrubra parecia realmente entrar em campo... alguns chegaram até a pedir um terceiro tempo, mas era tarde... e o Timbú dormiu com a incômoda lanterna.


Atlético-MG 2 x 0 São Paulo - Aproveitando mais um vacilo nos segundos iniciais, o Galo venceu e voltou a cantar como líder do Brasileirão. Depois do apito inicial, o zagueiro Miranda tentou sair jogando, mas entregou presente a ao ex-são paualino Tardelli que abriu o placar. No fim de semana passado, o Galo festejou a expulsão de Zé Carlos aos 15 segundos na vitória contra o Cruzeiro. Ouvindo "olé" nos minutos finais, quando já perdia por 2 a 0, o São Paulo lamenta a fraca campanha até o momento.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Copa Libertadores - Mineirãnazo?

Acompanhando o final da narração da final da Libertadores na TV ouvi um "É Tetra!" bem diferente do que ouvi há quinze anos, época em que eu ainda era estudante... Sem mais pisar na escola há vários anos, torci, ontem, pelo time de Minas Gerais, mas apenas um minério brilhou no Mineirão: La Plata.

Lendo o Blog do Juca, relembrei que de 2000 para cá, nas 10 decisões de Libertadores, os clubes brasileiros estiveram presentes em oito, vencendo apenas duas vezes, mas em situações que o título só podia ser brasileiro: São Paulo vencendo o Atlético Paranaense e perdendo para o Inter.
Ontem, no Mineirão, a sina de não vencer estrangeiros na Libertadores permaneceu e da forma mais drástica possível. Depois de deixar o Estudiantes em segundo plano no Grupo 6 da Libertadores e estar vencendo a final em casa pelo placar parcial de 1 a 0, pior que perder foi a postura irreconhecível de um time da mais alta qualidade técnica como os comandados de Adilson Batista.
Apesar de ainda podermos ressaltar a voluntariedade do Gladiador Kléber, os grandes nomes cruzeirense não fizeram uma boa exibição contra os argentinos. Ao contrário de Verón, nem Ramires nem Wágner "puxaram" a responsabilidade do jogo. Ainda no campo das responsabilidades, não ouvimos o apoio da torcida alviazulina antes do gol de Henrique. Acho que em Minas, o canto do Galo é mais alto nas arquibancadas.
O Cruzeiro é um time "simpático" em todo Brasil - lógico que não para a metade alvinegra de Minas -, por isso, quase todos os brasileiros que gostam de futebol foram um pouco Raposa ontem, mas o ruim foi a sensação Vira lata após o apito final. A final em Belo Horizonte mais pareceu um "Mineirãnazo".

domingo, 12 de julho de 2009

Brasileirão 10 ª rodada (Dançando lambanças no gol)

A décima rodada chamou atenção pelas lambanças em alguns gols. Talvez o mítico goleiro Higuita tenha aberto uma escolhinha de goleiros aqui pelo Brasil. O maior destaque é para o jovem goleiro Denis do São Paulo, que pensou em um lançamento milimétrico... mas não passava por sua cabeça entregar a bola aos atacantes adversários, assim, pasou pela sua própria cabeça - por cobertura - a bola para o fundo das redes. O goleiro do Santos também aprontou sua "obra prima" em Salvador, mas depois levou tantos gols que uma lambança a mais ou a menos fez pouca diferença. Quem também combinou trapalhadas no gol foi o arqueiro Andrey do Cruzeiro.
A conclusão da décima rodada mais uma vez alimentou o revezamento do Galo e do Saci pela liderança do campeonato. Desta vez, os mineiros acompanham os adversários pelo retrovisor, sabendo que ao cometer qualquer vacilo, poderá rapidamente perder o privilégio.
A partir de agora, o Brasileirão entra em uma "nova fase", a de rodadas no meio e nos finais de semana. Um novo momento para acompanhar mudanças na tabela. Alguns querem mudar a todo custo, como Fluminense e Náutico que demitiram seus treinadores.


Destaques




  • Positivo: Vitória. Não tinha a ver com problemas do Santos e aproveitou bem a situação. Não podemos tirar os méritos do Leão Imperial.

  • Negativo: Santos. Clima interno ruim que deve piorar com a goleada.

  • Pedra na chuteira: Tite. Sentindo os cortes de faca de dois gumes na própria mão. Comandando a equipe, teoricamente, mais forte tecnicamente, perdeu em momento que as ressacas (Copa BR e Supercopa) não saíram.

  • Rei da rodada: Roger, atacente do Vitória. Aproveitou a peixada da defesa do Santos, fez dois gols e divide a artilharia do Brasileirão.

  • Deu com os burros n'água: Zé Carlos, atacante do Cruzeiro. Começou com excesso de vontade, mas nem pode suar a camisa no clássico mineiro. O jovem atacante sofreu a expulsão mais rápida da história do Brasileirão, apenas sete segundos.

  • Apito desafinado: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG). Apitou São Paulo 2 x 2 Flamengo. Errou ao marcar penalti para o Flamengo e não marcar penalti em Washinton, para o São Paulo.

  • "O que dizer em casa?": Denis, goleiro do São Paulo, que com o ferro feriu os são paulinos e com o Fierro foi ferido pelas besteiras cometidas. Das três lambanças, a de Denis foi pior porque alterou diretamente o resultado.

Palmeiras 4 x 1 Náutico - O Parque Antártica parecia um parque aquático, mesmo assim, o Náutico afundou em São Paulo. A defesa alvirrubra esteve muito atrapalhada e desmotivada... as palavras negativas de Márcio Bittencourt em relação ao time aparentemente tiveram efeito, até os adversários percebiam: "Quando o time fica em uma situação difícil como o Náutico está, o jogador pode perder a confiança. Não podemos dar motivos para eles a recuperaram de novo", palavras do goleiro Marcos.

Barueri 3 x 1 Coritiba - Atrapalhado na defesa, Coritiba copera com a surpreendente campanha do Barueri. Destaque para o novo matador. De penalti em penalti, Val Baiano vai fazendo a torcida esquecer Pedrão. Dos Paraíbas, o Carlinhos fez um belo gol, mas não o bastante para embelezar o resultado.

Avaí 1 x 2 Botafogo - Nem mesmo as fortes chuvas em Florianópolis apagaram o ímpeto do Botafogo. No Avaí, continua o tempo ruim em todos os sentidos. O clima na Ressacada está tão ruim que os adversários já tomam vantagem da situação: "Foi um jogo pegado, mas a equipe lutou e abriu 2 a 0 no placar, quando o vento estava a favor", avaliou o lateral direito botafoguense Alessandro.

São Paulo 2 x 2 Flamengo - Em jogo movimentado, todos apareceram, goleiro, centroavante e até o árbitro tiveram seu tempo de atenção. No primeiro gol, a torcida são paulina ficou irada com o goleiro Denis, devem cair de pau pelo gol de Fierro. Depois de empatar o jogo, os são paulinos transferiram a raiva para o árbitro mineiro Ricardo Marques Ribeiro, autor da maracação do "penalti" em Adriano, que não demonstrou nenhuma emoção ao converter a penalidade. Para completar, Washington ainda foi puxado na área, no fanilzinho do jogo.

Atlético-PR 3 x 2 Internacional - Na Baixada, Inter continua caindo de rendimento. O encontro sulista livrou o Furacão da degola e aumentou a desconfiança ao Saci, que perdeu a liderança do Brasileirão. Contando a sorte nos dois gols, o treinador Tite vive o outro lado da moeda ao comandar uma equipe tecnicamente forte. Se sobreviver após o Furacão, bastar mais um leve sopro para deixar o Beira Rio.

Grêmio 3 x 0 Corinthians - Com gol de jogadores reservas, Grêmio não popou ninguém, nem Mano nem Timão. No encontro dos Mosqueteiros, o gaúcho mostrou-se bem mais recuperado da triste ressaca que o paulista da alegre ressaca. O tricolor começou num ritmo forte, dominou taticamente o Corinthians e ainda fez o Fenômeno ouvir "olé".

Cruzeiro 0 x 3 Atlético-MG - Pensando no Estudiantes, Cruzeiro levou uma aula do Galo. Curiosamente, os dois primeiros gols nasceram de "passes furadas", um de Diego Tardelli e outro, sem querer, de Fabrício do Cruzeiro. O Cruzeiro entrou em campo para o clássico com reservas, juniores e, praticamente, um a menos já que o atacante Zé Carlos foi expulso aos sete segundos.

Fluminense 0 x 1 Santo André - Ramalhão faz gol no início do jogo, segura o resultado e o Flu na zona de rebaixamento. No Engenhão, o atacante Antônio Flávio pode até ter errado na conta o passe para Nunes, mas Wellington Monteiro completou para a alegria do time do ABC. A queda em casa ainda foi a gota d'água para saída de Parreira do time das Laranjeiras.

Vitória 6 x 2 Santos - Resultado para deixar qualquer Mancini bem bravo. O treinador do Peixe, estava no comando do Leão da Barra há cinco meses. O cartão de visitas do ex clube não foi nada gentil ao treinador, foram quatro gols em apenas 28 minutos. Destaque para o atacante Roger que marcou dois gols logo nos 15 primieros minutos. Teve espaço para o "experiente gato" Jackson deixar sua marca.

Sport 1 x 0 Goiás - Com uma maozinha de Tolói, Leões respiram na Ilha. O Leão da Ilha respirou por sair da zona de degola, o Leão treinador respirou porque não reclamou da arbitragem. Em noite pouco inspirada, o bom ataque esmeraldino não levou muito perigo à meta de Magrão, no magro placar da Ilha.

Decepções - O bicho papão tem duas caras


Início de temporada é sempre igual. Alguns bons resultados no campeonato estadual, nomes de peso no elenco e ritmo forte na Libertadores ou Copa do Brasil são os requisitos para definirmos os times mais fortes do país. Inevitavelmente, começamos a distribuir "títulos" para os bichos papões, esquecendo as realidades no nosso futebol que acabam enfraquecendo a estabilidade das lendas de bichos papões. Entre os motivos para queda de rendimento, devemos ponderar brigas de ego, venda de alguns jogadores, pressão interna por resultados, excesso de confiança, atraso de salário, dentre outros problemas... e por que não: falta de sorte.
Internacional - Apesar de se manter na briga pela liderança do Brasileirão, o Colorado perdeu, de forma melancólica, a final da Copa do Brasil para o Corinthians. O Colorado tem, teoricamente, o não apenas o melhor time, mas o melhor elenco do Brasil. Para completar o mal estar no Beira Rio, o simbólico título da Supercopa fora para os ares, ou seja, ficou na altitude de Quito. A LDU, equipe que caiu de rendimento depois do título maior de clubles sulamericanos, venceu em Porto Alegre e no Equador.
Palmeiras - Alguns consideravam o Porco melhor que o Colorado graças a algumas peças individuais como Keirrison, Cleiton Xavier e Diego Sousa. Perder o Paulistão poderia ser considerado um leve tropeço no estadual mais difícil do país. Na Libertadores, teve muita dificuldade no Grupo da Morte quando era considerado favorito. Deixou o sonho sulamericano escapar pelo modesto Nacional do Uruguai. No Brasileirão, o consolo do G-4 parece acalmar o Parque Antártica.
São Paulo - A queda de rendimento em 2009 não foi surpresa, mas de qualquer forma o Tricolor do Morumbi tem um elenco muito respeitável. Assim como o Palmeiras, não houve grande lamentação por ficar de fora da final do Paulistão. Na Libertadores, o clima ficou pesado pelo jogo bisonho contra o Cruzeiro, no Morumbi, pelas quartas. No Brasileirão, atualmente, o time está na zona neutra.
Sport - O tetracampeonato invicto e a surpreendente campanha na primeira fase do Grupo da Morte da Libertdaores mudou o sonho sulamericano de apenas boa campanha para título. Bastou a eliminação nas oitavas para a casa cair. Treinador e jogador arrumando desculpa para sair. No Brasileirão, atualmente, apenas briga para se afastar da zona de degola.


O outro lado da moeda...


Atlético-MG - Fez um bom campeonato mineiro, mas os créditos foram por água abaixo quando perdeu título estadual com direito a goleada do forte Cruzeiro. Na Copa do Brasil, saiu nas oitavas, nos penaltis, contra o Vitória. De desacreditado no início, o Galo, no momento, está brigando pela liderança do Brasileirão.
Vitória - Campeão baiano, o Vitória não demorou na Copa do Brasil depois que eliminou o Galo. A goleada sofrida pelo Vasco - atualmente penando na segundona - nas quartas de final da Copa do Brasil aumentou a desconfiança no Leão da Barra. O título estadual não foi visto como parâmetro por causa do momento ruim que vive o Bahia. No Brasileirão, o Vitória acompanha a briga do Galo e do Saci pela liderança a poucas polegadas.
Santo André - Novato no Brasileirão, a honrosa sexta colocação no Paulistão não dizia muita coisa do Ramalhão na Série A do Brasileiro. Com um elenco de alguns poucos joagdores famosos, mas desacreditados, o time do ABC teve ótimas exibições no Brasileirão. O time de Marcelinho Carioca, Fernando e Rodrigo Fabri não tem comparação com a folha salarial do São Paulo, Fluminense e Botafogo, além do Cruzeiro - que ainda divide as fichas com a Libertadores -, mesmo assim o Ramalhão está na 10ª colocação, deixando os quatro exemplos para trás.
Barueri - O Grêmio Barueri não é novato apenas na Série A, mas no futebol como um todo. Fundado em 1989 - ou seja, cem anos depois do Vitória da Bahia -, a primeira experiência do Abelhão na Série A está bem doce até o momento. O Barueri é o quinto colocado, a apenas dois pontos do G-4. O Barueri estaria curioso para conhecer também a Libertadores?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Brasil - Bolsa-camisa... de grego ou brasileiro?

Depois da virada que decretou o Brasil tricampeão da Copa das Confederações, justamente contra os Estados Unidos, Lula "presenteou" Obama com uma camisa da seleção brasileira em reunião do G8, na Itália.
A Camisa número 5 foi a quinta entregue pelas mãos do nosso presidente. Também foram contemplados o primeiro ministro da Índia, Manmohan Singh, o presidente do México, Felipe Calderón, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, e o conselheiro de Estado da China, Dai Bingguo.
Esquecendo a águia do escudo de armas estadunidense, Obama, descontraido, ergueu a Canarinha depois de se mostrar-se surpreso com o presente.
Os representantes máximos do poder executivo dos dois países "entrarão em campo" na próxima semana nas campanhas da cidade sede das Olimpiadas de 2016. Obama defenderá Chigago, Lula o Rio.
No meio de tantos presentes, também aindei sonhando em me autopresentar com a nova camisa da selação brasileira, mas o preço não ajuda a me atualizar com as cinco estrelas. Ironicamente, a fornecedora de materiais esportivos Nike - que é dos Estados Unidos - não comercializa camisa de futebol a um valor popular.
Fonte e foto: UOL Esportes

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Racismo - Mais acusações nos gramados

Há semanas, o volante Elicarlos acusou o atacante Maxi López; nesta semana, o zagueiro Cris, do Brasilienese, acusou o também zagueiro Márcio Alemão, do Guarani. O motivo das acusações: racismo.
Sem provas, não podemos acusar nem o argentino, nem "Alemão", que nasceu na Flórida Paulista, em São Paulo. Mas, as vergonhosas hostilidades racistas que já acompanhamos nos gramados, nas arquibancadas e até nas deliberações de entidades futeboísticas comprovam que a imbecilidade de alguns em referência à derme de outros continuam.
Hoje, principalmente na Europa - maior fonte receptora do futebol africano e sulamericano -, campanhas educativas e rigor na legislação são as tentativas de reverter, ou pelo menos controlar, atitudes como, por exemplo, mensagens contra jogadores negros em alguns clubes.
No Brasil, além do atual mal estar na troca de acusações entre jogadores, a história já mostrou atitudes institucionalizadas de racismo. Por exemplo, nas Copas de 30 e 34 existia uma preocupação, com intervenção governamental, de não selecionar jogadores negros para passar uma imagem "mais branca" do Brasil mundo afora. Além disso, até a Segunda Guerra, clubes como Palmeiras, Cruzeiro e Coritiba, ainda com forte ligação à Itália, não admitia jogadores negros.
Nos recentes episódios do Mineirão e do Brinco de Ouro, jogadores em defesa dos possíveis agredidos alegaram que não pode existir racismo ainda hoje, em pleno século XXI. O argumento é bastante fundamentado. Há mais de 70 anos o Brasil percebia a importância de selecionar jogadores independete de cor/raça e a valorização identitária no futebol ao unir as diferenças étnicas nas quatro linhas.
Em 1938, Leônidas da Silva, jogador negro, disputou a Copa do Mundo na França, sendo o primeiro jogador com rótulo de craque. O Diamante Negro encantou a todos, sendo o artilheiro da competição e eleito o melhor jogador da Copa. No mesmo ano, o intelectual Gilberto Freyre escrevia, no Diário de Pernambuco, o artigo "Foot-ball Mulato", ressaltando o estilo único na prática do futebol nacional em decorrência do traço da cultura negra.
Em qualquer instância, o racismo é inadimissível. No futebol, além de inadimissível, o racismo tentaria negar o inegável talento de vários mestres do futebol. Na lista dos melhores jogadores de todos os tempo, nomes como Leônidas, Eusébio, Didi e Gullit, além do Rei, devem ter escalação garantida.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Santa Cruz - Pé direito da Cobrinha

Tentando ser um vistante ingrato, que conhece e logo se despede, o Santa começou bem a luta para deixar a Série D e subir de divisão no Brasilierão. Através de fragmentos de notícias, tive a sensação de que apesar da fragilidade do CSA - que esse ano eliminou o Santos na Copa do Brasil -, o Time Coral teve uma identidade em campo. China, pelo que trabalhou com a equipe desde pouco depois do Campeonato Pernambucano, acena para uma equipe bem postada na zaga e com volantes sem muito apoio ao ataque.
Agora é aguardar e acompanhar a trajetória da Cobrinha, que de 2006 para cá só fez cair. Se for uma Cobrinha de duas cabeças, é só mudar a cabeça e seguir os rastros deixados no, até o momento, ingrato caminho.
Gostaria de acompanhar algo mais do Central... mas querer não é poder, e a comunicação do jogo ainda é difícil, algo como o filme Central do Brasil.

Brasileirão - 9ª rodada (Apelando para o Chimarrão)

Assim como um chimarrão, a nona rodada do Brasileirão ajudou a curar a ressaca dos gaúchos. O Grêmio, que está fora da final contra os argentinos do Estudiantes, goleou o Atlético-PR, ironicamente, com uma dobradinha portenha. Herrera e Maxi López dividiram os quatro tentos contra o Furacão. O Colorado penou em um jogo truncado contra o Náutico, mas venceu e ganhou novo ânimo com a liderança do Brasileirão.
Atualmente, dos vinte clubes, apenas o Cruzeiro ainda divide as atenções com outra competição. O Inter pode até tentar reverter a vantagem da LDU no primeiro jogo, mas é visível a maior concentração no retrovisor do Brasileirão.
A arbritagem, para variar, mais uma vez insistiu em "aparecer". Falhas cruciais na Vila, nos Aflitos, no Bruno José Daniel...
Destaques
Positivo: Futebol gaúcho que deu a volta por cima e... subiu na tabela de classificação.
Negativo: Futebol pernambucano que continua pelas últimas, e ainda por "cima", caiu mais um pouco.
Flamengo 2 x 1 Vitória - Treinadores rubronegros em situações opostas, o resultado esfriou Cuca e atrasou PC. No Engenhão, os esquemas 3-5-2 do Urubu e 3-6-1 do Leão resultaram em 90 minutos de grande movimentação. Contra o Leão Imperial, Adriano, que teve uma semana de praia e "modelo" de uniforme, esqueceu a atuação de "Jogador imperador".
Santos 1 x 0 Sport - Com banho d'água fria, Peixe volta a ter condições de respirar. O Peixe não morreu pela boca, mas, de tanto reclamar da arbitragem, Leão só falta ter um infarto. Fora da Ilha, a arbitragem mais uma vez "impediu" uma pontução rubronegra.
Santo André 1 x 1 Barueri - O clássico dos "intermediários paulistas" não teve vencedor. Se a arbitragem, também paulista, não tivesse falhado em lances capitais, o Santo André teria plenas chances de conquistar a vitória.
Atlético-MG 1 x 1 Botafogo - Frente ao Botafogo, Galo tropeça e deixa briga pelo liderança mais quente. O incentivo de Ney Franco, de ordenar aos atletas a jogar como se o Glorioso fosse o líder, deu certo. Ainda non finalizinho da partida, por muito pouco o time carioca não derrotou o Galo.
Goiás 1 x 0 Cruzeiro - Contra o Esmeraldino, Cruzeiro perde, mas sonha com jogo mais valioso. Temendo até "gripe suína", Adilson Batista foi precavido e derrotado com o time reserva da Raposa. Desta forma, enquanto os mineiros sonham na Libertadores, o time de Hélio dos Anjos teve uma noite tranquila de domingo para segunda com a sensação de dever cumprido.
Grêmio 4 x1 Atlético-PR - Depois da queda na Libertadores, Furacão sopra poeira gremista. Os argentinos Maxi López e Herrera fizeram dois gols cada; sem forças, He-man descontou para o rubronegro. Destaque ainda para a "agressividade" do Grêmio após a despedida da Libertadores, foram três gols em onze minutos.
Coritiba 2 x 0 São Paulo - Coxa é a primeira pedra na chuteira de Ricardo Gomes. O time paranaense dominou a partida praticamente durante quase todos os 90 minutos no Couto Pereira, aumentando para 810 minutos o tempo que o tricolor paulista não vence fora de São Paulo.
Avaí 0 x 3 Palmeiras - Palmeiras, frente o Avaí, formou o clima tropicial para Obina. O atacante baiano marcou dois gols e quebrou mais um pouco a idéia dos que não acreditavam no seu futebol. Na lanterna, o clima continua ruim no Avaí.
Náutico 0 x 2 Internacional - Timbú e Saci lutaram pela passagem da maré ruim, mas a calmaria pode ser percebida apenas no Rio Guaíba. Em jogo truncado e de muita marcação, a arbitragem ainda marcou "presença" ao não anular o segundo gol do Inter.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Mais polêmica... - Comemorações religiosas

Está no Estado de São de Paulo de Hoje, por Jamil Chade:

"A comemoração da seleção pelo título da Copa das Confederações e o comportamento dos jogadores brasileiros após a vitória sobre os Estados Unidos causam polêmica na Europa.
A queixa é de que o time brasileiro estaria usando o futebol como palco para a religião.
A Fifa confirmou ao Estado que mandou um alerta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo moderação na atitude dos jogadores mais religiosos, mas indicou que por enquanto não puniria os atletas, já que a manifestação ocorreu após o apito final. Ao virar o jogo contra os EUA, os jogadores da seleção fizeram uma roda no centro do campo e rezaram.
A Associação Dinamarquesa de Futebol é uma das que não estão satisfeitas com a Fifa e quer posição mais firme.
Pede punições para evitar que isso volte a ocorrer.Com centenas de jogadores africanos, vários países europeus temem que a falta de uma punição por parte da Fifa abra caminho para extremismos religiosos e que o comportamento dos brasileiros seja repetido por muçulmanos que estão em vários clubes europeus hoje. Tanto a Fifa quanto os europeus concordam que não querem que o futebol se transforme em um palco para disputas religiosas, um tema sensível em várias partes do mundo.
Mas, por enquanto, a Fifa não ousa punir a seleção brasileira. "A religião não tem lugar no futebol", afirmou Jim Stjerne Hansen, diretor da Associação Dinamarquesa.
Para ele, a oração promovida pelos brasileiros em campo foi "exagerada". "Misturar religião e esporte daquela maneira foi quase criar um evento religioso em si. Da mesma forma que não podemos deixar a política entrar no futebol, a religião também precisa ficar fora", disse o dirigente ao jornal Politiken, da Dinamarca. Ao Estado, a entidade confirmou que espera que a Fifa tome "providências" e que busca apoio de outras associações. As regras da Fifa de fato impedem mensagens políticas ou religiosas em campo.
A entidade prevê punições em casos de descumprimento.
Por enquanto, a Fifa não tomou nenhuma decisão e insiste que a manifestação religiosa apenas ocorreu após a partida.
Essa não é a primeira vez que o tema causa polêmica.
Ao fim da Copa de 2002, a comemoração do pentacampeonato brasileiro foi repleta de mensagens religiosas. A Fifa mostrou seu desagrado na época.
Mas disse que não teria como impedir a equipe que acabara de se sagrar campeã do mundo de comemorar à sua maneira.
A entidade diz que está "monitorando" a situação.
E confirma que "alertou a CBF sobre os procedimentos referentes ao assunto".
A Fifa alega que, no caso da final da Copa das Confederações, o ato dos brasileiros de se reunir para rezar ocorreu só após o apito final.
E as leis apenas falam da situação em jogo. Por meio de sua assessoria de imprensa, a CBF informou que não recebeu nenhuma queixa da Fifa e, por isso, não vai comentar o assunto.
TEMA RECORRENTE
Nos últimos anos, o tema da religião no futebol ganhou uma nova dimensão.
Frank Ribery, artilheiro francês, provocou polêmica há poucas semanas ao ser flagrado por uma câmera rezando pelos costumes muçulmanos.
Recentemente, dois jogadores bósnios do time norueguês Sandefjord comemoraram um gol se ajoelhando e rezando da forma tradicional muçulmana.
Um outro jogador do mesmo time não se conteve e fez gestos vulgares aos dois atletas".
NOTA DO BLOG:
Acredito que seja válido qualquer esforço para separar religião de futebol. Por conta do direcionamento, poderia ser até desnecessário afirmar que instituições de futebol seriam laicas, o que comprovoria ainda mais que credo religioso e paixão futebolística devem estar bem separados.
Mas o derby escocês entre Celtic e Rangers tem uma história na contramão da separação entre religião e futebol. O clássico mais violento do mundo não é entre torcidas organizadas, na Escócia o encontro de católicos de Celtic e protestantes do Rangers contabiliza vários episódios com fatalidade de "torcedores religiosos".
Claro, a comemoração da seleção brasileira estaria longe de comparação com problemas de motivação mais antiga que o futebol, como problemas de convivência entre católicos e protestantes. Mas, liberar manifestação de algum país - mesmo que o Brasil também seja laico -significa toda a pluralidade de manifestações de países afiliados à FIFA. Portanto, devemos optar pelo bom senso.
O assunto deve ser debatido na CBF... talvez em uma sala de reunião com algum símbolo cristão. Mas... Tenhamos fé que o bom senso prevalecerá!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Polêmica - Seguindo os apitos de Freud, Jung e Sergio Corrêa.

Durmi no ponto. Vi com atraso o polêmico vídeo produzido pelo Internacional questionando benefícios de arbitragem a favor do Corinthians. Seguindo uma edição e roteiro interessante, concordo com o conteúdo audiovisual do Colorado. O Timão foi bastante beneficiado pela arbitragem nesta Copa do Brasil.
Saindo do sentido figurado, dormir no ponto seria um caso para Freud. Mas de acordo com o vice presidente do Inter, Fernando Carvalho, erro de arbitragem pode ser caso para Jung. O cartola gaúcho disse acreditar na índole dos árbitros brasileiros, os erros cometidos não teriam intenção voluntária de ajudar o alvinegro paulista. Mas, seguindo a teoria do psicanalista suíço, Fernando Carvalho argumentou existir um "inconsciente coletivo" para ajudar o Corinthians (e talvez outros grandes do eixo Rio-São Paulo). Desta forma, seguindo o argumento do dirigente gaúcho, podemos imaginar que árbitros até se esforçam para a neutralidade, mas uma herança mental coletiva insiste em "torcer" pelo Corinthians, dentre outros clubes beneficiados.
Independente de psicologia, os erros de arbitragem sempre atormentaram mais a cabeça de torcedores de clubes do Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Se a anomalia já pode ser diagnosticada lá pelos Pampas, a saúde mental da nossa arbitragem anda realmente preocupante. Seria o Sr. Sérgio Corrêa da Silva o analista ou psiquiatra herói capacitado a curar alguma patologia?