quinta-feira, 25 de junho de 2009

Libertadores - "Livres" da Copa, não dos protesto.

Uma classificação para a Libertadores da América é motivo de alegria para os clubes brasileiros, parece a abertura da porta de uma festa. O "Soy loco por ti America" tem uma prévia maior e mais longa aos campeões da Copa do Brasil. Entre os não campeões classificados pelo Brasileirão, o consolo de disputar a competição internacional é o remédio para esquecer os vacilos que determinaram a quase conquista do troféu nacional.
Mas, ultimamente, ao utilizar a mesma porta da Festa Libertadores, no sentido contrário, ou seja, na saída, temos percebido uma longa ressaca dos brasileiros. Em 2009, o primeiro a deixar a festa da Conmebol foi o que comemorou primeiro, o Sport. O time rubronegro superou as espectativas na primeira fase e parecia cheio de vida depois de passar, em primeiro lugar, pelo Grupo da morte. Mas, um São Marcos encontrou brechas para acabar o sonho do time pernambucano. Já Nelsinho Batista arrumou brechas para deixar o comando do Sport e ainda alfinetar o elenco antes da saída. Foi visível a apatia dos rubronegros no pós Libertadores.
Com São Marcos e São Claiton Xavier, o Palmeiras era o time dos milagreiros. Apesar da crítica considerar o alviverde um time tecnicamente forte, em campo, o time de Luxemburgo surpreendia na superação. Sem esconder as pretenções, o treinador do Porco focava todas as forças do Palmeiras na Libertadores, sacrificando, assim, uma parte do Campeonato Nacional... os jogadores devem ter entendido que o Nacional - do Uruguai - era o segundo plano no Palestra Itália. Resultado: torcida protestando em vários ambientes, Luxa prestigiado e time sem engrenar no Nacional - campeonato.
O Estado de São Paulo perdeu o segundo e último representante na Libertadores depois de ser derrotado pelo Cruzeiro, em pleno Morumbi, por 2 a 0. Beneficiado pela desistência de mexicanos nas oitavas, o tricolor paulista passou do grupo para as quartas. Mesmo com um time menos eficiente que os das temporadas recentes, a torcida são-paulina se apegava à tradição como fator positivo para time seguir em melhor campanha na Libertadores. Assim como na Ilha, a saída da Libertadores foi fundamental para a queda de Muricy. Assim como no Palestra, a torcida se manifestou de forma exagerada contra o clube.
No momento, Cruzeiro e Grêmio estão medindo forças para empurrar um dentre deles para temida porta de saída. Qual seria o maior temor ou lamentação dos brasileiros? Claro, o futebol pode aprontar várias situações inusitadas, mas perder geralmente tem os menos nobres dos sentimentos. Além disso, em outras edições, perder resultava em lamentação, mas não em crise política, administrativa e/ou técnica.
Principalmente após a eliminação do Boca Juniors, ficou uma sensação de que a Libertadores 2009 é fraca tecnicamente. Apesar de tudo, a comprovação da qualidade técnica da Libertadores deste ano já era evidente em campo a muito tempo. Portanto, Sport, Palmeiras e São Paulo, aspiraravam - mais que sonhavam - uma viagem à Dubai. A crise no futebol sulamericano, assim, abriu a idéia de que seria fácil chegar ao título máximo de clubes da América. A porta do temor de perder um título quase certo está aberta desde o ano passado quando o fantasma da LDU aterrizou uma idéia de viagem a Tóquio de Renato Gaúcho, comandando o Fluminense.

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