terça-feira, 2 de junho de 2009

Copa 2014 - O antes e o depois dos Elefantes

Antes mesmo do ponto final de Joseph Blatter, muitos já adiatavam, de forma oficiosa, quais seriam as cidades sedes para a Copa de 2014. No domingo, assumo que tive uma surpresa com o anúncio oficial ao ouvir quatro cidades nordestinas. Na manhã do domingo, enquanto as cidades de Natal e Fortaleza contavam as horas para o anúncio, Recife e Salvador já contavam os meses para as obras estruturais para o maior evento esportivo do mundo.
Na média da espectativa dos que aguardavam o anúncio oficial, três cidades nordestinas era o esperado. Mas o inesperado foi melhor para os nordestinos. Até porque a festa não parará por aí, se são quatro cidades sedes, o próximo anúncio aguardado é o das cidades subsedes, que serão a "casa" de diferentes seleções. Na briga pela próxima fatia do bolo, Maceió e São Luiz parecem mais adiantados para abocanhar investimentos e "virarem a casaca" por alguns dias.
A Copa pode dar um novo folêgo ao futebol nacional que cada vez mais centralizado. Sem dúvidas, é interessante estádios modernos e acima do grau de exigência em várias regiões do país. Porém, o investimento de construir belas arenas com estruturação em seu entorno não deve ser visto como o único e grande Salvador da Pátria de Chuteiras de leste a oeste e de norte a sul. É preciso olhar tal investimento de dois ângulos. No primeiro, para uma Copa do Mundo, com jogos de enorme rotatividade financeira mesmo quando jogarem a seleção do Catar contra Luxemburgo. No segundo, para as dificuldades de manter tais arenas até mesmo para alguns empolgantes clássicos regionais sem televisionamento, patrocínios ou outros apoios privados, ou até mesmo públicos.
Se após a Copa não der para manter os grande estádios apenas com o futebol, é preciso pensar em outros espetáculos que chame atenção e dinheiro para a própria autosustentação. Construir os estádios pensando em diferenciais para o turismo pode ser um dos primeiros caminhos a se pensar. Aliás, desde que não venha ferir os direitos dos animais, por exemplo, quem não pagaria para ver um elefante branco em plena selva amazônica?

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