O "pontapé sonoro" de FBC transformou a "Semana Sergipe" bastante incômoda. Sérgio China comandava os preparativos da equipe com uma insistente pedra na chuteira. Se o trabalho de China não estava agradando, com certeza, ficou pior com o sentimento de ameaça do cargo. As declarações de que o cargo de treinador do Santa dependia do resultado de ontem não deviam ultrapassar as reuniões entre dirigentes. Em competições de "tiro curto", como a Série D, todo cuidado para evitar instabilidade emocional é pouco. Se na disputa de pontos corridos pode existir mais tempo para arrumar a casa, na Série D o dirigente-engenheiro tem que ter cuidado para não derrubar tudo tentando mudar um pilar. Reerguer uma casa pode exigir mais tempo que menos de uma semana, por exemplo, o tempo que o Santa precisa se arrumar por questão de vida ou morte.
Pelo pouco tempo de trabalho nos Aflitos e no Arruda, fica difícil dar um palpite exaltando ou criticando o potencial de Sérgio China. A falha de retirar o meia Juninho, que dentre os onze jogadores corais era o melhor, é pouco para avaliar totalmente um treinador que está começando na carreira. Aliás, quando treinadores medalhões, sem sofrer nenhuma pressão externa, surpreendem na regra 3, muitos imaginam que algo de mirabolante e sobrenatural passou pela cabeça do treinador.
Pelo o tropeço de ontem, erraram os dois comandantes, o do clube e o do time. Com a melhor das intensões, o tricolor FBC influenciou negativamente no desempenho contra o Sergipe. Com a melhor das pretensões, China deixou-se influenciar pela pressão no cargo. Lá dos Estados Unidos, o disparo de FBC atingiu, de forma certeira, China. Mas, na competição de tiro curto, FBC deve lembrar de tomar cuidado com a culatra nos próximos dias. A atitude do executivo maior do Santa pode levar a mutidão coral a compará-lo com Romerito Jatobá ou Edson Nogueira na insatisfação do time.
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